domingo, março 17, 2024

série mochila de historias

Da série mochila de historias:
O homem da mochila
Saiu de casa com muita raiva. Sua casa havia sido assaltada por duas vezes. Levaram tudo. Roupas, sapatos, violão. 
Ele ficou com tanta revolta que fez a si mesmo uma promessa. Vou sair desse país nem que eu tenha que trabalhar duro lá no exterior...mas não aguento mais viver num lugar onde o pouco que você consegue ter lhe é roubado por gente ruim. Pegou uma mochila grande e foi para a Inglaterra. Você sabe onde fica a Inglaterra? Bom, isso ele também não sabia. Mas entrou num avião que subiu, subiu, subiu e depois de doze horas num caminho que tem lá no céu, ele desceu...espera,mas não desceu assim num zaztraz...desceu devagar e rodeando o aeroporto de Heathrow...é, esse é o nome do lugar onde ele desceu do avião. Você já andou de avião? Pois é ele também nunca tinha voado...foi sua primeira vez no caminho do céu..
Quando ele chegou lá em Londres...este lugar é bem conhecido nos livros que falam da Europa. Talvez você que está lendo ou escutando essa história já tenha ido lá no tal lugar que ele foi. 
Me desculpe, eu, o contador dessa história nem apresentei esse rapaz . 
Bom o nome dele é idur, idur tem 26 anos e começou a aprender inglês com 13 anos. Como ele não podia pagar escola de inglês,pegava livros e debulhava ...lia tudo. Aprendeu inglês sem precisar de professor. Agora lá estava ele...em Londres...mas,o que faria idur para sobreviver lá na cidade tão distante de Londres? Resolveu então aprender a cozinhar e ser um chefe de cozinha. 
Lava logo esses pratos...gritava o gerente do restaurante onde idur foi trabalhar...
Idur pensou que seria fácil ser cozinheiro...falar nisso: você sabe cozinhar alguma coisa? Sabe cozinhar um ovo ou uma batata? Não sabe? Bom, ele sabia. Cozinhar arroz e fritar ovos...o que já era um começo pra poder ser um cozinheiro.
Depois de lavar muitos pratos e limpar muito chão...idur finalmente conseguiu aprender algo com o cozinheiro chefe.
Idur estava muito magro. Andava muito de bicicleta em londres.procurando emprego...e comia arroz com ovo...que eram as únicas coisas que ele sabia fazer para comer. O cozinheiro chefe dava alguns bifes de carne bovina para idur levar pra casa e comer...
--Coma esses bifes...você está muito magro idur . 
E foi assim que idur foi aprendendo a cozinhar com o chefe Jack, e logo conquistou o posto de chefe de cozinha num restaurante chamado everyman café....
Na mochila que idur tinha trazido tinha tudo ...tudo o que ele precisava para sobreviver numa viagem longa. Você já viajou? Quais os itens que você acha que tinha na mochila de idur.o que você levaria numa viagem a Londres? Idur levou sapatos roupas de frio. Toca, calças , camisetas,um lençol para forrar o colchão de dormir um cobertor...um garfo uma faca de cozinha e uma colher. Uma caneca de plástico . E uma garrafa de água....
Claro que só estou lembrando o básico que idur levou na viagem.voce pode ajudar a lembrar de mais coisas que são básicas de se levar numa viagem como essa que idur, o homem da mochila fez. 
Idur, depois de um tempo aprendeu tão bem a cozinhar que se tornou headcheff.
Era chefe geral da cozinha...agora ele cozinhava para todas as pessoas que frequentavam o restaurante e todos gostavam muito de sua comida. 
Depois de dois anos na Inglaterra idur voltou ao Brasil hoje ele cozinha para os amigos vários tipos de comida  que aprendeu a cozinhar lá em Londres..
Aqui termina essa historia do homem da mochila. 

quinta-feira, fevereiro 29, 2024

da série mochila de historias: a menina da

Enna era uma menina feliz. 
Vivia com seus pais num castelo encantado...era assim que Enna chamava sua casa. Enna adorava brincar com seu pai num parque que havia perto da casa deles. Enna e o pai iam nesse parque chamado cemucam e lá eles inventavam mil brincadeiras para passar o tempo. O parque era lindo e parecia mais lindo ainda quando Enna e seu pai estavam lá brincando de inventar brincadeiras. Você já inventou alguma brincadeira?se já inventou você é um gênio. Porque inventar brincadeiras não é pra qualquer pessoa não...a brincadeira que Enna mais gostava era brincar de " a sacola é minha" ...era assim, o pai de Enna pegava uma varinha qualquer e Enna também fazia o mesmo. Daí eles achavam uma sacolinha plástica dessas de mercado...e jogavam a sacola no ar...a brincadeira era enganchar a sacolinha no ponta da varanda e não deixar o outro roubar sua sacolinha enganchada na sua vara..
Você gosta de qual brincadeira?
Mas, voltando ao assunto...
Tinha outra brincadeira que Enna e o pai gostavam de brincar...era a brincadeira de  "tacar pinha"  consistia em um jogar a pinha para o outro rebater como se eu fosse um jogo de taco.só que fazia pontos quem fizesse o outro acertar a pinha. Vamos supor que eu e você estamos brincando...eu com o taco e é sua vez de jogar  a pinha. Você sabe o que é uma pinha?a pinha é uma forma vegetal que vem do Pinheiro. Bom, você tem que jogar a pinha para eu rebater...se você jogar e eu acertar você ganha um ponto. Se eu errar ninguém ganha nada.mas não vale roubar no jogo heim...você joga e eu vou fazer o que puder pra rebater...
Quando Enna e seu pai voