tag:blogger.com,1999:blog-115863612024-03-23T06:04:52.501-03:00Contos e artesContando estórias, é assim que quero viver. se você gosta de contar estórias vem comigo...conte a sua...
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Rudi e AnneRudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.comBlogger59125tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-32177438708684661972024-03-17T20:03:00.000-03:002024-03-17T20:03:38.424-03:00série mochila de historias<div>Da série mochila de historias:</div>O homem da mochila<div>Saiu de casa com muita raiva. Sua casa havia sido assaltada por duas vezes. Levaram tudo. Roupas, sapatos, violão. </div><div>Ele ficou com tanta revolta que fez a si mesmo uma promessa. Vou sair desse país nem que eu tenha que trabalhar duro lá no exterior...mas não aguento mais viver num lugar onde o pouco que você consegue ter lhe é roubado por gente ruim. Pegou uma mochila grande e foi para a Inglaterra. Você sabe onde fica a Inglaterra? Bom, isso ele também não sabia. Mas entrou num avião que subiu, subiu, subiu e depois de doze horas num caminho que tem lá no céu, ele desceu...espera,mas não desceu assim num zaztraz...desceu devagar e rodeando o aeroporto de Heathrow...é, esse é o nome do lugar onde ele desceu do avião. Você já andou de avião? Pois é ele também nunca tinha voado...foi sua primeira vez no caminho do céu..</div><div>Quando ele chegou lá em Londres...este lugar é bem conhecido nos livros que falam da Europa. Talvez você que está lendo ou escutando essa história já tenha ido lá no tal lugar que ele foi. </div><div>Me desculpe, eu, o contador dessa história nem apresentei esse rapaz . </div><div>Bom o nome dele é idur, idur tem 26 anos e começou a aprender inglês com 13 anos. Como ele não podia pagar escola de inglês,pegava livros e debulhava ...lia tudo. Aprendeu inglês sem precisar de professor. Agora lá estava ele...em Londres...mas,o que faria idur para sobreviver lá na cidade tão distante de Londres? Resolveu então aprender a cozinhar e ser um chefe de cozinha. </div><div>Lava logo esses pratos...gritava o gerente do restaurante onde idur foi trabalhar...</div><div>Idur pensou que seria fácil ser cozinheiro...falar nisso: você sabe cozinhar alguma coisa? Sabe cozinhar um ovo ou uma batata? Não sabe? Bom, ele sabia. Cozinhar arroz e fritar ovos...o que já era um começo pra poder ser um cozinheiro.</div><div>Depois de lavar muitos pratos e limpar muito chão...idur finalmente conseguiu aprender algo com o cozinheiro chefe.</div><div>Idur estava muito magro. Andava muito de bicicleta em londres.procurando emprego...e comia arroz com ovo...que eram as únicas coisas que ele sabia fazer para comer. O cozinheiro chefe dava alguns bifes de carne bovina para idur levar pra casa e comer...</div><div>--Coma esses bifes...você está muito magro idur . </div><div>E foi assim que idur foi aprendendo a cozinhar com o chefe Jack, e logo conquistou o posto de chefe de cozinha num restaurante chamado everyman café....</div><div>Na mochila que idur tinha trazido tinha tudo ...tudo o que ele precisava para sobreviver numa viagem longa. Você já viajou? Quais os itens que você acha que tinha na mochila de idur.o que você levaria numa viagem a Londres? Idur levou sapatos roupas de frio. Toca, calças , camisetas,um lençol para forrar o colchão de dormir um cobertor...um garfo uma faca de cozinha e uma colher. Uma caneca de plástico . E uma garrafa de água....</div><div>Claro que só estou lembrando o básico que idur levou na viagem.voce pode ajudar a lembrar de mais coisas que são básicas de se levar numa viagem como essa que idur, o homem da mochila fez. </div><div>Idur, depois de um tempo aprendeu tão bem a cozinhar que se tornou headcheff.</div><div>Era chefe geral da cozinha...agora ele cozinhava para todas as pessoas que frequentavam o restaurante e todos gostavam muito de sua comida. </div><div>Depois de dois anos na Inglaterra idur voltou ao Brasil hoje ele cozinha para os amigos vários tipos de comida que aprendeu a cozinhar lá em Londres..</div><div>Aqui termina essa historia do homem da mochila. </div>Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-2808997654025751472024-02-29T21:45:00.004-03:002024-03-17T20:04:50.704-03:00da série mochila de historias: a menina da Enna era uma menina feliz. <div>Vivia com seus pais num castelo encantado...era assim que Enna chamava sua casa. Enna adorava brincar com seu pai num parque que havia perto da casa deles. Enna e o pai iam nesse parque chamado cemucam e lá eles inventavam mil brincadeiras para passar o tempo. O parque era lindo e parecia mais lindo ainda quando Enna e seu pai estavam lá brincando de inventar brincadeiras. Você já inventou alguma brincadeira?se já inventou você é um gênio. Porque inventar brincadeiras não é pra qualquer pessoa não...a brincadeira que Enna mais gostava era brincar de " a sacola é minha" ...era assim, o pai de Enna pegava uma varinha qualquer e Enna também fazia o mesmo. Daí eles achavam uma sacolinha plástica dessas de mercado...e jogavam a sacola no ar...a brincadeira era enganchar a sacolinha no ponta da varanda e não deixar o outro roubar sua sacolinha enganchada na sua vara..</div><div>Você gosta de qual brincadeira?</div><div>Mas, voltando ao assunto...</div><div>Tinha outra brincadeira que Enna e o pai gostavam de brincar...era a brincadeira de "tacar pinha" consistia em um jogar a pinha para o outro rebater como se eu fosse um jogo de taco.só que fazia pontos quem fizesse o outro acertar a pinha. Vamos supor que eu e você estamos brincando...eu com o taco e é sua vez de jogar a pinha. Você sabe o que é uma pinha?a pinha é uma forma vegetal que vem do Pinheiro. Bom, você tem que jogar a pinha para eu rebater...se você jogar e eu acertar você ganha um ponto. Se eu errar ninguém ganha nada.mas não vale roubar no jogo heim...você joga e eu vou fazer o que puder pra rebater...</div><div>Quando Enna e seu pai voltam do parque aos domingos...a mãe de Enna sempre tinha feito uma bela macarronada.</div><div>A mãe de Enna sempre reclamava quando Enna voltava do parque com a roupa suja. </div><div>Então o pai explicava que era assim mesmo: criança se suja. Escorrega, sobe morro, senta na terra, bronca e se suja....</div><div>Você gosta de ir ao parque brincar? O pai de Enna hoje tem 60 anos. E ainda gosta de brincar no parque.</div><div>Fato é que a vida de Enna mudou um pouquinho quando ela fez dez anos. </div><div>O pai e a mãe de Enna não estavam mais como antes. O pai praticamente dormia no escritório que ficava do lado de fora da casa. Enna sentiu que alguma coisa não ia bem no castelo. Haviam algumas discussões entre os pais nas quais eles se falavam coisas que Enna achava tão chatas que ia para o quarto chorar de tristeza. O que você faria se seus pais discutissem ofendendo se um ao outro?</div><div>Enna só sabia chorar e se esconder no quarto. Mas, se isso acontecer com você, não há muito o que fazer não é? Seus pais são adultos, apenas reze para que eles se entendam. </div><div>Um dia a mãe de Enna, resolveu que ia viajar para a praia sem o esposo. Passaria na praia uma semana. Deixariam o castelo até uma semana depois. E o pai de Enna ficaria em casa. </div><div>Mas Enna ouviu seu pai dizer que quando voltassem para casa, uma semana depois, o castelo ainda estaria lá, mas ele não. </div><div>Enna não sabia o que pensar, como seria sua vida sem seu pai que ela amava tanto?</div><div>Quando Enna e sua mãe voltaram da praia. O castelo estava vazio. Deserto. O escritório de seu pai também estava. Só restavam as lembranças do pai de Enna , lírios amarelos , plantados na beira do muro, um pé de acerola carregado de frutinhas, lembranças das voltinhas de motoca que ela e o pai davam na rua ao fim do dia quando ele chegava do trabalho. Enna preferia as boas lembranças, de como o pai lia estorinhas legais para ela quando era menor. Dos passeios que deram em muitos lugares do Brasil quando seu pai conseguiu comprar o Tom, seu gol vermelho. O tom era o apelido do carro, o nome completo era TOM MATE.... quando o tom era novo, o pai de Enna viajou com a família para Bonito , no mato grosso onde águas límpidas brotam por todos os lados, você conhece a cidade de Bonito? Pois vá lá um dia e vai ver que foram boas lembranças as de Enna sobre o lugar. Fato é que, </div><div>Enna sentiu se abandonada. Talvez orfã de pai vivo. Não entendia porque seus pais que pareciam se amar tanto e que, havia 20 anos que moravam juntos, porque tinham se separado? Ela não entendia. É que as vezes os adultos tem dessas coisas. Se desentendem e preferem viver longe um do outro para que os filhos não vivam num ambiente de brigas e não presenciei seu desentendimento. </div><div>Depois que o pai de Enna se foi , a mãe lhe deu uma mochila, uma bela mochila. Aos fins de semana seu pai vinha com o Tom busca lá. Ele morava numa casa próxima ao castelo. Nessa mochila iam as roupas de Enna para passar o fim de semana com o pai você sabe o que Enna levava para passar o fim de semana? </div><div>Escova de dentes. Um chinelinho de dedos, uma troca de roupas, toalha de banho ....o que mais? A mochila ia cheia de coisinhas para que Enna passasse um fim de semana confortável. </div><div>Certa vez, Enna tomou coragem, respirou fundo, e disse: Pai, vou te fazer uma pergunta....não é muito fácil nem de fazer e acho, nem de responder então lá vai:</div><div>Porque você se separou da mamãe?</div><div>O pai ouviu a pergunta e estremeceu por dentro, porque ele sabia que um dia essa pergunta viria. Não esperava que tão cedo, mas respondeu com firmeza:</div><div>-Filha, eu e sua mãe, vivemos juntos por 20 anos, nesses 20 anos tivemos a oportunidade de aprendermos o que viemos todos aqui para aprender, amar nós uns aos outros como amamos nós a nós mesmos....acho que, eu não me amei e nem a ela o suficiente. Posso falar apenas por mim. Quando o amor não é aprendido a tempo pelas pessoas que convivem juntas....a cola que as liga perde o efeito. </div><div>Então pai, disse Enna , o amor é uma cola,que nem aquela que a gente usa para colar papel?</div><div>Sim e não minha filha, sim no sentido figurado. Porque o que liga um homem a uma mulher a cola do amor....e não é algo que dá para ver ou colar outras coisas...só acontece entre as pessoas. </div><div>Mas as vezes as pessoas se esquecem da importância dessa cola e daí acabam se separando como aconteceu comigo e sua mãe....</div><div>Pai,vou fazer outra pergunta...é por minha culpa que vocês se separaram?</div><div>Não Enna, todas as crianças pensam isto mas não é verdade. Você não tem culpa nenhuma nessa separação. Na verdade não há culpados nem culpa nenhuma, apenas eu e sua mãe resolvemos seguir caminhos diferentes. Mas eu sempre estarei por perto pra conversar com você. </div><div>Então, a cada semana Enna pegava sua mochila e ia para a casa de seu pai. E assim o tempo foi passando e Enna foi crescendo e estudando. Enna queria se formar em jornalismo numa universidade. E conseguiu. Hoje Enna , a menina da mochila já é uma jornalista e trabalha na sua área. E está história continua na próxima .</div>Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-79381235417889723882023-05-07T13:18:00.004-03:002023-10-03T11:53:51.936-03:00A historia de nossos filhosestamos gerando uma divida impagável com nossas próximas gerações.
por vários motivos que são de nossa responsabilidade:
-comodismo, afinal, dar uma tela a um filho para q fique quieto e nao se frustre com o tedio é comodo para a maioria dos pais.
-conveniencia egoista, afimal para sermos pais legais temos q ser permissivos e deixar as criancas chafurdadas na lama dos videogames e videos sem conteúdo definido dos vários canais da tecnologia
- falta de <div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzYN7xmve4SNno9lY8zThmArzgdu6DU5mLeaCkj6PnkqDYK6OBQxNF_9FgswPWz2zqFX-KNe65jZkkAVeZgIc9PZVmTevBFOL3RFWcDkzi8SI99O93A3bdHSzxGB5pDr4a-Ar08Kn9eCEDxSqkDK8-GSw49XCRJfy8WvkoeDIXA4pWEYxl_zMlHw/s4128/20230603_131836.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="320" data-original-height="4128" data-original-width="3096" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzYN7xmve4SNno9lY8zThmArzgdu6DU5mLeaCkj6PnkqDYK6OBQxNF_9FgswPWz2zqFX-KNe65jZkkAVeZgIc9PZVmTevBFOL3RFWcDkzi8SI99O93A3bdHSzxGB5pDr4a-Ar08Kn9eCEDxSqkDK8-GSw49XCRJfy8WvkoeDIXA4pWEYxl_zMlHw/s320/20230603_131836.jpg"/></a></div>Qualidade e inconsequência nossa. afinal, ao invés de levarmos mossos filhos a um parque para jogar futebol ou volei, é mais comodo deixa los no computador dia e noite.
quais os beneficios disso? inteligência ou falta dela? veja que num jogo todas as decisões e consequências das mesmas ja foram programadas por alguém.
agora uma pergunta. se seu filho gamer de 10 anos se perder numa praia ou num shoping ele tem partida suficiente para conseguir voltar para casa por qualquer meio?
seja sincero. seu filho sabe ao menos o endereço da casa onde mora de cor?
se não sabe. como você supõe que um dia ele esteja preparado pra voltar pra casa se por um infortúnio ele se perder?
porque voltar pra casa exige tomada de decisões, decisões que o jogo não ensina a tomar, decisões de tomar uma condução,pedir a um motorista q o ajude,pedir informações que o levem a chegar de volta em casa.
e como estas. a vida real vai exigir muitas decisões de seu filho. como arrumar um emprego mais tarde na idade correta pra isso, como mudar de um emprego ruim que paga mal e escraviza as pessoas.
Eu conheço um gamer adulto. esta num emprego q paga mal, fica longe de casa.desvaloriza seu trabalho, ha anos diz que quer mudar de emprego mas permanece ali como um sapo na água morna que esquenta aos poucos e vai cozinhando.
para tomar decisões simples leva dias...
alguém pode dizer que este gamer que conheço trabalha com t.i. porque sempre foi gamer. dai eu pergunto: levar seu filho a uma hamburgeria todos os dias o tornaria um chefe de cozinha?
ou. levar seu filho a um restaurante todos os dias o tornaria um dono de restaurante?
os resultados de uma tela onde ha milhares de pontos de luz coloridos no cerebro de uma criança são gratificacao imediata a cada clique. voce tira a tela do seu filho ele logo protesta. chora e se entedia com a vida.
que tipo de adultos teremos no futuro?
esta deve ser nossa principal preocupação.
( tentei corrigir eventuais erros de portugues. mas desculpem se ainda sobrou algum que eu não vi)
Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-83894893278425606082022-10-27T14:13:00.005-03:002023-10-03T11:58:19.686-03:00promessas que nao duram segundos e nao valem centavosO casamento é uma promessas q so se perpetua na maioria das vezes porque um papel segura as pessoas amarradas e diz q se elas se separarem vao ter perdas financeiras serias e graves.<div>E que bagunca fazemos em nossas vidas tentando reparar o irreparavel ou repor o que nao aceita reposicao. Tenho a impressao de que, depois do primeiro casamento a gente fica colando pedacos de um cristal quebrado. So que os remendos pegam mal.ha coisas na vida q so sentimos uma vez, como por exemplo o nascimento do primeiro filho. Do segundo filho em diante sao caminhos sentimentais que nos parecem conhecidos pelos quais passamos. </div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYWS2EIbuMZtOVz-AWvGhryQ_LD9KtqSoQNlpNi-NuIU7KnP6WF5kxqMVNGVTaYRaKcKXKq8PPIdExZ6-xqa0AMkIkE-dP-X4u1eKTmHo0FOqnBIHhhwV7SqH0zLpjzPMFJMUZzvWluUz27G6hUVI-ahIZFp-wNxLUHj05sU_OJSQAVYhablCX3A/s4128/20230528_115529.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="320" data-original-height="4128" data-original-width="3096" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYWS2EIbuMZtOVz-AWvGhryQ_LD9KtqSoQNlpNi-NuIU7KnP6WF5kxqMVNGVTaYRaKcKXKq8PPIdExZ6-xqa0AMkIkE-dP-X4u1eKTmHo0FOqnBIHhhwV7SqH0zLpjzPMFJMUZzvWluUz27G6hUVI-ahIZFp-wNxLUHj05sU_OJSQAVYhablCX3A/s320/20230528_115529.jpg"/></a></div>Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-2275187060186114412022-10-27T13:11:00.001-03:002022-10-27T13:11:49.381-03:00manual do homem separadoAqui vão algumas considerações como dicas de como ser desastrado com as palavras e ser frito e queimado na frigideira quente de um relacionamento amoroso.
Ainda não existe casa auto-limpante, então meu amigo, não, sua casa não vai ficar limpa a menos que voce pague alguem para limpar ou o faça voce mesmo.
e Não, suas gavetas não estão com defeito. se não aparecem mais roupas limpas por lá como antes acontecei na casa da ex. eu chamo esta magica, de roupas indo solenemente para amaquina com suas proprias pernas e depois voando da maquina para o varal e ainda, do varal para as gavetas , depois de se auto dobrarem é claro, eu chamo de trabalho invisível, que é aquele que você só vê quando não é feito. vou dar um exemplo, porque sei que para o seu cérebro masculino de ervilha, custa a entender certas coisas. Bom, se o lixeiro deixar de passar uma semana, você vai notar que essas pessoas que recolhem seu lixo existem. Lembra na hora do rango, quando voce voltava das rincadeiras da rua cheio de fome? e sua mae não tinha ainda feito o almoço? bom, dai você se dirigia a ela e notava finalmente que alguém fazia algo muito importante pra voce.
Tá, você tava esperando dicas de relacionamento? bom, eu nunca fui bom nisso, mas posso dizer como você certamente vai se ferrar como eu me ferrei apesar de ter tentado ser um bom macho para as mulheres com quem convivi.
Meu erro primario foi o que provavelmente vocÊ também cometeu par estar sozinho . Eu não recoheci o trabalho invisivel e mais, eu não ajudei a fazer o trabalho invisivel porque achava que dava pra viver sem fazer tarefas desagradaveis e ainda ter uma companheira.
A questão nunca é o que você diz, mas também não é somente o que voce faz.tem que haver uma concordancia e um equilibrio entre um e outro. Não é que você tenha que fazer tudo, porque eu ja fiz e deu errado. ou seja. eu na minha segunda entativa, lavava até as calcinhas dela, cozinhava, limpava e tudo mais.
Existe uma lei , voce sabe o que é lei? Não, não é só essa coisa misantrica que te obriga a ser escravo de uma pensão alimenticia por 20 ou mais anos. Vamos ver, uma lei, a lei da gravidade por exemplo. voce acredita nela? concorda com ela?Bom, devo dizer que eu não to nem ai pra o que vocÊ concorda ou acredita sobre a lei da gravidade. To nem ai mesmo. O que eu garanto é que se você pular do quinto andar ou dotopo de um prédio você vai cair e se estatelar la embaixo.
Existe uma lei nos sistemas familiares e de relacionamento que diz o seguinte:
-Dev haver um equilibrio entre o dar e o receber. isto quer dizer, rocando em miudos, se voce da demais ou recebe demais, o relacionamento tende a acabar.
porque o que recebe demais, exemplo, marido cuja esposa financie a faculdade e roupas etc ou o contrario...o que recebe demais tende a no fundo achar que nunca vai poder pagar aquela divida imensa e precisa fugir desse relacionamento.
Se por outro lado um da um pouco e o outro da outro pouco, vira uma troca perpetua entre dar e receber que perpeua qualquer relacionamento.
Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-50251194010347273872022-10-01T09:16:00.003-03:002022-10-07T18:43:33.516-03:00escrever é viverHa tempos sem escrever. tanto pra contar. recapitulação da vida em pequenas gotas do orvalho da madrugada. Desde a tempestade que passou por aqui até hoje, recolhendo os escombros do que sobrou de mim.hoje mais velho, mais calejado pela luta, cansado de viver no quase. <div>Voce sabe o q é viver no quase? Quase bem sucedido, quase trabalhando, quase em dia com os compromissos financeiros, é como andar na corda bamba de muletas...
Mas eu aprendi que ostras felizes não geram pérolas.melhor ser uma ostra infeliz do que ser uma hiena fingida do facebook. Aprendi a usar a dor para mostrar o que posso dar de contribuição ao mundo. Não estou reclamando das dores, e nem das pedras do caminho. Estou apenas te mostrando como foi meu caminho. Cheio de tropeços e pedras, mas ao mesmo tempo haviam flores por todos os lados algumas que duraram mais e outras que duraram menos. as que duraram menos tiveram uma beleza tão gratificante, sabe? Como daquele pássaro que você vê pousado num galho e você não está com uma câmera para registrar aquela beleza. É um cenário e um momento só seu, e você, por mais que tente descrever para alguém, nunca vai conseguir colocar em palavras a beleza daquele cenário que guardará na memória para sempre.
Lembro me de um barraco de madeira, ao lado de um pequeno rio na vila dalva. De uma mãe maravilhosa e cheia de amor que pegava sua filhinha, um bebê de meses,e amarrava esse bebê nas minhas costas. Eu era o heroi desta mãe e deste bebê. Um heroi sem capa, sem grandes poderes, mas eu tinha o poder de levar minha pequena irmã, amarrada nas minhas costas, até a igreja catolica, onde médicos a examinariam e depois mandariam leite e medicamentos atraves de mim, para eu levar prar minha mãe e ela poder cuidar então da bebê.
Eu sei que já te contei essa historia no meu outro livro " visão além da neblina", lamento, estou ficando velho, repito coisas, sinto dores.
Mas nesta época eu: como diz a musica "sapato velho" do Roupa Nova, "você lembra, lembra? Naquele tempo eu tinha estrelas nos olhos e um jeito de heroi, era mais forte e veloz, que qualquer mocinho de cowboy". E assim eu era. exatamente assim. Pulando, tilintando no barranco daquele rio eu ia entre as arvores floridas, parava para ver um beijaflor aqui, uma borboleta bonita ali, mas nunca esquecendo da minha grande missão, a de atravessar a pinguela, sem cair, com minha irmanzinha amarrada nas costas. Eu quase podia voar. Eu vim para esse mundo com a missão de atravessar pelo rio da vida minha mãe e minha irmã.
Certa vez tive um sonho, acho que não te contei. Não esse sonho. É que este não foi um sonho de padaria,nem um sonho de coisas que a gente almeja na vida; foi daqueles que a gente sonha quando esta dormindo mesmo. Sonhei que estava na beira de um grande rio, isto foi nos idos da minha adolescencia.
Meu pai era um lider de uma grande tribo ue estava ali na beira dauele rio esperando alguma coisa que não sei dizer qual era. O que me lembro é que o velho, que na é poca, para mim era apenas um lider de tribo nomade, não havia claro ainda na minha mente de que aquele homem que me deu aquela missão era meu pai.Hoje eu sei que era ele. Na época que sonhei isto ele ainda era vivo. O que lembro do sonho é que aquele velho mulato chegou para mim e disse: -Hoje tenho uma missão para você. Há uma mulher e uma menina aqui que precisam que você as leve a um médico que fica do outro lado deste rio .
Só digo pra voces que o rio era algo assim como o rio paraná, não dava para ver o outro lado de tão imenso que era.
Então perguntei ao velho:
-Como vou saber que estou indo na direção correta se não vejo a outra margem desse rio?
Ele disse, apenas vá e siga a sua intuição. Faça o que ela disser.
Eu fui até a beira do rio e la ja estava um barco a remo, com uma senhorinha doente e uma menina de uns 12 anos. Subi no barco e comecei a remar. fui remando até chegar o momento em que me perguntei se estava indo na direção corrreta. bom, a margem do rio na qual eu queria chegar eu não via, mas via a margem de onde eu sai. Logo, tomei uma decisão para saber que estava indo na direção correta. erá uma decisão meio besta, mas, melhor que nada. Decidi pegar uma linha de pescar que estava no barco e amarrar uma pedra, que, convenientemente encontrei dentro do barco também. decidi jogar a linha para a frente do barco e remar na direção dela até que ela ficasse perpendicular ao barco. E assim, fui repetindo essa operação até chegar a margem do outro lado. tem mais, depois eu conto sobre o que aconteceu do outro lado do rio............................................................................................................................
"Sonho que se sonha só...é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade" (Raul Seixas)
Agora quero falar sobre sonhos que se sonham junto e sonhos que se sonham só.
As letras das musicas que ja ouvi na vida me inspiram muito a viver com mais sabor e sabedoria. Minha filha dizia que para tudo o que ela falava eu tinha um trecho de musica para cantar. isso a irritava.
Sonhar nossos sonhos é algo necessário para nossa vida. Enquanto somos solteiros, nosso sonho é ter alguém para compartilhar os sonhos.O que nunca imaginamos é que para cada pessoa o sonho é diferente e um sonho que completa uma pessoa não faz parte da vontade do outro.
Meu sonho, nos ultimos tempos tem sido tão simplórios. nada de muito sofisticado. e vai ai o trecho de outra musica : " eu queria ter na ida simplesmente, um lugar de mato verde pra plantar e pra colher, ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela prar ver o sol nascer".
Não sonhava mais em viajar para outros paises, nem em ter um avião ou algo assim, eu sonhava aos 45 apenas em ter uma familia morando num lugar amplo e bonito. Sonhava em não precisar me preocupar com desemprego ou em não ter dinheiro para pagar as contas.
Prossegui para esse sonho.
No meu sonho cabia uma mulher que não brigasse por coisas tolas, um filho que me perguntasse de onde eu vim e gostasse de ouvir minhas historias de vida e de aprender coisas comigo. Encontrei a mulher que achei que poderia fazer parte desse sonho e ainda se sentir bem com isso. uando ela percebeu que o sonho dela era outro, simplesmente pegou nosso filho e foi embora para floripa.
Mas eu continuei sonhando. Consegui fazer a casa, embora ainda não consegui terminar, Mas me confesso desanimado.Porque quando vejo aquele pássaro lindo e não consigo mostrar pra alguém, pra mim parece que eu nem vi.
conntinua. agora a vida real me chama. </div>Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-71131038324319234422019-09-04T15:49:00.001-03:002019-09-04T15:49:57.520-03:00Imortalidade
https://www.spreaker.com/episode/13529662Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-43067487565627930542018-08-08T21:01:00.001-03:002018-08-08T21:08:05.571-03:00CNR classificação numérica de Rudibooks<p dir="ltr">Como deixar sua biblioteca em ordem sem utilizar números confusos ou complicados. Com a CNR, método de classificar que eu idealizei a partir de minha experiência trabalhando com organização de bibliotecas residenciais, fica facil até da faxineira colocar seus livros em ordem. Neste e-book vou te contar como você mesmo pode organizar seus livros. Aguarde, ta saindo quentinho do forno de graça pra você! Deixe aqui seu "Sim" nos comentarios e eu te envio o e-book em breve. </p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLqqRJ1B8-fjwVJmjj-smXA0gpW5r3TpKpa1CHmFdEbhZXZK__Ub2UQJpr5Z77wAvXFYlQi-wRQbO3H_4FU6YILNRbnmQbPoBTANoPFlrI8DXJr4ciwDa0kX5_50z90Fev8NhnUQ/s1600/20180808_205807_0000.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLqqRJ1B8-fjwVJmjj-smXA0gpW5r3TpKpa1CHmFdEbhZXZK__Ub2UQJpr5Z77wAvXFYlQi-wRQbO3H_4FU6YILNRbnmQbPoBTANoPFlrI8DXJr4ciwDa0kX5_50z90Fev8NhnUQ/s640/20180808_205807_0000.png"> </a> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj78EnM9rrA3KICBIcXmzuROxoqO0kts-4PCBJXEpODL3WdTBqomi9TgMJYrCY9l6lhyphenhyphen3Pdy1dA_-tjAaBudptTKnzQRODusZpG6bNzQid5nQ7kvJXWh3fhcdWjtUWVVmZw3Dlvgw/s1600/20180808_205807_0001.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj78EnM9rrA3KICBIcXmzuROxoqO0kts-4PCBJXEpODL3WdTBqomi9TgMJYrCY9l6lhyphenhyphen3Pdy1dA_-tjAaBudptTKnzQRODusZpG6bNzQid5nQ7kvJXWh3fhcdWjtUWVVmZw3Dlvgw/s640/20180808_205807_0001.png"> </a> </div>Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-22625762339708754732018-08-07T23:29:00.001-03:002018-08-07T23:29:08.746-03:00Livros por whatsapp, a biblioteca mágica de Rudibooks<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj55B_3spBuAH8Wmpt6Et0nqs1yehD1xX96MN3Z4wDOI0q2S_xbzvr-FP8Bz7TZgGSaG0crewwx7TQ3zW7i3jnkpXR8QO7wN0SZckeefuk7n4HTQFsGbhP8QP3Dj7qnsY_E-VprmA/s1600/20170623_151233.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1597" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj55B_3spBuAH8Wmpt6Et0nqs1yehD1xX96MN3Z4wDOI0q2S_xbzvr-FP8Bz7TZgGSaG0crewwx7TQ3zW7i3jnkpXR8QO7wN0SZckeefuk7n4HTQFsGbhP8QP3Dj7qnsY_E-VprmA/s320/20170623_151233.jpg" width="319" /></a></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Eu adoro ler. Para mim não ha desculpa possível para quem quer realmente ler. Já li de todos os jeitos que achei possíveis. Li andando, no trânsito,dentro do carro nos faróis fechados, em filas de banco e correio, andando de skate...ops...não aconselho esta ultima modalidade. Mas a melhor forma de ler e dirigir ou andar de bike ou mesmo caminhar ao mesmo tempo é ouvindo livros. Ouvir livros encurta o caminho físico até o trabalho e o caminho mental até o conhecimento. Pensei então nas pessoas que até ouviriam livros em seus percursos mas sempre tem a barreira do site certo, da hora certa e com o pagamento adiantado. Pensei: E se as pessoas pudessem ouvir livros gratuitamente ao menos por 10 minutos em seu trajeto. Pessoas voluntárias leriam e escutariam livros lidos por outras pessoas 10 minutos por dia. Todos nos temos 10 minutos,um celular e um livro. Local? Dentro do carro é um bom estúdio, no banheiro também dá. Dai trocaríamos leituras de vários livros e ganharíamos muito conhecimento. Mais do que isto, se pessoas só quiserem ouvir, tudo bem...poderão ouvir 10 minutos do livro preferido todos os dias. </div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Durante meu projeto piloto encontrei algumas dificuldades na ferramenta wathsapp. O público é fechado, e eu gostaria de ler para o mundo. Um podcast resolveria o problema, mas talvez criasse um maior...o dos direitos autorais. Mesmo se fossem obras domínio publico ainda teria que pagar um provedor para hospedar os áudios e sempre teria um limite. Então, apesar de fazer um podcast já ter passado pelos meus planos de mudar o mundo, o podcast "A biblioteca mágica de Rudibooks" durou até acabar o espaço gratuito no spreaker. </div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Tentei sempre dar uma cara de programa de radio as leituras, com músicas de fundo e de inicio ou sons no inicio e ao fim, sempre que era possível dei uma dourada no áudio pra ficar menos monótono. Tenho 2 ou três ouvintes fieis que sempre me incentivam a continuar com o projeto. Ate consegui umas bibliotecárias que se encantaram no inicio, mas foi fogo de palha. Pararam depois de alguns áudios ótimos que produziram, uma pena. Parece ser um projeto meu apenas(espero que não, é claro). Cheguei a ler 15 ou 16 livros de uma só vez, 10 minutos por dia. Cara livro era um grupo de whats com os ouvintes que queriam ouvir determinado livro. Depois de um tempo, percebi que era muito trabalho e poucos ou ninguém mais de certos grupos estavam ouvindo. Dai, terminei os livros que estavam mais adiantados e parei os outros que estavam no inicio. </div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Eu queria mesmo é que outras pessoas pegassem gosto pelo projeto e trocássemos leituras. Iria ser fantástico ouvir pessoas comuns como eu, lendo por amor a leitura e aos ouvintes. Bom, convido a quem quiser participar deste projeto para debatermos idéias e aperfeiçoarmos e viabilizarmos. </div>
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<br /></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
Mini biografia:</div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify;">
_Rudi Santos é bibliotecário e organizador bibliotecas particulares. Formado em 2012 pela Universidade de São Paulo sempre trilhou o caminho do empreendedorismo. Atua na fabricação e revenda de acessórios para biblioteca. Possui um sebo virtual. Faz conversão de mídias antigas para novas mídias. </div>
Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-4374049866739877682018-06-24T12:36:00.001-03:002018-09-14T08:12:31.025-03:00Pragas não precisam ser cultivadas, flores sim. <p dir="ltr">Tudo o que você vê no mundo fisico foi pensado algum dia.Uma cadeira, um prédio, uma doença no seu corpo. Certa vez uma pessoa que trabalhava na mesma casa em que eu organizava uma biblioteca me disse: "Quero conviver bem com as outras empregadas mas, apesar de eu ir a igreja e ouvir do pastor todas as pregações  eu nao consigo amar minhas colegas como seres humanos...acho mesmo que uma delas é o demônio em pessoa".  Essa pessoa desenvolveu uma doença séria que envolve filtragem do sangue periodicamente.Pensei comigo...filtrar é a necessidade aqui...ela precisa filtrar o que percebe do mundo ao seu redor...nem tudo o que vem dos outros é por mau...e disse a ela: Você tocou num ponto importante...o amor. O amor pregado pelo Jesus que você tanto venera pode resolver isto. Mas precisa filtrar o que pensa dessa pessoa "endemoniada". Não adianta orar na igreja e passar a maior parte da sua vida(pois passamos a maior parte da vida trabalhando) pensando mal de alguém. Você ja deve ter ouvido um provérbio que diz que o copo só transborda daquilo que esta cheio. Se vc pensa que essa pessoa pode apenas lhe fazer o mal o dia todo, mesmo que ela não lhe faça, você vai acabar brigando com ela por qualquer motivo futil. Mas se você considerar que precisa ajudar essa pessoa a entender que você quer o bem dela, então o amor dara um jeito de harmonizar seu relacionamento com ela aos poucos.  Nesses tempos queremos as coisas de imediato e com o amor não é assim.(se voce não quer o bem dela então o problema esta com suas escolhas).  Mudar algo com o amor é como ocorreu na aposta do vento, da chuva e do sol para ver qual deles faria com que o viajante tirasse o casaco. O vento ventou e quanto mais forte ventava,  mais o viajente se agarrava ao casaco. A chuva choveu e o mesmo ocorreu. O sol porém foi esquentando devagarinho e secou a roupa molhada do viajante...depois aqueceu seu corpo ao ponto de ele suar dentro do casaco. Dai o resultado veio...o viajante tirou feliz o casaco porque este ja se tornara um problema e não mais uma soluçao. Quando voce ama-la o suficiente para não se importar com o mal que ela te faz. Quando você, mesmo sendo maltratada por ela, trata-la bem, ela vera que já não precisa mais te fazer o mal, porque não esta te atingindo como ela queria. Muitas pessoas tratam mal ás outras pelo medo que cultivam dentro de si. Dai o mal será como o casaco para o viajante suando dentro dele. Algo desnecessario.  Vai incomoda-la mais que a você.  Depois de um tempo trabalhando na casa entendi que a pessoa mais "demônio" ali , se é que tinha algum, era a que estava reclamando. Ela implicava com as outras empregadas e dizia que elas estavam sempre tramando contra ela. Certo dia eu estava falando sobre o pai de uma das moças que trabalhava casa. Ela me contou que foi abandonada pelo pai ainda muito pequena. Dai a governanta evangelica entro onde estavamos e disse. Vocês podem parar de falar mal de mim? Eu fiquei estarrecido. Não estavamos falando mal dela. Dia entendi que ela projetava o mal que pensava dos outros como se fosse um espelho do que havia dentro dela mesma. <br>
Pense nisso: Pragas não precisam ser plantadas no jardim...flores sim. Tiririca ninguem planta...mas elas vem fortes e sem pragas. Flores e hortaliças no entanto tem que ser cultivadas e cuidadas senão borboletas e pulgões devoram . Não basta jogar a semente, ou seja, não basta voce dizer que quer amar a quem te odeia.Voce pode começar por pensar no bem dela e que ela esta agindo equivocadamente porque é o melhor que pode fazer nesse momento de sua evolução.   Cultivamos nosso jardim através do que pensamos de nós mesmos e dos outros. <br>
As relaçoes de trabalho não são fáceis. Temos que desenvolver muito amor para podermos lidar com as diferenças que não ocorrem por maldade das pessoas, mas sim para nos ensinar algo que precisamos aprender. <br>
Rudi Santos <br>
</p>
Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-50349443543728175202018-06-03T20:14:00.001-03:002018-08-07T22:38:21.488-03:00O fosforo na escuridaoRudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-13296909120547241532018-05-23T07:59:00.001-03:002018-05-23T08:04:32.274-03:00Auto retrato<p dir="ltr">Quero pintar um retrato. Mas não um retrato de uma pessoa, como meu amigo, dentista, padeiro e pintor pintou tão brilhantemente o de sua bisavó. Aliás, meu amigo dentista, por ter tantas habilidades e levar cada uma delas tão a sério, ja me faz ver que somos um diamante de várias facetas...algumas à mostra e outras ainda do lado oculto, não trabalhadas por nós mesmos e não lapidadas. Ha um iceberg oculto abaixo do nosso consciente que guarda em si nossas grandes habilidades, frustrações e desejos que não conhecemos por não trilharmos com mais freqüência o caminho que leva para dentro de nós. Esta falta de auto conhecimento que me colocou no retrato que quero pintar hoje. Nao é um retato bonito, é da parte mais feia que tenho em mim. As vezes eu tento colocar mais luz para dar um contraste, mas o pigmento branco tem pouco alcance para tanto pigmento escuro que ja foi colocado anteriormente. O retrato é de um homem dirigindo um carro. Ele senta atras do volante e pensa: Esta poltrona é como a de um reisinho mimado e estragado por seus próprios caprichos. Aqui todos tem que me servir. O velhinho tem que acelerar seu carro, afinal para que tanta potência no carro escolhido se nem na velocidade máxima permitida ele anda? A velhinha tem que esquecer sua idade e confusao mental e simplesmente sumir da minha frente com sua indecisão. A moça que acaba de tirar a carta tem que ficar na pista da direita porque anda devagar. Eu sempre tenho razão. O carro é minha roupa de "estou certo e o mundo inteiro esta errado". No meu auto retrato sou impaciente como o monstro do médico. Não dou passagem para o carro que me corta pela direita. Não deixo ninguém passar por mim na esquerda quando estou na velocidade máxima permitida, afinal eu sou o certinho. Só não sou certinho quando aproveito aquele farol amarelo para ir em frente e passar mais alguns minutos preso no próximo farol. Ou quando por pressa paro em cima da faixa de pedestres só pra ter a emoção de "será que o guarda me multa? Sera que alguem reclama? . Esse é o retrato de mim no trânsito. Esse infelizmente sou eu na tela agora da minha e da sua mente. Isso porque é importante a gente se ver de fora pra dentro, fazer um auto retrato. É importante a gente saber que tem a doença da intolerância para poder se curar. E você? Se fosse sincero consigo mesmo, como seria seu retrato quando dirige um carro? Não vai responder, não é? Não esquenta, ja fui assim antes de querer me ver para melhorar um pouco que seja esta minha condição doentia. Se perceba como é e cure nosso trânsito da violencia e intolerância! Faça em sua mente seu auto retrato eu ainda estou pintando o meu!<br>
</p><p dir="ltr">Rudi Santos</p><p dir="ltr">E ai? Vamos organizar sua biblioteca? Eu adoraria fazer um projeto dela com a sua cara! Ligue 11 951615881 atendemos em qualquer lugar do Brasil. </p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx-9it3cOy3WekXX_pKxAuB31CbocFD_4xt8zFKzAZC35CfZAlAjsUPhpNUsnuay6dXvF1TB4wjBW1jPFjS_hliQrOZ9mfNNZaWEr9EgGypHWBmZ0SSjN9stRlGEJ5mWdtVELQGA/s1600/500x500_organzacao-de-bibliotecas-1793615-5a021220e1e83.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx-9it3cOy3WekXX_pKxAuB31CbocFD_4xt8zFKzAZC35CfZAlAjsUPhpNUsnuay6dXvF1TB4wjBW1jPFjS_hliQrOZ9mfNNZaWEr9EgGypHWBmZ0SSjN9stRlGEJ5mWdtVELQGA/s640/500x500_organzacao-de-bibliotecas-1793615-5a021220e1e83.jpg"> </a> </div>Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-60786153547590965062018-03-28T01:36:00.001-03:002018-05-23T07:55:56.676-03:00A liberdade oculta da mente parte 3https://www.spreaker.com:443/episode/14400891Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-77397862630037957732018-02-25T16:06:00.001-03:002018-02-26T13:07:52.880-03:00O crente, o corredor e a puliça <div dir="ltr">
Costumo correr empurrando o carrinho de bebê do meu filho, com ele dentro, é claro . O bebê adora quando do corro e balança os pezinhos num cântico sem fim de alegria. Faço isto uma vez por dia sempre que possível.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWjsmD0iGWwdK8014rKS4-SvhRecL3320HoCWnKgFzvDdr9KrNZLi83vir6ADoeG-Hl4nFd9zpoK_7xD6BdaCw3g6_PgZF3a96vEEHAHXGTSzrMLQhU5vtX1UwqzGEchdqXk9W8A/s1600/20180106_120252.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWjsmD0iGWwdK8014rKS4-SvhRecL3320HoCWnKgFzvDdr9KrNZLi83vir6ADoeG-Hl4nFd9zpoK_7xD6BdaCw3g6_PgZF3a96vEEHAHXGTSzrMLQhU5vtX1UwqzGEchdqXk9W8A/s200/20180106_120252.jpg" width="150" /></a></div>
Eu diminuo minha barriga e ao mesmo tempo levo meu filho para passear. Ocorreu que ontem eu estava correndo com o garoto e passei por um crente que gritava seu plano de salvação para a humanidade: " porque deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito para que o que nele crê nao pereça, mas tenha a vida eterna"...e bla bla bla... Era um velho de voz estridente e gritava alto um monte de versículos da biblia. Eu, ao ver isto, corri ...porque ia correr mesmo, para que o chato do velho nao me alcançasse. A frente, em minha rua eis que avisto um carro de polícia atravessado. Numa análise rápida pensei, "estao ali para parar carros. Tudo bem q dirijo um carro para o qusl nao tenho licença por escrito e voy em alta velicidade (para um carro de bebes normal), mas nao acho q vao me parar por excesso sde velicidade. E continuei correndo até que, ao chegar perto do carri de polícia fui barrado. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid6SOeyRvyQ2EifPeY9M4mStl2FJlZbEdwVGQLKubTF5OfQdalqldHF-OtW8khh-1xCzJg15Oauvqrr5yQYDAfgbipIQZ0ElOMvD8mxa9XhzHRWueXNy8bKkYcugndVQoI3mBFdA/s1600/policia+cotia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="429" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid6SOeyRvyQ2EifPeY9M4mStl2FJlZbEdwVGQLKubTF5OfQdalqldHF-OtW8khh-1xCzJg15Oauvqrr5yQYDAfgbipIQZ0ElOMvD8mxa9XhzHRWueXNy8bKkYcugndVQoI3mBFdA/s320/policia+cotia.jpg" width="320" /></a></div>
O guarda municipal ja foi falando: este é seu filho? Por que esta correndo? Ao q respondi ofegante e parando: Sim, é meu filho. Eu estou correndo com ele. Faço isto todos os dias e nunca me barraram por isto. O policial disse entao: o sr tem documentos seu e da crianca? Ao que respondi: moço, eu sai agora ha pouco de minha casa q fica nesta mesma rua, numero 579. Nao trouxe nengum documento comigo, porque sai para dar uma volta correndo. Muito menos trouxe o documento de meu filho. Mas porqie esta correndo? Disse o guarda. Eu ja disse, respondi. Porque eu faco exercicios com meu filho. Mas porque me parou? Dai o guarda entregou o ouro. Olha, vem um homem correndo com um carrinho e um bebê dentro, um outro vem gritando atras...o que eu podia imaginar que fosse? Um sequestro de bebê. Eu ri e disse : mas policial, aquele homem é um crente doido q sai gritando pela rua. Entao o crente gritão passa por nós e para de gritar. Ah, qual é? Nao posso nem fazer um cooper com meu filho? O outro policial disse: pode ir. Mas tambem é a primeira vez que vemos alguem fazendo exercicios com um bebê. Sai dali correndo e achando tudo muito engracado. Olha como os policias viram um fato e viajaram em pre conceitos. Na maioria das vezez fazemos isto com os fatos que nos ocorrem. Analizamos tudo com nossas lentes, que sao fruto de tudo aquilo que anteriormente experienciamos e titamos conclusões absurdas a partir disso. O crente passou por mim logo a frente. Eu estava correndo, ligo passei a sua frente depois dos piliciais terem me luberado....depois, quando parei pata dar agua ao meu pequeno, la vem o crente. Dai ele perguntou: escuta, no fim desta rua tem um bairro? Ao que respondi.- Tem sim. Ele agradeceu e se foi. Ou seja, a minha conclusao de que ele ia me abordar tambem estava errada. Segui correndo e encontrei o crente no bairro vizinho fazendo a mesma arenga em voz alta e estridente. Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-71392555000718738682018-01-31T02:25:00.001-02:002018-01-31T02:25:34.057-02:00Explicando o que é a morte para um irmão das estrelas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidA7I6xZwuAFznoJnYODQOExHqZG_CdmHJp5SDNfKb-7-1QBRKKW70xl_9zul1azdE4kGn3DzhNfbChQqXB3LjrOE3gjN5xQWZL1WMXvYip30R9CA-EMIMNgNQQyX_FgqauYj8aQ/s1600/extra+t.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="165" data-original-width="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidA7I6xZwuAFznoJnYODQOExHqZG_CdmHJp5SDNfKb-7-1QBRKKW70xl_9zul1azdE4kGn3DzhNfbChQqXB3LjrOE3gjN5xQWZL1WMXvYip30R9CA-EMIMNgNQQyX_FgqauYj8aQ/s1600/extra+t.jpg" /></a></div>
Eu andava por uma rua deserta numa das noites em que saio para caminhar. Foi numa estrada de terra escura que ele me apareceu. Vi uma luz descendo do céu, da qual eu não consegui correr. Fiquei maravilhado com aquilo. Pensei que ia ter medo quando visse uma nave espacial e um e.t. descendo dela, mas não, fiquei ali atônito, só esperando o que ele ia me dizer.<br />
-Saudações terráqueo.<br />
Poxa, que clichê, pensei, mas respondi:<br />
-Saudações sr....qual seu nome?<br />
-Idursotnas.....<br />
--Hein? que nome estranho<br />
-é seu nome ao contrário...só pra vc ter um nome do qual me chamar. De onde venho temos assinaturas de consciência, não temos nome. Cada um de nós tem uma presença tão única que ninguém precisa de um nome.<br />
Que estrooonho ...pensei...e já tive um monte de pensamentos inquisidores como : mas como identificam os crimonosos? Como se chamam quando um está longe e o outro quer lhe falar...e por ai iam meus pensamentos quando ele disse:<br />
-Olha, eu captei todas as suas conjecturas, mas não tem crimes de onde eu venho, ninguém mata ninguém, fora isto não existe longe e perto, estamos onde pensamos estar...então não precisamos gritar ninguém..apenas nos aproximamos e nos falamos. Sei que tem muitas outras questões, mas eu também tenho uma pra você. Queria saber o que é uma palavra que vocês dizem muito: Morte. O que é a morte afinal?<br />
--Ah, isso eu sei. Morte é quando nosso corpo físico fica velho, desgastado e não funciona mais ou quando algo atrapalha o funcionamento do mesmo, como uma doença ou um acidente ou crime cometido contra a pessoa...<br />
--Espera ai? Quer dizer que vocês perdem seu corpo físico?<br />
--Sim, respondi. Por que, vocês não perdem?<br />
--Claro que não. Na verdade nossa ciência consegue recuperar qualquer parte do corpo de algum de nós se por acaso sofrermos acidentes, Também consegue reaproveitar qualquer parte decepada ou separada de alguma forma do corpo. Somos capazes de recuperar um corpo inteiro a partir de uma célula que seja de um de nós que perdeu seu corpo físico numa explosão. <br />
--Bom, alguns de nós acreditamos que nosso corpo físico fica na terra, mas o espirito volta depois em outro corpo.<br />
--E vocês lembram de suas experiências no corpo que morreu?<br />
--Raros humanos lembram e mais raros ainda lembram com detalhes de tudo o que viveram numa próxima vida para trás.<br />
--Mas isto é outro absurdo. como que vocês não lembram de tudo o que viveram neste e em outros mundos ou até em outros planetas? Que desperdício. Quer dizer que se forem cientistas e morrerem vocês esquecem tudo para voltar zerados, sem lembrar de nada? Tudo o que aprenderam vai por agua abaixo?<br />
--Claro, respondi. Por que? vocês lembram de tudo o que viveram?<br />
-Claro! Eu por exemplo tenho 2000 anos, sou novo até... na verdade sou um jovem agrupamento de consciências celulares ...tenho amigos que tem mais de 100000 anos....Todo mundo lembra de tudo o que passou. Isto é importante para nossa evolução. Para não cometermos erros anteriores.<br />
--Bom, disseram pra gente que se lembrássemos de tudo o que passamos e do que fizemos, enlouqueceríamos. Vocês não enlouquecem?<br />
--Não, claro que não. Somos o que somos.<br />
--E, uma curiosidade minha, vocês fazem mal a natureza, como nós humanos fazemos?<br />
--Nós agimos sempre de acordo com nossas consciências....e aprendemos a não interferir ou interferir o mínimo o possível na natureza de planetas que habitamos ou visitamos.<br />
--Tá, mas como vocês sabem se uma certa atitude hoje não fará mal ao planeta ou aos seus ou aos outros no futuro?<br />
--Bem, para nós não existe passado, presente e futuro. Cada coisa que fazemos, nós conseguimos ver o que ocasionará com o tempo. Então só fazemos aquilo que virmos que não há consequências ruins.<br />
--Supimpa, falei, que parada loka<br />
Ele; ---Parada loka? Isto é código?<br />
--Não, é gíria velha mesmo...mas será que é bom este negócio de enxergar passado, presente e futuro?<br />
--Olha, não admito que a raça humana ainda não consegue ver o que vemos. Vou deixar com você esta maquina aqui. Disse, me dando uma mala preta que tinha uma máquina dentro. Com esta máquina você conseguira ver nos três tempos e poderá ver o que fazer e o que não fazer. Obrigado por me explicar o que é morte....ah, com esta máquina você também vai saber o que fazer para não morrer nunca.Agora tenho que ir. Desculpe-me por deixá-lo tão abruptamente. a maquina é auto explicativa, abra a mala e verá.<br />
Subiu na navezinha dele e se foi o danado do E.T. . Fiquei ali, no meio da estradinha de terra parado, com aquela mala preta nas mãos e uma cara de ponto de interrogação. Comecei a caminhar pensando: Abro ou não abro essa mala? Me faz ver o futuro, posso ficar riquíssimo com os números da mega sena.... por outro lado posso ver quando e como vou morrer ou minha esposa vai morrer ou meus filhos. Disse ele que tem aqui o segredo de não morrer. Mas se eu não morrer vou ver os outros morrerem e isso vai ser desagradável. Já assisti Hilander e filmes de vampiros...uma droga não morrer. Pensando bem, melhor não abrir esta mala não. Joguei a mala fora e ....finalmente meu sonho acabou. acordei rindo do sonho que tive com o E. T. esquisito que não morria e achava esquisito a gente morrer.<br />
<br />
<br />Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-6664777796635306892017-04-11T14:29:00.001-03:002024-02-29T21:47:11.226-03:00Da biblioteca mágica de Rudibooks - Casa da árvore numero zero.Era uma biblioteca muito engraçada, não paravam livros, batiam em retirada. Mas tinha livros a mão cheia, de todos os tipos e para todos os gostos. Ficava numa linda casa, na rua do livro que estou lendo, numero Zero no bairro dos melhores livros do mundo. A casa não era muito arrumadinha, mas haviam livros por toda parte. Passear com os olhos por essa biblioteca era como ir para um passeio ao acaso, sem hora de voltar e sem direção muito certa. Os livros saiam com mais frequência que chegavam, mas a biblioteca nunca deixava de estar cheia deles. Pessoas de vários lugares do pais recorriam à sabedoria guardada naquela biblioteca no país de Idur.<br>
<br>
Dessa biblioteca escolhi alguns contos para vocês e aqui vai o primeiro; <br>
<br>
<br>
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz7I9TaPfwPRI3vV-zVk3UY_OVEN6WrCX8_Rhf2WpiTx9LyVKRMSvliFWhKvjcCUFHqnxJwgFsZDvmYghzvXl3WMHRjQQ8lCZ2ttkxitp_tjrzQlAnr5drR_WNSc4DxWK2uyJetw/s1600/casa+na+arvore.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz7I9TaPfwPRI3vV-zVk3UY_OVEN6WrCX8_Rhf2WpiTx9LyVKRMSvliFWhKvjcCUFHqnxJwgFsZDvmYghzvXl3WMHRjQQ8lCZ2ttkxitp_tjrzQlAnr5drR_WNSc4DxWK2uyJetw/s1600/casa+na+arvore.jpg"></a></div>
<div align="CENTER">
<span><b><br></b></span></div>
<div align="CENTER">
<span><b>Casa
da árvore numero zero</b></span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<br></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Quem passa por aquela praça
onde tem uma casa na árvore não sabe da história que aconteceu há
40 anos atrás. Hoje a casa é conservada por um grupo de senhores,
donos de restaurantes que se espalharam por toda a cidade de Sar que
fica no pais de Idur. Só um habitante do bairro, velho demais para
morar na casa e já aposentado também do seu trabalho em
restaurantes sabe contar a história como ninguém. É um velho que
vive praticamente debaixo da casa da árvore a cuidar dela enquanto
joga damas com os meninos que vem da escola direto para brincar na
casa da árvore e, enquanto estão por ali, jogam damas e xadrez como
o velho. Como há muitas crianças na cidade, que cresce a cada dia,
sempre tem uma mais curiosa que pergunta ao velho: Quem construiu
esta casa na árvore? O velho parece que espera por esta pergunta
todos os dias, e quando uma criança a faz ele não se cansa de
contar e recontar a mesma história. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Então você quer saber quem
fez esta casa? Muito bem, vou lhe contar a história, mas sente-se e
ouça, não gosto de ser deixado no meio da história falando
sozinho. Se sua mãe chamar pra ir pra casa, eu continuo a história
amanhã, compromisso fechado? Vais ouvir a história até o fim? </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Invariavelmente as crianças
respondem que sim e o velho começa a recontar a velha história,
cada vez com um detalhe diferente. É por estes novos detalhes que as
crianças que já ouviram a história ficam ali de butuca, ouvindo
também. Já teve dias em que o velho contou a história, ou parte
dela, para mais de 20 crianças ao mesmo tempo. Elas não piscam,
ficam sempre atentas às aventuras nessa história contidas. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Bom, vamos então ao início,
começa o velho. Era uma vez um retirante do nordeste que veio para a
cidade de Sar para ganhar dinheiro e construir sua vida. Ele morava
em um lugar de seca, muito afastado da cidade e um dia, ouviu falar
que aqui na cidade grande havia muita água e sempre um lugar para
trabalhar, ganhar dinheiro e formar família. Seu nome era Jânio
João da Silva, mas as pessoas o conheciam pelo apelido que lhe
tinham dado desde criança e pelo qual vamos chamá-lo de agora em
diante. Janjão. Quando Janjão chegou na cidade de Sar não tinha
nem dinheiro para comprar comida. Veio num ônibus apertado cuja
passagem conseguira que um amigo lhe pagasse. Era moço, cheio de
força para trabalhar. Começou carregando sacos de cebola e batata
no Centro de Distribuição Agrícola da cidade. De tanto carregar
sacos, Janjão foi ficando cada vez mais musculoso e forte. Janjão
comia bem, porque ao fim de cada dia tinha gastado tanta energia que
precisava repor com um belo prato de hortaliças, ovos cozidos,
batata doce e inhame. Para o almoço sempre levava sua marmita com
arroz, feijão, ovos e muita salada e assim saciava sua fome de
trabalhador braçal. Enquanto almoçava sempre pensava em ter seu
próprio negócio, um restaurante. Já que trabalhava carregando
tanta comida, ele pensava, podia bem aproveitar os melhores preços
que via das sacas de cebola, laranja, pimentão, batata, batata-doce
, arroz, feijão e outras culturas para comprar para seu restaurante
que já estava bem desenhado em sua mente. Seria naquela esquina ali,
perto da praça onde tinha uma árvore enorme. Era uma esquina boa e
ainda estava vazia. Janjão sempre torcia a cada dia para que o dono
não tivesse ideia semelhante à sua e não alugasse nem vendesse o
terreno para ninguém. Um belo dia, Janjão já tinha ajuntado
dinheiro suficiente com seu trabalho de carregador e resolveu alugar
o terreno e comprar as tralhas para montar seu próprio restaurante.
Alugou metade da esquina por 500 dinheiros e ficou muito feliz com
sua aquisição. Não alugou a esquina inteira porque tinha que
deixar dinheiro para uns 6 meses de aluguel, caso a coisa demorasse a
dar certo e além disto tinha que comprar fogão, botijão de gás,
mesas e cadeiras, enfim todos os apetrechos mínimos para montar seu
restaurante. Ele se fiava também no fato de que conhecia os fiscais
da prefeitura que sempre tomavam café no mesmo bar que ele e que
esses o ajudariam a tirar sua licença para poder trabalhar em seu
restaurante em paz. Bom, alugado o terreno e tendo Janjão montado
seu restaurante sob um telhado que ele mesmo construiu, servia-lhe de
cozinha um trailer que ele comprou usado, mas que já era adaptado
para ser uma cozinha de restaurante. Caso um dia precisasse se mudar
daquele terreno, poderia levar sua cozinha junto e montar seu
restaurante em outro lugar. Tudo certo e planejado, Janjão começou
a fazer sucesso com sua comida. Ele aprendera a cozinhar com o
pessoal do restaurante da Central de Distribuição Agrícola onde
trabalhara, foi adaptando receitas básicas até que sua culinária
ficou bem comentada por toda a cidade de Sar. Janjão trabalhava aos
sábados, domingos e feriados, por isto seu restaurante sempre estava
apinhado de clientes. Ele não tinha medo de trabalho, queria
construir sua vida e ali estava ele, caminhando a passos largos para
construir algo maior que nem ele sabia o que seria naquele momento.
Só tinha tempo para trabalhar, então nem namorada arranjava, mas
tinha fé que a moça certa apareceria no devido tempo. Um belo dia
de sol, quando Janjão estava trabalhando em seu restaurante, viu um
pessoal trazendo materiais de construção para o terreno ao lado,
que ele, por que trabalhava tanto e não teve tempo, não alugou para
aumentar seu restaurante. -Adivinhem que tipo de comércio montaram
ali ao lado?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>As crianças que ouviam o velho
nem faziam ideia e ficavam olhando com cara de paisagem para ele. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Tá bom eu digo. Montaram ali
do lado um outro restaurante. Confiados em que a comida de Janjão
era tão famosa na cidade em que muitos clientes vinham ao seu
restaurante, os irmãos Mateus e Lucas Cordeiro montaram então ao
lado um restaurante não tão bem aparelhado como o de Janjão, mas
ao menos com o mesmo espaço em mesas e cadeiras. Ali então ficaram
os dois competidores. Os irmãos cordeiro brigavam por clientes e
trapaceavam oferecendo coisas grátis para que os clientes de Janjão
experimentassem da sua comida que aliás era tão boa quanto a de
Janjão e só perdia na criatividade dos pratos. Janjão tentou
travar amizade com os empregados dos irmãos Cordeiro e com os
próprios irmãos, mas qual nada, eles nem queriam papo, queriam mais
era tirar toda a clientela de Janjão. Ah, esqueci de falar que o
nome do restaurante de Janjão era...alguém tem uma ideia?
Novamente as crianças olhavam com cara de paisagem para o velho....</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Vamos lá, chutem qualquer
nome, quem sabe vocês acertam.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Nessa leva de crianças um
menino de cabelo encaracolado, sardas no rostinho e bochechas gordas
gritou....</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Que tal “Restaurante do
Janjão?”</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Incrível! Como você sabia?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-É que eu sou muito
inteligente, disse o menino</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Concordo, respostou o velho.
Você é um orgulho para seus pais e amigos porque era esse mesmo o
nome. Restaurante do Janjão. E ao lado havia então o “Restaurante
do Lado” nome dado ao restaurante dos irmãos cordeiro. Pensado e
repensado por eles mesmos que não eram donos de criatividade muito
boa. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>A concorrência entre os dois
restaurantes se acirrava a cada dia mas Janjão sempre inovava seus
pratos. Aprendeu a seguir receitas olhando nos livros e sempre tinha
uma novidade a oferecer. No Restaurante do Lado a comida era quase
sempre a mesma. O menu não era variado e sempre se sabia o que
encontrar lá. Os irmãos Cordeiro queriam era ganhar dinheiro e não
se importavam em deixar os clientes satisfeitos ou encantados com a
comida. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Janjão passou a nem ligar para
a concorrência, visto que seu negócio ia de vento em popa até que
um dia, notou que alguns item havia sumido durante a noite da sua
dispensa. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Gatunos esses irmãos Cordeiro.
Agora estão dando de roubar minhas provisões e me deixar na mão
com meus clientes a pedir pratos que fico impossibilitado de fazer?
Eu vou pega-los no pulo. Vou ficar hoje de butuca, escondido num
cantinho bem escuro e quando o ladrão entrar, ah, ele vai ver. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>E o pior é que o que sumia não
era coisa de valor. O que estariam tramando os Cordeiro roubando pão,
bolachas que eram usadas no pavê de sobremesa, chocolates que eram
usados nos mousses deliciosos que Janjão servia. Aquilo o deixara
encafifado. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Na noite que se segui ao
primeiro roubo, depois de fechar o restaurante, lá estava Janjão
escondido atrás de umas barricas de chops, no escuro quando ouvi
alguns ruídos de gente entrando no restaurante. Pé ante pé ele via
entrando um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito.....nove
passaram mais dois perdeu a conta.....quanto dá mesmo? Nove mais
dois?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>O velhinho sempre fazia
perguntas no meio de sua narrativa para ver se as crianças estavam
ainda prestando atenção. Ele detestava platéias dispersas e gente
dormindo durante suas contações de história. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Onze, gritou de novo o
molequinho de sardas e cabelo ruivo encaracolado.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Ah, você está muito esperto
hoje heim.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Sim, continuou, e contou mais
um...ficaram doze, doze moleques, todos menores de 6 anos, uns com
uns 4 outros com 5 anos mais ou menos, todos entraram, pé ante pé e
começaram a pilhagem. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Janjão começou a olhar aquela
turma e observar o que eles queriam.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Era só comida que procuravam.
Janjão resolveu não interferir naquele dia e ficou ali escondido.
Seu coração mole o obrigou a ficar quieto ali no canto vendo
aquelas crianças comendo do seu mingau sem pagar nada.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Hei, gritou um deles – Aqui
tem comida pronta, deixem as bolachas pra sobremesa.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Todos foram aos tachos de comida
que tinham sobrado do dia e comeram a valer. E Janjão ali, já não
aguentava mais ficar es condido porque estava agachado mas sabia que
se levantasse eles iam correr e poderiam nunca mais voltar ali. Ele
fora menino de rua em sua cidade por um tempo e sabia o quão
importante era comer quando se mora na rua. Então resolveu que todas
as noites deixaria doze pratos de comida para os moleque antes de
sair do restaurante. Seria sua missão e seu agradecimento a Deus
pelos clientes que tinha e pelos seus negócios estarem indo muito
bem. A princípio ele não diria nada aos meninos nem a ninguém,
depois poderia tentar um contato.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>E assim, quando os meninos foram
embora já eram quatro e tal da madrugada, Janjão foi para a cama,
pois dormia ali, no restaurante mesmo, e ficou pensando de onde
teriam aparecido esta turminha de meninos e se ele não poderia
ajudá-los de alguma forma.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Na outra noite, quando os
meninos entraram haviam doze pratos sobre uma enorme mesa que Janjão
montou especialmente para seus hospedes noturnos. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Os meninos foram entrando, pé
ante pé e Janjão ficou novamente ali escondido. Como sabia que iria
ter que se demorar escondido atrás dos barris de chope ele já levou
um banquinho e ali permaneceu escondido e sentado durante todo o
assalto. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Janjão deixara também, além
de comida, uns doces e bolachas que eles levariam para passar o dia
sem fome, fossem por onde fossem. Janjão se perguntava, o que eles
faziam durante o dia? Será que moravam al algum lugar? Resolveu
então segui-los quando saíssem naquela noite. Depois que todos
comeram e riram a valer com histórias que um ou outro contavam do
que tinham feito durante o dia, deu o tempo de saírem. Eles não
imaginavam que estavam sendo vigiados e que os pratos com comida
foram ali deixados de propósito por Janjão. Saíram pela rua afora e
andaram até a praça onde havia uma árvore imensa. Era bem perto do
restaurante a praça, mas Janjão, como trabalhava que nem um doido
o dia inteiro para manter seu negócio caminhando e prosperando,
nunca tinha visto que, durante o dia todo aquelas crianças, todos
meninos, ali permaneciam quase o dia todo. Eles deitavam na grama da
praça sob a sombra da árvore e praticamente dormiam o dia todo. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Janjão, ao ver onde afinal eles
iam quando saiam do seu restaurante se contentou pro aquele dia. Era
um avanço. Sabia agora onde era o quartel general dos moleque que
invadiam seu restaurante todas as noites. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Por algumas noites, Janjão
deixou-se apenas observar os meninos enquanto comiam. Notou que tinha
uma certa organização e ficou até curioso para saber quem era o
chefe do bando. Viu um menino maior, de 6 anos, pele negra, cabelo
pixaim e olhos negros comandando tudo e dando bronca quando algum
menino fazia sujeira. O chefe dos meninos era chamado de Igor e tinha
o respeito de todos os outros. Quando saiam ele sempre mandava os
outros começarem a limpar toda a bagunça que por acaso tivessem
feito e ele mesmo limpava comidas que tivessem caído na mesa ou
pegava plásticos que houvessem caído no chão. Tudo tinha uma certa
ordem. Com o tempo, eles só vinham, comiam e não mexiam em mais
nada. Era como se soubessem que alguém em segredo estava cuidando
deles. Um dia, uma jornalista da cidade, Enna Santos começou a ficar
curiosa vendo crianças todos os dias ali naquela praça.
Perguntava-se: -O que será que fazem os pais dessas crianças? Será
que são todos órfãos? E as perguntas não paravam de perturbar a
mente da jornalista. Até que ela resolveu segui-los o tempo todo por
onde iam, sempre escondida para não tirar a naturalidade dos seus
movimentos. Ela se inteirou de toda a história. As crianças eram
alimentadas pelo “Restaurante do Janjão” e todos as noites iam
ali para comer. Mas porque Janjão não falava com as crianças e
simplesmente abria e fechava a porta da frente para a molecada entrar
e comer?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Um dia após ter descoberto todo
o movimento, a jornalista foi até o restaurante, pediu um prato
suculento daqueles que Janjão sabia muito bem fazer e, antes de
pagar a conta perguntou a Janjão: -Porque você não deixa os
moleques que comem aqui durante a noite entrarem pela porta da frente
do restaurante. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Janjão ficou branco, quase
desmaiou depois desta pergunta. Falou que ele sabia que se ele
aparecesse durante a noite e dissesse que eles podiam vir todas as
noites ali comer, que eles podiam ficar com medo e fugir e isto ele
não queria. Ele tinha tomado como missão alimentar aquelas
crianças. Pediu encarecidamente a jornalista que jamais publicasse
nada sobre aquela história até que um dia ele desse então
consentimento. Se ela fizesse isto, despertaria a curiosidade das
pessoas na cidade e coisas muito ruins poderiam acontecer de formas
que ele não mais pudesse fazer este trabalho de caridade. Garantiu a
repórter que queria mesmo era ver todas aquelas crianças na escola
estudando, coisa que não faziam pois passavam o dia inteiro na rua.
Mas ele tomaria providências com o tempo para que tudo ficasse
melhor para aqueles moleques de quem já se afeiçoara tanto.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>A jornalista então saiu
prometendo que não iria publicar nada até segunda ordem , o que
deixou Janjão mais tranquilo, mas ainda com uma pulga atras da
orelha.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Os dias se passaram e as noites
também. Janjão ouviu, numa das noites, um menino mencionar que
achara algumas tábuas e que poderiam começar a construir uma casa
na árvore. Um dos meninos achou um martelo e alguns pregos. No outro
dia, Janjão, muito curioso, deixou um pouco seu restaurante na mão
dos empregados e foi até a praça ver o que os meninos estavam
aprontando. Quando lá chegou era um bate-bate daqui e um bate-bate
de lá. Os meninos começaram a buscar mais e mais tábuas de rejeito
na serraria e a pregar freneticamente umas tábuas as outras em
volta da árvore e a montar um barraco de tábuas em volta da árvore.
Janjão achou aquilo muito inseguro e logo pensou em fazer algo para
abrigar aqueles moleque. Foi até uma marcenaria e contratou um
marceneiro pagando o mesmo para fazer uma bela casa na árvore que
coubesse doze camas de solteiro, uma para cada menino. A casa deveria
ser segura e no alto da árvore, de formas que lá só chegariam os
moleques. Deveriam ser contratados vários trabalhadores para que a
casa ficasse pronta em apenas uma noite e em poucas horas. Deveriam
ser tiradas as tábuas pregadas pelos meninos e no lugar seria
colocada uma linda casa da árvore, onde eles passariam os dias
dormindo, já que a noite saiam para comer e aproveitavam o resto da
noite para brincar na piscina de uma casa de campo em que os donos só
iam de vez em quando. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Tudo combinado com o marceneiro,
na noite seguinte surgiu uma casa em cima da árvore. Enquanto os
meninos estavam comendo e se divertindo nas piscina, 40 trabalhadores
, um guincho e algumas máquinas de serra estavam trabalhando para
construir a casa em pouco tempo. As camas foram compradas por Janjão
nas Lojas Idur, que eram as mais famosas da cidade com a recomendação
de que fossem entregues de madrugada logo após a construção da
casa. Quando só meninos voltaram, o que viram foi uma escada que
dava numa linda casa da árvore. Não tiveram dúvidas, subiram na
escada de madeira e ao chegarem lá em cima, se refestelaram, pulando
nas 12 camas macias que lá em cima na casa encontraram. Acharam que
fora papai Noel ou algum duende que ouvira seus pedidos por terem uma
casa. Ficaram muito felizes com as camas que agora poderiam usar para
dormir. Por outro lado a casa virou atração na cidade de Sar. As
pessoas desviavam o caminho habitual para passar por aquela praça
durante o dia. A sorte dos meninos é que tinham um sono tão pesado
que nem se importavam com tanto barulho de carros passando para ver a
nova casa na árvore.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Mas então a história acabou
tio? Perguntou uma menininha loira de cabelos lisos e de óculos que
estava ali, bem perto do contador de histórias atenta.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Não menina, ainda não. Não
querem que eu conte mais hoje?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Claro que queremos, gritou a
garotada</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Então vou continuar. Agora,
depois de termos visto toda a bondade de Janjão construindo a casa
para os moleques, veremos o que é maldade. Os irmãos Cordeiro não
estavam gostando nada da história que tinham ouvido. A jornalista
postou em seu blog uma historia de uns meninos que comiam a noite no
Restaurante Janjão e dormiam de dia na casa da árvore. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Janjão nem tinha visto o post
da jornalista Enna Santos, porque ele afinal trabalhava muito em seu
restaurante. Mas os irmãos Cordeiro notaram que o movimento no
restaurante deles diminuiu muito e no restaurante de Janjão
aumentava a cada dia. Logo alguns clientes começaram a perguntar a
Janjão se aquela história era verdadeira ou não. Janjão a
princípio pensou em negar, mas depois, quando alguns moradores
conferiram a história, não teve como. A cidade toda ficou sabendo e
mais e mais cliente vinham comer no Restaurante Janjão para
confirmar a história com o próprio benfeitor dos meninos. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Então você se tornou pai de
doze meninos de uma só vez Janjão?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Bom, eu apenas os alimento.
Eles deveriam ter mães que cuidassem deles e os fizesse fazer coisas
cotidianas como escovar os dentes depois de comes, ou lhes contasse
uma história entes de dormir. Alguém que lhes ensinasse a ficar
acordados de dia e a dormir a noite, para serem crianças normais.
Alguém que os levasse para a escola, essas coisas que pais e mães
fazem pelas crianças. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Mas porque você não faz isto
Janjão?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Bom, eu tenho meu restaurante e
sem ele funcionando bem não conseguirei alimentar tantos meninos.
Dai o que posso fazer por eles por enquanto é isto.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Os Cordeiro, chateados com o
sucesso de Janjão começaram a tramar algo para atrapalhar o
andamento de seu restaurante. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Mateus cordeiro pensou:</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Se durante o dia Janjão
trabalha, e a noite os meninos estão lá, como poderíamos fazer algo
para que as coisas dessem errado para nosso vizinho? Ah, pensou com
sua mente malvada. Vamos tramar um roubo. Vamos roubar todas as
economias de Janjão, assim ele não poderá comprar mais mantimentos
e seu restaurante e essa gurizada ameaçadora sumirão do mapa. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Havia uma ou duas horas durante
a madrugada em que Janjão estaria dormindo e as crianças já teriam
saído do restaurante. Contrataram um ladrão trapalhão para roubar
janjão e combinaram com ele o que devia ser feito. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Naquela noite Janjão foi dormir
e as crianças foram brincar na piscina da casa abandonada. O ladrão
Pimpão bobalhão entrou no restaurante dos cordeiro achando que
estava no restaurante de Janjão e roubou um milhão de dinheiros que
estavam guardando havia muito tempo os irmãos. Achou então que
podia, já que o roubo havia sido feito, passar no restaurante dos
cordeiro, que para ele era o outro ao lado, e comer umas batatas
firtas que ele mesmo podia fritar. Pulou uma cerca de madeira que
tinha entre os dois restaurantes que também tinham mesas de madeira
e vários moveis de madeira e foi direto pra cozinha do trailer de
Janjão, achando que estava no trailer dos Cordeiro. Ocorre que
durante a fritura das batatas, o ladrão se distraiu comendo
biscoitos e fez algum barulho. Janjão acordou e pulou da cama. O
ladrão começou a correr e derrubou óleo fervendo no trailer e o
fogo pulou no óleo. Janjão nem viu o fogo pegando em seu
restaurante, correu para fora atrás do ladrão que levava um saco com
um milhão de dinheiros que o ladrão roubara do restaurante dos
Cordeiro. Quando janjão percebeu o fogo já era tarde. Seu
restaurante estava todo em chamas e juntamente com ele, o restaurante
dos Cordeiro. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Janjão ficou arrasado. Todo seu
dinheiro, que eram 500 mil dinheiros, estavam dentro de um cofre no
restaurante. Como o cofre havia queimado, o dinheiro dentro dele
provavelmente estaria queimado também. E Depois que os bombeiros
vieram e apagaram tudo, foi constatado que realmente, o dinheiro que
Janjão tinha juntado durante tantos meses de trabalho estava todo
preto, queimado, em cinzas. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>A policia investigou o incêndio
e vizinhos viram e identificaram o ladrão. Este logo foi preso, mas
o estrago que fez deixou tanto os meninos da casa da árvore quanto
Janjão em maus lençóis. Na delegacia o ladrão confessou o roubo
que fêz e que foi contratado pelos irmãos Cordeiro para roubar
Janjão. O incêndio aconteceu por acaso. Quando a polícia foi atrás
dos irmãos cordeiro, eles já tinham picado a mula. Sairam até do
país de Idur com a pouca quantia que ainda lhes tinha sobrado em
dinheiro depois do incêndio. O ladrão Pimpão trapalhão porém era
tão burro que não se lembrava onde tinha escondido o dinheiro que,
em sua consciência, teria roubado de Janjão. A policia o prendeu
mas não conseguiu arrancar dele onde escondera o dinheiro afinal. As
crianças agora não teriam mais onde comer, visto que no restaurante
de Janjão não poderiam nem entrar porque era tudo escombro por lá.
Janjão, desesperado, sentou-se na praça da árvore e não sabia o
que fazer. Os meninos ficaram sabendo da história e ficaram muito
tristes porque afinal começaram a gostar de Janjão e já sabiam que
ele era quem deixava a comida a noite para que eles então comecem e
pudessem sobreviver. Janjão chorava sentado na praça quando
resolveu olhar para cima e pedia a Deus que lhe ajudasse a encontrar
uma solução. Enquanto olhava para o céu, viu um saco pendurado
logo abaixo da casa da árvore, mas não se atinou que aquilo tivesse
alguma importância. Ficou ali prostrado, nem via o tempo passar. Não
sentia fome, não sentia frio, tamanha era a sua preocupação com a
situação em que agora se encontrava. No dia seguinte um dos meninos
viu aquele saco pendurado abaixo da casa da árvore e, com uma corda
enlaçou o saco e o puxou para baixo. Quando os meninos viram o que
havia dentro do saco, fizeram óóóóóóó......muito, muito
dinheiro. Logo deduziram então que fora o dinheiro roubado de
Janjão. Correram até onde era o Restaurante Janjão e viram um
homem todo sujo de carvão, procurando alguma coisa que pudesse ter
sobrado do incêndio. Era Janjão. Igor, o chefe dos meninos se
aproximou de Janjão e disse: Hei chefe Janjão, que tal construir
seu restaurante novamente? </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Construir como? Meu dinheiro
foi todo roubado pelo ladrão Pimpão Trapalhão, não tenho mais
nada. Como construir, me diga menino?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-É que a gente achou seu
dinheiro e viemos devolver a você. Sabemos que deixava sempre comida
todas as noite para nós. Achamos que você merece o dobro do que
perdeu e muito mais pelo que tem feito por nós.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>Janjão ficou impressionado com
o achado dos meninos. Depois de contar o dinheiro, notou que havia
dinheiro em dobro ali e disse: Ou eu não sabia o quanto tinha ou é
a resposta de Deus as minhas orações. Por isto, vocês, de agora em
diante serão meus sócios no restaurante e não mais meus comensais.
Nada de comer de graça, cada um vai ter seu prato de comido todos os
dias e não as noites e serei opai de vocês que afinal me trouxeram
tanta sorte. Morarão na casa da árvores que construi pra vocês até
que cresçam e seremos todos uma família feliz.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Ebaaaaa.. gritou a garotada
feliz. </span>
</div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-E então a história acabou?
Novamente disse a menina loirinha de cabelos lisos.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Não menina, querem que eu pare
ou que eu continue?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Continua, continua, continua,
gritaram as crianças ao pé do velho contador de histórias.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Então vou continuar. Janjão
agora comprou o terreno da esquina inteiro com o bom dinheiro que
lhe apareceu. Montou um belo restaurante com uma mesa especial para
crianças em que todos os dias colocava doze cafés da manhã, doze
pratos no almoço e doze pratos no jantar e os meninos ali comiam.
Colocou todos os meninos na escola e cuidou deles até crescerem.
Quando cresceram, todos começaram a trabalhar no restaurante, que a
cada dia fazia mais sucesso pela historia que tinha. Logo Janjão e
seus doze filhos, abriram uma rede de restaurantes pela cidade de Sar
inteira e prosperaram, cada um com sua família. Hoje todos são
quarentões. E eu, este velho que vos fala, sou Janjão. Aposentado
porque me cansei de trabalhar tanto e resolvi virar um contador de
historias.</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Então o tempo todo Janjão era
você? Disse uma menininha de olhos amendoados. Porque não disse
logo que estava contando sua história?</span></div>
<br>
<div align="LEFT">
<span>-Porque minha cara, era o sabor
do chocolate, era a cereja do bolo.....eu Sou Janjão e adoro contar
histórias para as crianças.</span></div>
Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-49918882471072911642017-01-12T16:13:00.000-02:002017-01-12T16:13:04.552-02:00Em Busca de um Sonho - Walcyr Carrasco Em Busca de um Sonho - Walcyr Carrasco - Vendi este livro hoje - Abri só por curiosidade e dei uma olhada rápida no conteúdo. Se tivesse visto o conteúdo antes, teria lido antes de vender... Ví uns titulos de capitulos e comecei a me interessar e fui lendo mais. No capitulo que li, ele, o autor, simplesmente decide ir com um amigo a pé para os EUA. O patrão achou loucura mas deu a demissão porque disse a ele"Meu filho, isto é loucura mas é coisa que se faz uma vez na vida". <span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show">Os pais quase tiveram um treco, mas acharam que ele voltaria com o rabo entre as pernas assim que passasse um perrengue. Só que não. Ele conta que chegou nos EUA e como chegou lá. Dependeu da bondade de muitas pessoas pelo caminho. Conta em especial quando perguntou o preço de umas maçãs para uma senhora gorda que vendia maçãs numa feira não me lembro se na bolivia ou num outro pais latino americano. Quando ela falou o preço, ele se afastou agradecendo e dizendo que não tinha o suficiente. Ela olhou bem fundo pra ele e disse "Corre-lo". ele disse, No no tiengo moneda. Ela riu e disse. Yo lo se, corre-lo tonto, yo se que tiene ambre. Ele escreve que nunca esqueceu o rosto daquela mulher. Conta outros episódios bem legais também. Ele deu aulas de português para uma cega nos EUA para ganhar uns trocados. Teve que usar o nome de um amigo para poder receber o pagamento. Ele tinha que ler pra ela e por sorte, sabia muito de literatura, então apresentava á sua aluna cega os personagens dos livros com os quais estava super acostumado, ja que ela estudava literatura brasileiros. Ao fim ela tirou uma super nota nos exames e agradeceu muito a ele. Achei um texto simples e gostoso de ler. Para quem se empolgou, deve estar baratinho na estante virtual. Vi muita semelhança com minhas aventuras em Londres quando ainda jovem. Também senti-me sozinho no mundão sem fim e vi a bondade de Deus em muitas pessoas desconhecidas. A gente vai esperando o pior das pessoas, mas encontra muita gente boa pelo caminho. As más? Não me lembro de uma delas e nem o autor do livro se lembrou.</span><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-35074589457304399752016-05-30T22:04:00.000-03:002017-01-17T11:23:41.580-02:00Historia para netos e filhos. Conte e explique o que aconteceu.Uma historinha pros seus netos. Você vai ter que explicar muita coisa...mas contar uma historia sempre vale a pena.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_G9d8LPf5PCv4L1IeomJeAy3pjmOaT3rI_e73A9itxt_NsZKgGfJH68AGfzHqNX1-V1Yh4h-jSpRKXndACKR2cSeEclKvEJbf6kcHIFln8lxzhu-4VcrOUxQyleJyf-DLpUeQYA/s1600/castelos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_G9d8LPf5PCv4L1IeomJeAy3pjmOaT3rI_e73A9itxt_NsZKgGfJH68AGfzHqNX1-V1Yh4h-jSpRKXndACKR2cSeEclKvEJbf6kcHIFln8lxzhu-4VcrOUxQyleJyf-DLpUeQYA/s320/castelos.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Uma historinha pros seus netos. Você vai ter que explicar muita coisa...mas contar uma historia sempre vale a pena.<br />
<br />
Era uma vez um país,<br />
Brasília era a capital<br />
Ali aconteceu esta história, <br />
pode parecer banal,<br />
mas sujou sua memória<br />
e foi na democracia<br />
um golpe quase mortal<br />
<br />
Cunha não tinha reinado, <br />
Só dinheiro na Suíça,<br />
então ele disse pôxa, <br />
vou fazer um impeachment,<br />
me livro da lavajato<br />
E ainda crio o reino coxa!<br />
Sou ladrão, isto é sabido,<br />
mas meu povo é muito trouxa.<br />
<br />
Adeptos fanáticos, <br />
vestidos de verde e amarelo<br />
surgiram por todo o lado.<br />
batendo suas panelas,<br />
repetindo um refrão <br />
que foi por seu rei criado.<br />
<br />
"Petralhas safados" <br />
"Petralhas ladrões"<br />
"Peguem os canalhas"<br />
"Apontem o canhão"<br />
"Morte a rainha"<br />
"Prendam o de barbinha,<br />
esse é o chefão"<br />
"A nossa bandeira"<br />
"A nossa missão,<br />
é acabar com a malvada corrupção"<br />
<br />
Mas amigos de vermelho,<br />
gritavam do outro lado<br />
"Será que não estão vendo<br />
isto é Golpe de Estado"<br />
a cada grito que davam, <br />
com o barulho que faziam,<br />
aos poucos ensurdeciam <br />
aos coxinhas mais irados.<br />
<br />
Cunha olhava a tv<br />
No espelho se sentia<br />
Somos milhões de Cunhas<br />
seu exercito coxa dizia<br />
Homens e mulheres com vuvuzelas<br />
verde e amarelo até a unha<br />
Batiam suas panelas<br />
Dando um bom respaldo a Cunha.<br />
<br />
Era um país complicado<br />
Nele haviam três castelos<br />
tinham nomes esquisitos<br />
por fora muito bonitos<br />
mas por dentro nada belos.<br />
<br />
Um castelo principal, <br />
se chamava executivo<br />
tinha por finalidade, <br />
executar com lealdade<br />
Toda lei, toda vontade, <br />
do castelo legislativo<br />
<br />
O castelo legislativo, <br />
cheio de ogros de um só olho<br />
Fazia leis cheias de brechas<br />
Pensando em como um dia<br />
se fossem pegos transgredindo<br />
escapariam sorrindo<br />
e rápidos como flechas.<br />
<br />
E, como nada é perfeito<br />
Tinha que ter um castelo<br />
Que vigiasse os dois vizinhos<br />
Era o castelo do direito,<br />
onde urubús de togas, <br />
destes que rodeiam carniça<br />
fingissem que ali estavam<br />
para realizarem justiça.<br />
<br />
Cunha como ogro que era<br />
vivia no legislativo<br />
tinha um olho no umbigo<br />
era réu na lavajato,<br />
mas para não ter castigo<br />
dava ração aos urubus<br />
dos quais ele era amigo.<br />
<br />
No castelo Executivo <br />
vivia a rainha sem mácula<br />
mas para poder governar<br />
Teve que em sua chapa deixar<br />
ser colocado como vice<br />
Um certo, um tal... conde Drácula.<br />
<br />
Cunha então ficou pensando:<br />
Se me livro da rainha<br />
Conde Drácula é da noite<br />
Posso governar de dia<br />
Ligou pro palácio ao lado<br />
e conversou um bocado<br />
sobre o que Drácula faria.<br />
<br />
Para por fim a esta história horrenda<br />
que ainda não acabou<br />
eu vou contar bem depressa<br />
o que Cunha combinou. <br />
Ele disse aos outros ogros<br />
<br />
Prendam a rainha de vermelho e o barbinha pentelho<br />
Se motivo não acharem<br />
a gente inventa um aparelho<br />
que ligado e assistido pelo exercito de coxas<br />
fabriquem verdades nos ouvidos<br />
dos muitos milhões de trouxas.<br />
<br />
E no dia combinado,<br />
Cunha então perpetuou<br />
grande palco então montado<br />
onde cada ogro votou<br />
Sim, retirem a Rainha<br />
Todo o poder é de Cunha<br />
Mesmo sendo o rei dos ladrões<br />
não lhe toquem numa unha.<br />
<br />
Neste dia, um domingo,<br />
os corvos do castelo judiciário<br />
Fingiram estar dormindo<br />
Então ogros foram surgindo<br />
por Cunha liderados<br />
e seus votos foram emitindo<br />
até o golpe ser confirmado<br />
<br />
Depois, deposta a rainha<br />
Conde Drácula assumiu<br />
E de cara foi falando<br />
Aqui tudo vai mudar <br />
vou chamar dia de noite,<br />
para os artistas açoite,<br />
dia e noite vou reinar<br />
<br />
Sai então de cena o Cunha,<br />
porque coxas arrependidos<br />
e mais vermelhos unidos<br />
faziam muito protesto.<br />
Cunha achou melhor ficar<br />
em seu sarcófago mor<br />
e de lá suas ordens dar<br />
e então perpetuar o<br />
"Quanto pior, melhor!".<br />
<br />
Cunha se conformou, afinal da escuridão<br />
poderia dar as ordens através de Maranhão<br />
muitas manobras fizeram,<br />
para derrubar os vermelhos<br />
Vale o voto, ou não vale<br />
dos idiotas brasileiros?<br />
Ah, que votos nas urnas que nada,<br />
Maranhão fez no outro dia,<br />
Acaba com esta palhaçada e prende logo essa tia!<br />
<br />
As primeiras ordens dadas<br />
por Cunha, o sinistro,<br />
foi para que 7 irmãos metralha<br />
dos piores, dos mais canalhas<br />
processados pela lavajato<br />
virassem então ministros.<br />
<br />
Drácula fez direitinho,<br />
tudo que cunha mandou<br />
acabou com a cultura,<br />
Na educação pois ferradura<br />
A TV Brasil reformou.<br />
Cérebro aqui não precisa<br />
Quero que a programação<br />
tenha futebol a vontade<br />
Assim este povo besta,<br />
baba de segunda a sexta<br />
E eu faço muita maldade.<br />
<br />
Se você estava esperando,<br />
esta história ter bom fim<br />
Vou lhes dar o carteado,<br />
Ogros ainda votarão,<br />
para que a tal rainha, <br />
precedida por Barbinha<br />
vão pro fundo da prisão.<br />
o fim cabe a você decidir<br />
<br />
Vai ficar com conde Drácula<br />
o vampiro brasileiro?<br />
Vai deixar os 7 metralhas<br />
Tranformarem o Brasil num pardieiro?<br />
Drácula brincando de casinha, <br />
fazendo com Marcelinha<br />
a farra com seu dinheiro?<br />
<br />
O fim quem escreve é você<br />
Se ao invés de distribuir renda,<br />
você a quer concentrar<br />
pense que no dinheiro de Cunha<br />
suas mãos jamais vão pousar.<br />
<br />
Mas se quer democracia,<br />
resolução sem truculência,<br />
deste problema político<br />
que a todos tras a falência.<br />
Pense, se é este o jeito <br />
de conseguir competência:<br />
<br />
Dracula fazendo a festa,<br />
com Cunha e caviar <br />
de seu dinheiro eles não tem dó<br />
E impostos vão aumentar.<br />
Os corvos sempre dormindo,<br />
você a Globo assistindo<br />
achando que este problema<br />
se resolve por sí só.<br />
<br />
Qual historia vai contar,<br />
se deixar que estes insetos,<br />
façam a festa no Brasil<br />
o que dirá para os seus netos?<br />
<br />
Fim?<br />
<br />
Autor: Rudi Santos<br />
Organizo sua biblioteca particular<br />
11-26903490<br />
rudibike@gmail.com<br />
<div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike><br /></strike></div>
<div>
<div style="font-size: medium; font-weight: normal;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-size: large;">Gosta de ler? Passe no meu cebo e dê uma olhada no que está a venda. clique no link abaixo:</span> <br />
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<div style="font-weight: normal;">
Organizo a sua biblioteca - Fale com o bibliotecário :zap 11-951615881 fixo 11-26903490</div>
</div>
<br />Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-25830011336181944252016-03-04T15:39:00.001-03:002017-01-17T11:24:12.345-02:00Organização barata para sua biblioteca!<span style="background-color: yellow; font-size: x-large;"><div>
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<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
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</div>
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: yellow; font-size: x-large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: yellow; font-size: x-large;"><b>Menos de um real por livro para organizar sua biblioteca? Tem que aproveitar agora!</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;">Oi, Sou o Rudy da Rudy Books.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;">acabei de pensar no seguinte</span>:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Você precisa organizar sua biblioteca e <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtPGCA__v2TQTAaYHlRuG3BKtJXf0HHdnagcG_QrDJJogi0WCIBSDANpR8lUATY_SgzUsSyyNHrOXurc2vUPzQamTEFL4voPTSHEF8XuIj2hsC4qTSPGwPN6gIQCfiEfK0Xqr3Eg/s1600/avatar+rudi.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtPGCA__v2TQTAaYHlRuG3BKtJXf0HHdnagcG_QrDJJogi0WCIBSDANpR8lUATY_SgzUsSyyNHrOXurc2vUPzQamTEFL4voPTSHEF8XuIj2hsC4qTSPGwPN6gIQCfiEfK0Xqr3Eg/s320/avatar+rudi.png" width="320" /></a>eu adoro organizar bibliotecas particulares. Que tal tocar em frente seu projeto de organização de sua biblioteca por um valorzinho que dê pra você pagar sem se apertar? R$250,00 por dia e você pode me contratar um , dois ou mais dias por mês, conforme seu orçamento permita..olha só, você vai pagar o preço de uma diarista por um especialista em organização de bibliotecas particulares.<span style="font-size: x-large;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;"><span style="background-color: yellow;">Apenas 250,00 por </span><span style="background-color: yellow;">dia, já pensou?</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Sua biblioteca sendo organizada conforme seu orçamento permita e continuamente até o fim do trabalho? Sai por menos de 0,50 centavos por livro, dependendo do projeto que você escolher.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-size: x-large;"><b>Vamos lá, era o desconto que faltava para você começar a organizar sua biblioteca!</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-size: x-large;"><b>Ligue já para</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: cyan; color: black; font-size: large;">11-</span><span style="background-color: cyan; font-size: large;">951615881 tim fixo 11-2690-3490 </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: cyan; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: yellow; font-size: large;">Para </span><span style="background-color: yellow; font-size: large;">primeiro contato prefira sempre o</span><span style="font-size: x-large;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: yellow; font-size: x-large;">e-mail :</span><span style="background-color: yellow;"> </span><span style="background-color: yellow; font-size: large;"><b>organizobibliotecas@gmail.com</b></span></div>
Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-3975217378378388462016-02-03T10:44:00.002-02:002017-01-17T11:25:05.725-02:00Eu tô com fuoooooome!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidQlluW9VOW5WkRJlDijzH18V4dKadFt0YnMu3Scd3vfYgzg3fXfuu7s3uf_BENXOXBXrzL8i6a9RE7-GtEl2Q7bSp2hD2Gws2R7jfqOidQSx6Z0FVGGt-FCzizom-WjY_Geua4g/s1600/Foto0583.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidQlluW9VOW5WkRJlDijzH18V4dKadFt0YnMu3Scd3vfYgzg3fXfuu7s3uf_BENXOXBXrzL8i6a9RE7-GtEl2Q7bSp2hD2Gws2R7jfqOidQSx6Z0FVGGt-FCzizom-WjY_Geua4g/s200/Foto0583.jpg" width="150" /></a></div>
<div>
<div style="font-size: medium; font-weight: normal;">
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</div>
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Eu Tô Com Fuooooooome!<br />
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Que fome. Eu que sou apenas um blog mau alimentado é que sei a fome que passo! Depois que inventaram de por a boca no trombone nos podcastings (ou seria podcasts?) e no youtube que tem imagem e tudo, minha vida de blog piorou muito. Ainda mais porque meu dono nem tem tempo para me alimentar mais. Ele só acha que pod e youtube é melhor porque fala e mostra. Pô, se ele me fizer falar, eu também falo. Olha só como estou falando! Tá certo que até hoje falei para ninguém. Meu mau e dos meus amigos é este. Ninguém ou quase ninguém lê muitos de nós e muitos lêem poucos de nós. Já dizem até que a blogosfera morreu. Não morreu não, hó eu aqui hó, tá vendo, to dando tchauzinho...não para ir embora é claro, só para dizer que eu existo. Mas se você está me lendo, por favor, entenda uma coisa. Blog que não comunica, se estrumbica. Ponha um link meu no seu blog. Me dá esta chance vai! Sabia que é assim que os podcasts pretendem sobreviver? É sim, colocando links dos outros e fazendo propaganda de outros para que subesistam. Então, faz meu jabá, meu ad, seja meu amigo. antes que meu dono pense que eu não causo audiência e crrrrr, me corte o pescoço. Bom, mas uma coisa ninguém POD negar, todo podcaster ou youtuber que se prese tem um blog. É, ao menos para isto servimos, para segurar os links dos nossos filhos. Sim porque nós viemos primeiro, nem bem chegamos já tão querendo tirar a gente de cena. há não...<br />
A gente ainda vai pegar muita onda. Bom, te dei tempo, pensou com carinho na minha proposta? põe um link vá...<br />
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<a href="http://formula47.com.br/?ref=H3895023M">http://formula47.com.br/?ref=H3895023M</a>Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-20952359992680919072016-02-03T01:30:00.001-02:002017-01-17T11:29:31.006-02:00Viagem pra não sei onde...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ7z0_LQ2J9OfaIqaWY5ZF-4ibJJaGeGTt9HMFcm-dZbj4XLnJPEmaZY2BVMG8z7CTXsELT_lbrzh8WdRqY3NcMDmuqRJy9XDnoIjhw6kBZWJC2rRfACti4WA15i0F56bjubr4MQ/s1600/neanderthal04.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ7z0_LQ2J9OfaIqaWY5ZF-4ibJJaGeGTt9HMFcm-dZbj4XLnJPEmaZY2BVMG8z7CTXsELT_lbrzh8WdRqY3NcMDmuqRJy9XDnoIjhw6kBZWJC2rRfACti4WA15i0F56bjubr4MQ/s320/neanderthal04.jpg" width="320" /></a></div>
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<span style="background-color: white; color: black;">Gosta de ler? Passe no meu cebo e dê uma olhada no que está a venda. clique no link abaixo:</span> <br />
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Organizo a sua biblioteca - Fale com o bibliotecário :zap 11-951615881 fixo 11-26903490</div>
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<b><span style="font-size: large;">Viagem pra não sei onde</span></b><br />
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-Não vai caçar hoje Saidur? Perguntou Deteo sua esposa.<br />
-Não. Preciso fazer a grande viagem até a caverna de Aissai o guru.<br />
-Mas porque você tem que ir, tenho mal pressentimento sobre isto, não vá.<br />
-Deteo, tenho que ir, é o ritual. Todos os líderes das outras tribos já foram e chegou minha vez. Tenho que saber das previsões. Não posso trair nossa tribo.<br />
-Então vá, mas volte logo, disse Deteo. Viram guerreiros da tribo Odar acampando aqui perto. Eles podem nos atacar a qualquer momento.<br />
-Não se preocupe mulher, a tribo de Odar é muito menor em número que a nossa. Teriam que se unir aos Ogg para poder nos derrotar. Eles jamais fariam isto. Há odio entre eles e todas as tribos porque são traiçoeiros. Vou enviar alguns guerreiros para ver se este acampamento ainda está no mesmo lugar e se estiver, expulsamos eles.<br />
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Odar era um líder muito mal. Sua tribo traia todos os tratados que eram feitos entre os homens. Estavam quietos havia um tempo e se distraiam com o fogo que roubaram da tribo dos Ogg, mas o conselho de Odar sempre estava tramando alguma invasão. Eles eram impiedosos e não sobrava nada das tribos que eles atacavam. Só que não eram loucos de atacar a tribo do Grande Saidur . Em número de guerreiros eles eram inferiores, era um deles para cinco de Saidur.<br />
Saidur começou sua viagem santa nas primeiras horas da manhã. Caminhou por florestas, montanhas e acampou no topo da cordilheira de onde ainda podia ver sua tribo. A caminhada longa que faria era um sacrifício pela paz pois, sabendo das previsões de Aissai poderia evitar guerras sem sentido e, ja que sua tribo era a mais numerosa do território onde vivia, tinha que ter pulso firma nas decisões para manter a ordem entre as outras tribos que brigassem. Todos os lideres das outras tribos respeitavam Saidur como um lider de paz, menos Odar.<br />
Os homens que foram mandados ao acampamento dos guerreiros de Odar, quando lá chegaram só encontraram restos de comida, cinzas e uma gosma preta estranha que nunca tinham visto. Voltaram para a tribo sem alardear nada, porque nada viram além de um acampamento espião normal. Mas era de costume as tribos se vigiarem, então, sem novidades.<br />
Saidur naquela noite, dormiu e teve sonhos atordoantes com bolas de fogo que vinham do céu e destruiam tudo, mas achou que era apenas um sonho e continuou seu caminho na manhã seguinte <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZRdC438u7YUMIW_CW7OQSU21cvNcbZs3CtH4kJTzUCGYAb4_3lwzXG_CPR9_DgfeZ_1mwtANaEqL6nK_sHyrPauaJLsjGGPzTg4d0LRRnLEKo2LujHT9RMPTXFeEiZ4Vs3G7_rQ/s1600/IMG1886A.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZRdC438u7YUMIW_CW7OQSU21cvNcbZs3CtH4kJTzUCGYAb4_3lwzXG_CPR9_DgfeZ_1mwtANaEqL6nK_sHyrPauaJLsjGGPzTg4d0LRRnLEKo2LujHT9RMPTXFeEiZ4Vs3G7_rQ/s200/IMG1886A.jpg" width="150" /></a></div>
para a gruta do gurú. Ultrapassou um deserto onde quase morreu de sede. Sua pele estava queimada e ardida quando o deserto findou, mas a viagem estava quase no fim. Entrou numa trilha que, novamente dava em uma floresta e caminhou até ver uma pedra muito grande no meio da mata. No alto da pedra estava sentada uma figura esguia de um velho. Segurava na mão um cajado todo torneado que tinha na ponta uma cara de boi almiscarado, que era o simbolo da sobrevivência e da fartura. Sua barba branca e cumprida denunciavam sua idade avançada de 150 anos. Aissai estava em sua meditação profunda, mas pressentiu a aproximação de um guerreiro pelo cheiro de suor que exalava o homem lá embaixo.<br />
-Aissai, gritou Saidur, venho em paz.<br />
Aissai respondeu - Sempre em paz filho, suba aqui.<br />
-Aissai, disse o guerreiro quando se sentou ao lado do gurú curandeiro, eu vim pelo ritual das visões para poder manter a paz.<br />
-Bom, meu filho. Mas as visões podem dizer coisas muito incômodas hoje, está preparado?<br />
-Sempre Aissai. Tive um sonho horrível na noite passada, será que foi algum presságio?<br />
-Sempre é filho, respondeu o velho, só depende de sabermos interpretar. O que você viu?<br />
-Vi grandes bolas de fogo que caiam do céu e destruíam toda uma aldeia.<br />
-As bolas de fogo? Então você também viu?<br />
-Sim oh grande gurú, o que significam?<br />
-Eu as vi em minhas meditações. Elas significam o que você viu mesmo. Destruição total e vejo mais agora. A aldeia destruída será a sua. Odar se associou aos demônios do fogo, controlou as bolas de fogo e consegue lançá-las a grande distância agora. O povo atacado nem vai ver de onde vem as bolas, pensará que são os deuses castigando. Tudo ficará incendiado na aldeia, a própria correria já matará alguns, depois virão mais bolas de fogo e matarão quem for por elas atingido e em seguida, se aproveitando da confusão, os cavaleiros de Odar se aproximarão, mesmo que em menor numero, matarão a todos filho, todos. Você tem que tentar impedir isto.<br />
-Eu tenho que ir então Aissai. Meu deus, minha mulher e família estão lá, meus amigos, meus pais, meus filhos. Tenho que ir. Obrigado Aissai.<br />
-Corra filho, vá. Lamento terem as visões sido tão cruéis com você e sua tribo.<br />
Se cumprimentaram e Saidur saiu em disparada mal se lembrando do cansaço da viagem até ali.<br />
Correu muito, nunca correra tanto. Fez todo o caminho de volta na metade do tempo em que foi. Quando chegou na aldeia pensando que daria tempo de traçar uma estratégia para conter Odar, viu o caos. Todos mortos. Sua família, seus amigos, todos os que estavam em tendas e muitos que sairam das cavernas pelo barulho para ajudar acabaram morrendo.<br />
Saidur pos as mãos na cabeça ao ver aquele horror. Horror por todos os lados. Horror, horror. Viu sua família morta, sangue, muito sangue. O ódio tomou conta de seu ser. Gritou com uma voz desesperada alto, muito alto.<br />
-Odar, o sangue de minha tribo clama por justiça. Você será punido.<br />
De repente ouviu barulho de um exercito que chegava. Eram soldados de todas as tribos que foram mandados telepaticamente por Aissai, o gurú, para evitar a chacina e controlar o mau, mas chegaram tarde e o mau ja havia sido feito.<br />
Saidur cremou os mais próximos e alguns da tribo que conseguiram sobreviver por estarem em profundas cavernas se juntaram a ele e cremaram todos os mortos em grandes piras com a ajuda dos guerreiros dos exércitos aliados.<br />
Saidur queimava de ódio por dentro. Planejou então o grande ataque contra Odar. Calculou um ataque surpresa onde não haveria tempo de Odar preparar e lançar as grandes bolas de fogo com betume, substância que aprendera a usar para manter as bolas incendiadas. Quando tudo estava preparado, ao invés de ir com grande estrondo, fez um grande cerco com os soldados dos exercitos aliados, mas entrou no meio do cerco com seus melhores guerreiros a noite e sorrateiramente. Foi pegando uma a uma das sentinelas sem deixar que os soldados soltassem um pio. Naquela noite ele descumpriu todos os tratados, assim como Odar tinha feito. Matou um a um seus inimigos enquanto dormiam. Os que porventura escaparam foram mortos no cerco maior quando tentavam fugir da ira de Saidur. Não sobrou nada da tribo de Odar, nem crianças, nem mulheres, nem velhos. Ninguém foi poupado. Só assim a ira de Saidur foi aplacada e ele voltou a sua terra. Agora sua tribo era muito pequena e ele tinha que recomeçar.<br />
Saidur envelheceu e carregou consigo até a morte a dor de perder as pessoas que amava, mas também a culpa de ter se igualado a Odar na covardia de ter matado mulheres, velhos e crianças. Ele sempre refletia sobre o que fêz e, se mais velho e experiente fosse, jamais teria agido daquela maneira. O rei da vingança, foi este seu apelido até o fim de sua vida. Muitos ainda contaram sua historia por muito tempo depois que veio a morrer com 250 anos.<br />
Esta foi uma de minhas vidas passadas. Vi, senti, chorei meus mortos e senti cada gota do ódio que Saidur sentiu. Vivi cada momento da lembrança desta que foi a mais sangrenta das vidas que vivi durante uma regressão a vidas passadas. Me lembro da culpa que carreguei nos ombros pela grande vingança que cometi e do alívio que a morte foi para mim quando em fim deixei minha tribo naquele maravilhoso e verde vale e corri para a grande luz que me ofuscava.<br />
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Rudi Santos<br />
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<br />Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-37575564463257506172016-02-02T01:01:00.000-02:002017-01-17T11:34:33.064-02:00O mago das plantas que curam<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<span style="background-color: white; color: black;">Gosta de ler? Passe no meu cebo e dê uma olhada no que está a venda. clique no link abaixo:</span> <br /><a href="http://www.portaldoslivreiros.com.br/busca.asp?offset=30&ordenarpor=codigo&ordem=desc&vendedor=RudiBooks"><span style="color: #3e89d9;">Rudibooks</span></a><br />
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<span style="font-size: large;"> O mago das plantas que curam</span><br />
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Não quero imitar outros que falam de suas vidas como se ja estivessem mortos . Não, estou vivo, vivinho da silva. Sou apenas um menino de oito anos que tem lembranças estranhas. Não sei de onde elas vêm, mas sei que são bem reais, juro que parece que vivi de verdade as coisas que lembro quando estou aqui, sentado embaixo desta mangueira escrevendo em meu diário. Fora as lembranças eu, outro dia, sentei no piano que minha mãe acabou de comprar e toquei uma música da qual me lembrei. Minha mãe disse que toquei perfeitamente a nona sinfonia de um tal de Beethoven. Não sei quem é, acho que ele foi um músico famoso. Mas as lembranças que tenho não são da vida de Beethoven. Andei pesquisando e notei que a vida dele não tem nada a ver com a das lembranças que eu tenho. Mas, vamos fazer assim. Eu vou fingir que estou contando uma historia para meu diário, este que escrevo agora. E você, se por acaso um dia vier a ler o que escrevo, vai esquecer que sou apenas um menino, sentado embaixo de uma mangueira sentindo o cheiro maravilhoso de manga madura a beira de um rio e simplesmente vai embarcar em minha historia.<br />
Era uma casa de fazenda, um casarão com jardins em volta de toda ela. Haviam flores de todo tipo e todas as cores enfeitando os arredores. Coqueiros altos balançavam sempre ao sabor dos ventos e grandes gramados verdinhos verdinhos. Em frente a casa, canteiros de flores as vezes quadrados e as vezes em forma circular. Era o que dava para ver da sacada ampla da casa. Eu aprendi a tocar piano desde bem pequeno, lembro-me de um lindo piano de calda que havia na sala ampla do casarão.<br />
Não que isto fosse importante, mas estávamos, eu e minha família morando nos Estados Unidos. Foi no tempo da primeira guerra mundial. Meu pai era um caixeiro viajante muito bem sucedido. Eu, para dizer a verdade, pelo que me lembro nunca conheci meu pai a fundo. Ele nem parecia gostar de crianças e eu era seu filho único. O velho estava sempre viajando e eu quase não o via. Minha mãe casara-se por amor quando meu pai ainda era um pobre diabo. Este amor parece que foi se apagando com o tempo e se transformando em solidão com a ausência de meu pai da fazenda. Ela bebia muito e vivia enfurnada em seu quarto curtindo uma dor de cabeça de uma ressaca interminável. Tínhamos vários escravos. Eles eram em torno de uns 50. Eram a princípio poucos, uns 15 talvez, mas ele se reproduziram e reproduziram e se tornaram muitos, ao menos era esta historia que ouvi meu pai contar sobre eles. Eu nem sabia que eram escravos, hoje tendo estudado historia eu sei. E, sabe porque eu não me dei conta disto? Porque eles me criaram desde bebê. A Naná era minha ama de leite e me amava como a um filho. O Papou, marido de Naná era mais do que um pai para mim. Eu mais vivia com eles do que com meus pais. Papou me ensinava tudo sobre o jardim e as plantas. Ele tinha um jardim só de plantas que curavam todas as doenças. Ele sempre me dizia:<br />
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-Doença que planta não cura fio, é doença que a alma aceitou e não quer largar mais. Do resto tem planta que cura toda doença.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNOVmxGLph1nZH86fodxVF8Bwxn3dGwF3XvfyyQE_x2-HwZgDeDtwJ62fOhTSSaK2zCuXSLokYAnJd25jsEtRyPDOVLs2MNo2n5JKB0Dj9-uC6bFOkMxa5ZRSu7-Vd3fSpSV-t5g/s1600/plantas+que+curam.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNOVmxGLph1nZH86fodxVF8Bwxn3dGwF3XvfyyQE_x2-HwZgDeDtwJ62fOhTSSaK2zCuXSLokYAnJd25jsEtRyPDOVLs2MNo2n5JKB0Dj9-uC6bFOkMxa5ZRSu7-Vd3fSpSV-t5g/s1600/plantas+que+curam.jpg" /></a></div>
Me lembro com uns sete a oito anos em minha primeira lição com Papou Saiasi. Ele já era adulto e tinha filhos, mas me tratava como um deles. Eu e seus três meninos, um de sete, outro de oito e outro de nove anos eramos para ele seus quatro aprendizes de curandeiros. Papou Saiasi tinha que passar a frente seus conhecimentos e ia caminhando no meio do seu jardim com seus 3 filhos negros e eu, o patinho feio da turma, o filho branco. Ele ia dizendo.<br />
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- Tão vendo esta planta aqui? Esta chama chapéu de couro. Serve pra curá reumatismo de velho e inté reumatismo de sangue. Tá vendo esta arvre aqui, quando menino tivé perdido na mata e precisá dicumê é só riscá a casca que sai leite. Notem bem cumé a foia dela e a casca dela. Tem que aprendê direito pra num si invenená. Prova aqui meninos.<br />
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Eu e os meninos provamos, o leite tinha gosto de amendoim, era bom.<br />
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-Mas não pode bebê muito, disse ele em tom sério, só bebe pra se alimenta e dispois para. Senão dá dor de barriga.<br />
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Ele nos ensinava um pouco todos os dias enquanto trabalhava no jardim arrancando as tiriricas e outras hervas daninhas. Tinha folhas que curavam hematomas, chas que curavam desinterias e até a cura para o diabetes ele tinha. Para mim aquilo era pura magia. Curar a dor de alguém com uma planta amiga, pôxa, que bacana!<br />
E assim, todos os dias eu acordava já pensando em ir explorar o jardim de Papou Saiasí. Minha mãe quase nem tinha contato comigo. Só me via de vez em quando para me dar um beijo com cheiro de rum ou Whisky. Eu sinceramente não tenho ideia de onde ele conseguia tanta bebida.<br />
Um dia, recebemos a visita de um cavaleiro. Meu pai que havia saído de casa para uma de suas viagens estava ja há meses sem dar noticia.<br />
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-Infelizmente venho lhe dar más notícias, disse o cavaleiro a minha mãe. Seu esposo faleceu. O navio em que ele estava levando sua carga foi atingido por uma bomba jogada de um avião. Acho que foi confusão ou maldade do piloto de caça. O navio se quebrou em dois e afundou e, como e estava em alto mar, não deixou nenhum sobrevivente.<br />
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O cavaleiro se retirou dando as condolências e minha mãe se pôs a chorar daquele em dia em diante para nunca mais parar até morrer de tristeza e cirrose pouco tempo depois.<br />
Foi assim que os escravos então passaram a cuidar de mim e de minha fazenda. Eu, quando fiquei um pouco mais velho, pedi que Papou Saiasí e sua família, que antes moravam na senzala, viessem morar comigo dentro da casa de meus pais. Eu havia dormido sozinho por tempo suficiente e as vezes, a noite eu acordava no teto, olhando para baixo e vendo meu corpo dormir lá na cama, la embaixo. Aquilo me dava medo. Dai contei para a Naná e o Papou e pedi encarecidamente que eles nunca mais dormissem longe de mim. Eram para mim pais adotivos amorosos e carinhosos. Eu adorava meus irmãos negros e pedi a eles que dali em diante me adotasses e fossem para mim a família que eu havia perdido, o que fizeram de bom grado para minha felicidade.<br />
O tempo passa muito rápido em nossas vidas. Cresci nesta comunidade de ex-escravos que fiz questão de alforriar assim que pude assinar papéis por conta própria. Dos 50 escravos que meu pai tinha eles viraram 70 depois de algum tempo e formaram então a primeira comunidade de negros livres de Wisconsin. Os amigos de meu pai branco me ajudaram a continuar meus estudos e me formei em medicina. Era um bom médico e cuidava de todos os que me cercavam, tivessem dinheiro ou não. Meu pai deixara-me muitas rendas e propriedades que foram bem cuidadas pelos ex-escravos e serviram para nos acomodar a todos e ver nossas famílias crescerem.<br />
Casei-me com uma linda mulher em época oportuna. Já era formado e atendia em meu consultório quando olhei para Lucie como mulher. Ela era uma das lindas negras de minha fazenda com a qual eu brincara na infância e crescera correndo atras dela pelos gramados. Ela também me olhou com olhar diferente e nos apaixonamos, nos casamos e tivemos dois filhos lindos.<br />
Meu pai preto, sempre me acompanhou em tudo o que eu fazia. Ele tinha orgulho de mim e da ajuda que eu dava para as pessoas sendo o médico da comunidade. Naná e Papou Saiasi envelheceram , viram seus netos e até bisnetos e morreram com ais de cem anos cada. Eu fiquei muito triste com a morte deles, afinal Papou Saiasi era meu pai preto querido e Naná minha mãe preta.<br />
Antes de Papou falecer ele já sabia de sua morte e me disse:<br />
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-Nóis num morre não. Depois do portal que a morte traz tem vida, a vida da alma. Vou sempre estar com você fio. Quando precisá de argum remédio de planta, me chama que venho te dize como faz se oce num lembrá de tudo o que te ensinei.<br />
<br />
Eu jamais esqueceria dos ensinamentos de Papou, pensei. Quero te-lo em meu coração para sempre, mas não vou jamais chamá-lo para me dar receitas de chás depois que ele morrer, cruz credo!<br />
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Ocorreu que um dia uma das moças negras da comunidade ficou doente e, por mais que eu estudasse nos livros e tentasse chegar a uma conclusão sobre o que ela tinha, não acertava o remédio convencional. Papou já se fora havia mais de dez anos, nem me lembrava mais da conversa que tivera com ele no seu jardim. Um dia, desesperado por ver uma moça tão linda que poderia ser minha filha, morrendo sem que eu conseguisse ajuda-la, fui fazer um passeio no Jardim de Papou Saiasi para, quem sabe ter alguma iluminação. Me lembrei de como Papou me ensinava e aos meus irmãos negros sobre todas as plantas que haviam ali. Fiquei com os olhos fechados por um tempo e quando abri meus olhos vi nada mais nada menos do que Papou em pé a minha frente. Estremeci até os ossos, mas fiquei ali parado. Ele sorriu para mim como sempre fazia com seus belos dentes brancos. Apontou-me uma planta e eu instintivamente fui até ela. Ele então mostrou quatro dedos e apontou para as grandes folhas. Entendi, quatro folhas. Fez um gesto com a mão, como mexendo em uma panela, cozinhando e por fim mostrou-me com a mão dois dedos. Sim, duas vezes ao dia. Entendi o recado ainda atônito.<br />
No mesmo dia fiz a receita e dei para a moça. Ela sarou em pouco tempo. Dai para diante, sempre que eu tinha casos mais graves que a medicina convencional não resolvia, eu ia até o jardim de Papou Saiasi e ele sempre me orientava. Com o tempo comecei a ouvi-lo em meu pensamento. Ele já não precisava mais fazer gestos.<br />
Envelheci também e tive filhos e netos. Me lembro do dia em que morri.Eu estava em meu avental de médico atendendo um paciente, lá pelos meus 80 anos. Vi Papou Saiasi entrando no consultório em plena luz do dia e não entendi porque ele faria isto, já que eu sempre o via no seu jardim. Ele falou comigo brandamente.<br />
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-Vem fio, tá na hora docê passá o portal. Naná e eu te esperamos pra podê segui caminho. <br />
<br />
Tive então um desmaio e caí duro que nem uma pedra no chão. Chamaram minha esposa, mas eu já estava morto. Lembro que vi ainda meu corpo caído ali e olhando para trás de mim, vi Papou e Naná de braços abertos me esperando. Senti-me feliz e corri como uma criança para os seus braços. Papou me mostrou seu novo jardim e Naná me levou para onde eles agora viviam, no meio de lindas e coloridas flores.<br />
Dai, não sei como vim parar aqui, sendo filho de minha mãe e de meu pai. Minha mãe é branca e meu pai é Mulato. Meu pai me ensina muitas coisas sobre hortaliças e plantas que curam. Ele mora no meio da floresta em Rondônia. Parece, assim como meu pai preto, saber tudo de plantas que curam. ele tem uns papos estranhos, diz que vê anjos e já viajou num disco voador com Jesus. Acho que é piração do meu pai, o que vocês acham?<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcyG9hNaAegEr3EjHn8J1W8JyaAXM8AgsWunsPR-sy-Yx4U_xF7i5tEmpOcTpjp-wPy7om3l2_J2meZCKF4CQcFl59FZal3Zz6BqnLZgEwbQcGXfkGDdtWGVHHXfAOPwoGW0R0Wg/s1600/organizacao+de+biblioamarela7.bmp" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcyG9hNaAegEr3EjHn8J1W8JyaAXM8AgsWunsPR-sy-Yx4U_xF7i5tEmpOcTpjp-wPy7om3l2_J2meZCKF4CQcFl59FZal3Zz6BqnLZgEwbQcGXfkGDdtWGVHHXfAOPwoGW0R0Wg/s320/organizacao+de+biblioamarela7.bmp" width="320" /></a></div>
<br />Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-71860857368448150192016-01-31T12:31:00.000-02:002016-01-31T12:31:03.428-02:00No Rio Paraná e numa casca do ovo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Quando, numa viagem a Bonito, passei pelo Rio Paraná, senti uma energia diferente vinda daquele lugar. O nome da cidade de Presidente Epitácio me lembrou uma historia que minha mãe contava quando eu era pequeno e que me fascinava pela grandiosidade da aventura. Minha mãe chamava a cidade de "Porto Epitácio" não sei exatamente porque. Imagino que, antes de existir a ponte que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul, só se atravessava o grande rio de balsa ou de barco a motor e que ao invés da imponente Ponte, havia um porto onde as pessoas pegavam a balsa. Você ja deve estar curioso pela historia não é? Então vamos a ela. Minha mãe, só para explicar porque a historia era para mim uma historia fantástica e, para quem não sabe, era para plégica e andava de muletas. Ela me contou que meu pai as vezes dava uma sumida no mundo para trabalhar em outras terras e que uma dessas sumidas foi quando ele foi trabalhar para um irmão que ele tinha em Mato Grosso. Ele deixou minha mãe em São Paulo, sempre dizendo que ia arrumar trabalho e que a levaria depois para onde estava e foi trabalhar na lavoura de algodão. Foram tempos duros queles, nos idos de 1950. As coisas estavam difíceis e minha mãe passou a morar com uma de minhas tias. <br />
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Ela costurava para fora e quando os clientes iam pagar o que ela cobrara pela costura, minha tia entrava na frente e pegava todo o dinheiro e não dava nada para ela. Ela comia, dormia e permanecia na casa desta tia por falta de opção. Passou uns perrengue e até fome, porque minha tia vigiava tudo o que ela comia e as vezes dava-lhe pouca comida. Um dia, ela se cansou de tanto esperar por meu pai e de passar apertos e, com meu irmão pequeno no colo(eu ainda não era nascido) resolveu ir para Mato Grosso atras do meu pai. Agora, imaginem, se, para uma pessoa normal, sem dinheiro e com um filho pequeno já seria dificil ir de São Paulo Capital a Mato Grosso, pensem nisto colocando a deficiência de minha mãe que andava de aparelho ortopédico e muletas. Mas não foi esta dificuldade que a impediu de ir até meu pai. Pegou o que pode, uma trouxinha com roupas, meu irmão e lá se foi ela para a rua. Pediu carona e foi caminhando em direção ao seu objetivo. Subiu em boleias de caminhões onde os motoristas, verdadeiros anjos, tiveram que lhe colocar em cima do banco, pois ela não conseguia subir. Chegou em fim, depois de muita estrada na beirada do Rio Paraná. Olhou a imensidão daquele rio. Teve um pouco de medo, pois um acidente qualquer que ocorresse lhe seria fatal, pois não sabia nadas e, naquele tempo, nem se pensava em dar coletes salva-vidas as pessoas que atravessavam de barco. A balsa era muito cara e ela estava sem dinheiro. Conseguiu então um pescador que tinha um barco a motor que lhe levaria de graça para o outro lado. Olhou o barco, comparou com o rio, dominou o medo e foi. Entrou naquele barco e pensou: Se Deus quiser me lavar hoje, estou pronta, mas morro tentando ser feliz. Durante a travessia ela se viu num marzão sem fim de agua doce e, comparando o barco em que estava com o tamanho do rio me disse quando cotava a historia: Eu parecia estar numa pequena casca de ovo no meio do mar sem fim. Esta viagem toda foi para ela um encontro com o divino. O deus que há nas pessoas que a levaram até ali, os anjos que a alimentaram durante o trajeto e a seu filho. O anjo pescador que a atravessou naquele rio enorme, barreiras intransponíveis para alguns, não para ela. Do outro lado do rio ela agradeceu ao pescador e a Deus por ter conseguido chegar até ali. Dali para a frente seguiu no lombo de uma mula com seu filho montado a frente, sempre guiada pela mão invisível de Deus que a levava através das pessoas caridosas que foi encontrando. Seguiu trilhas por léguas e assim chegou no local onde meu pai havia dito que estaria. <br />
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Quando a viu, meu pai ficou muito feliz e demorou a compreender como o amor de uma pessoa pudesse traze-la de tão longe em tão difíceis condições. Ela morou com ele numa tapera de madeira coberta de sapé por um bom tempo e preferiu mil vezes estar ali do que ficar longe de meu pai. Mesmo que ali também passasse fome junto com ele, estava com seu amado e sua família. Ela me contou que meu pai dera a ela uma pequena garrucha, uma arma pequena, para que atirasse em algum bicho que porventura entrasse na tapera, ja que ela não podia correr. Ela tinha mais medo de atirar com a arma do que dos bichos. Foram várias as vêzes em que cobras vinham, entravam na tapera e ela ficava imóvel esperando os bichos irem embora, mas nunca teve coragem de atirar nelas. Elas as vezes passavam em seu colo, mas ela se apegava com Deus e orava uma oração de proteção que mandava as cobras embora sem lhe fazerem nenhum mal. Tem outras historias que ela me contava sobre um loro que chamava meu pai na roça quando ele tinha que vir comer gritando: (Isaias era o nome do meu pai) Zaía, vem almoçá! Este pobre loro acabou caindo numa panela de sabão fervente e morreu. Tinham também as histórias dos macacos que tinham os olheiros e que vigiavam para que meu pai não pegasse o bando de surpresa no milharal. Certo dia, meu pai os pegou de surpresa e o "olheiro" apanhou pacas dos outros macacos... Ela achou isto muito engraçado. Bom, esta é a historia de hoje. Espero que tenha gostado. Se gostou, comente pra eu ficar sabendo que você esteve aqui e compartilhe no seu face por favor.Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-20416360683057742362016-01-30T23:23:00.003-02:002016-01-30T23:23:49.882-02:00Café com Farinha de milho em flocos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-xufrdVwq2h9eJnTy6M2X2kvGPbeo7Bx9t8JglJd1INUICgDP1PL_J2xemv6on6WIxgaHldBxVNre8pqCpB1X3ZVvBWTqjxpSoo5-7Kw3NLpaFKVNryISPTrNONB_MqqqBZKpnw/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-xufrdVwq2h9eJnTy6M2X2kvGPbeo7Bx9t8JglJd1INUICgDP1PL_J2xemv6on6WIxgaHldBxVNre8pqCpB1X3ZVvBWTqjxpSoo5-7Kw3NLpaFKVNryISPTrNONB_MqqqBZKpnw/s1600/images.jpg" /></a></div>
Eram umas 3 da tarde.Havia chovido no bairro. Cheiro de terra molhada. Terra vermelha que quando tava seca era pura poeira. A casa só tinha um quarto e um banheiro. Era de madeira. O menino sentado ali na porta via passar na rua carroças carregando ferro velho. Estava difícil a passagem das pessoas. A rua estava que era pura lama. Quintais abertos das casas vizinhas mostravam o quanto o bairro ainda era novo. O menino tinha os pés descalços e lama por fora deles. Pés frios de andar na lama. Sentia lama por dentro e lama por fora. Não via onde tudo aquilo poderia dar. Tudo aquilo era o que ele tinha. Mãe e pai pobres. Irmãos para dividir a comida. Sentado ali ele criava uma planta dentro da lama que havia dentro de si. Criava uma planta verde como um pé de milho. Esta planta lhe dava uma espiga cheia de idéias e estas idéias poderiam dar mais idéias quando plantadas. Para brincar, idéias. Um pedaço de caibro virava um caminhãozinho. Um pausinho menor virava um carro e vrrruuuum....dai um pregador virava um hominho que enfincado na lama esperava o carro para poder sair dali daquele bairro cheio de lama. <br />
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O carrinho de pau vinha e parava em frente ao hominho. Era um taxi. O hominho dera sinal. Mas não podia ficar ali parado por muito tempo porque o caminhão queria passar. Bibi, buzinou o caminhão. Quero passar poxa. -Passa por cima, disse o taxista que abria a porta do carrinho para o hominho. O menino via um futuro no qual os carros e caminhões viravam aviões. Dai o motorista do caminhão ficou bravo, ligou uma turbina e voou por cima do carrinho. O motorista do taxi nem ligou. Tava acostumado a ver caminhões voarem e pousarem logo a frente. O hominho pregador sentou em cima do carrinho e este se moveu. A mente do menino prosseguiu com a brincadeira e ele fazia barulhos de turbinas de avião, motores de carro. Encontrou quatro gravetos no meio da lama e fincou no chão. era a casinha do hominho. O taxi chegou na porta e o hominho pagou a corrida. -Obrigado seu motorista. -De nada disse o Taxista. Parou um pouco de brincar quando sentiu cheiro de café fresco. Era o café fraco e doce de sua mãe. -Qué tomá café filho? Sim mãe, ele responde e pergunta - Tem farinha de milho grosso? -Tem filho, ja sei qué pô no café né?<br />
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O menino entra na casa de chão batido. Apenas uns poucos móveis improvisados feitos pelo próprio pai. Quatro caibros e um compensado viraram uma mesa. O fogão a lenha, o copo de plástico. O menino despeja o café no copo, o cheiro, ah o cheiro do café da mãe é maravilhoso. Depois pega a farinha de milho em flocos e coloca dentro do copo de café. Hum, que delicia.Come com a colher. Ele adora farinha de milho com café. Tem coisa melhor no mundo? Ele senta na cama. A cama é um girau. Novamente quatro paus e um compensado viraram uma cama nas mãos fortes do pai. O pai não está, chega mais tarde. Ainda bem. O pai é briguento e sempre põe defeito no que o menino faz. Quando o pai não está vendo o menino faz caretas nas costas dele. Velho chato, pensa. E volta para a soleira da porta. a chuva cai de novo. O cafe esquentou por dentro. a barriga não ronca mais e pode então retomar a brincadeira. Quer mesmo é ir pra chuva brincar na enxurrada. Quando chove é legal porque ficam grandes poças de água na rua e dá pra pensar que é uma piscina. A mãe não deixa o menino brincar nas poças d'água. -Tem bichinhos nesta água, menino. pega doença. Que bichinos o que? Cadê os bichinhos que o menino não vê. Quando a mãe se distrai, ele pega a brincar nas poças d'água. A noite vem. Os sapos cantam sua mais alegre melodia. O menino não entende como os sapos podem cantar no meio da água fria do brejo verde que tem perto de casa.Quem canta tem alegria, como os sapos podem estar alegres se tão com frio. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOsKFCpJOONA3yMYZ_IQZRh_3J1T03mT8rLTMBtksBnkyBY-W-B3RM1b_Y0mQylPX6VNy53A_iO519Ar9sQ4uyC1633xeQLXzlXxPhzQKm_DhEF73iDRLP-4cDd_8wH1yJe7yHog/s1600/images+%25283%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOsKFCpJOONA3yMYZ_IQZRh_3J1T03mT8rLTMBtksBnkyBY-W-B3RM1b_Y0mQylPX6VNy53A_iO519Ar9sQ4uyC1633xeQLXzlXxPhzQKm_DhEF73iDRLP-4cDd_8wH1yJe7yHog/s1600/images+%25283%2529.jpg" /></a></div>
Mas eles cantam. Foi, foi, foi , foi e por ai vão no seu foi foi sem fim. Hora de tomar banho. Os pés, as pernas estão sujos de lama vermelha. As mãos então nem se fale. A mãe esquenta a água no fogão a lenha improvisado que tem do lado de fora da casa. A água vem do poço. O menino ainda não tem força pra carregar o próprio balde, quem carrega a água é o irmão mais velho. Ele puxa a água com um sarilho que tem lá no poço. O balde é daqueles de alumínio que tem uma alça. amarrado numa corda o balde desce no poço e sobe cheio, dai o irmão tira a água e põe num latão que é um reservatório. Quando a pai chega em casa do trabalho, o latão tem que estar cheio, senão o irmão apanha. A mãe não pode pegar água porque não tem forças no braço pra isto. Dai o irmão traz água pra mãe que coloca numa lata grande no fogo e esquenta para o banho. Dai tem uma bacia grande de alumínio. A mãe põe a água quentinha dentro, mistura com água fria e da banho no menino ali, no meio da casa. O menino gosta de estar limpinho da lama vermelha que tinha no corpo. A mãe enxuga o menino e o deixa sequinho, quentinho e com as roupas que vai dormir e usar no outro dia. Todos dormem no mesmo quarto. O pai e a mãe dormem na cama com a menina bebê. Os três irmãos dormem num colchãozinho no chão. O menino nem vê onde tá dormindo, a noite ele simplesmente apaga e sonha. Sonha com a casa da avó.Lá tem frutas deliciosas como mamão, manga e pêssego. E o cheiro. cheiro de casa da avó é muito bom. Lá tem doce, tem balas que o avô sempre trás para os netos. Ele sonha que está lá naquele bairro que a avó mora, la tem ruas asfaltadas, jogo de bola com o Carlinhos no corredor de entrada das casas e a avó conta histórias que leu de livros. Os avós ensinam o menino sobre as bandeiras de todo o mundo e ensinam a ele as primeiras letras. -Está quase lendo este menino, vai ser esperto na escola. Depois da noite de sonhos lindos com a casa da avó o menino começa a ouvir de novo os sons do dia. Não está na casa da avó, está em sua casa. Parecia tão real, mas não, era sonho. O pai levanta as 5 da manhã para ir trabalhar longe. a mãe lhe dá um beijo e deseja bom trabalho. Dai o galo do vizinho canta. Dai a mãe levanta e começa a lavar a louça e lá vem o cheiro do café delicioso que o pai nem teve tempo de tomar antes de ir pro trabalho. Dai ele levanta e olha na rua de terra, agora mais seca do que ontem, moleque que rodam pneus velhos de carro com as mãos e correm para lá e para cá. Novo dia. Café gostoso com farinha de milho. Chuva, barro vermelho. Lama nos pés. Pes com lama por fora. Menino com lama por dentro. Tocos, carros voadores. Espiga de idéias. Tudo de novo que parece que nunca vai ter fim, tempo que não passa, coisa que parece que nunca vai mudar. Mas nada é urgente senão matar a fome e nada tem pressa, nem a chuva de ir embora, nem a lama de secar por dentro e por fora.Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11586361.post-37284547080350682112016-01-28T00:42:00.001-02:002016-01-28T00:42:57.023-02:00Alguns ensaios meus sobre o tempo:<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEBgvB7r9GU5UrN4_hyphenhyphen4z1VYQR92rMep8GWi6AYhJhDCfSCSf11z7CUnz0RHTgqRzbAH6TMRyfCmWaCkmKd67O6IPEFdAt-jwSDbapxUAGs0zeKtfxGj9x1tS3MN4x8oif73Uk2w/s1600/th8CZNSUGO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEBgvB7r9GU5UrN4_hyphenhyphen4z1VYQR92rMep8GWi6AYhJhDCfSCSf11z7CUnz0RHTgqRzbAH6TMRyfCmWaCkmKd67O6IPEFdAt-jwSDbapxUAGs0zeKtfxGj9x1tS3MN4x8oif73Uk2w/s320/th8CZNSUGO.jpg" /></a></div>
Daqui de dentro
Vejo o tempo que passa
correndo feito as notas de uma música sem fim
que não vai nunca mais se repetir
Vejo da Escócia o lindo lago Ness
Da Espanha, meninas de top-less
brincando numa praia de Barcelona
Mas não há como,
mesmo que eu tente
parar a música do tempo
antes que eu vá
e que a dor aumente
quero ser feliz neste momento
Ouvi de um homem
que viveu intensamente
não dormia, cochilava,
dizia que tinha a vida inteira e era pouco tempo
para desvendar os mistérios que o cercavam
Quanto tempo meu amor,
vou precisar para descobrir e decodificar
os segredos do teu coração?
e este tempo que não para,
preciso de mais 100 anos
para achar que tenho tempo.
26.09.1999
Tempo
Quando se tem se escorre,
Quando não se tem, se morre.
Quando se tem muito, envelhece.
Quando não se tem dá stresse.
Quando se tem sono, se perde
Num congestionamento continua correndo
Mesmo com seu veiculo, o relógio, parado, anda.
Deixa marcas na pele de sua passagem por nós
Leva reis, rainhas e mães,
leva gente comum como eu e você,
breve é o tempo que vivemos
quando não nos damos conta do tempo que temos
Quem tem a medida do tempo?
Quem nunca o perdeu na vida?
Quem procura de onde ele vem?
Quem achou resposta ou saída do labirinto do tempo?
Quem olha para tras e não quer voltar?
Para colher a flor que esqueceu a beira do caminho.
Quem ficaria indeciso se pudesse voltar?
para ver as coisas que não teve TEMPO.
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe3s302GEtXZ9KyjLS4gREuabfpBug_7imZNcshr_VeXXPyDVfaAnOSOE-qGYn4UChln9rbbOBzfn8JR-PVW7pManNn69dELW1VUxp-lWn8ifEcU3ZpsQr8VHoXorIXT6DfcMIzA/s1600/Img0197.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe3s302GEtXZ9KyjLS4gREuabfpBug_7imZNcshr_VeXXPyDVfaAnOSOE-qGYn4UChln9rbbOBzfn8JR-PVW7pManNn69dELW1VUxp-lWn8ifEcU3ZpsQr8VHoXorIXT6DfcMIzA/s320/Img0197.jpg" /></a></div>
26.09.1999
Espera e tempo
Olho os ponteiros,
nesta esquina tão movimentada,
ela não vem e os ponteiros avançam...
Passam homens e mulheres,
cachorros passeiam seus donos,
mas onde está o brilho do seu olhar?
Meu coração ainda bate, tum tum tum...
Entro num bar e tomo um café,
Faço um comentário para o tempo passar,
O homem ri e me dá o troco.
Tum tum tum, tenho limites, não há mais tempo.
Sinto não poder mais esperar...
Vou dar tudo por perdido.
Quando me viro pronto para sumir na multidão...
la vem, num vestido branco, timida e faceira,
ela que tanto me fez esperar.
Penso em reclamar pela demora,
penso até em sumir,
mas vejo-lhe a face alegre
TUM,TUM, TUM...
fecho os olhos, durmo para o mundo
e ela me leva num segundo para onde quiser.
AMóR te...
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi76aDUBH3QSltHqdgE8jFZMtuZSXlMRUVv_FXGVTpwRpj6-cEvdp8Z9DQ2akhp2whV37g3lMTLgz8_1gowvwCzmUBDn6F9dA7YoxgeJRpsaK7kcjN0OP9AT5qEaLiZaoBjbO_2pg/s1600/organizacao+de+biblioamarela7.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi76aDUBH3QSltHqdgE8jFZMtuZSXlMRUVv_FXGVTpwRpj6-cEvdp8Z9DQ2akhp2whV37g3lMTLgz8_1gowvwCzmUBDn6F9dA7YoxgeJRpsaK7kcjN0OP9AT5qEaLiZaoBjbO_2pg/s320/organizacao+de+biblioamarela7.bmp" /></a></div>Rudi Santoshttp://www.blogger.com/profile/00154450393363330372noreply@blogger.com0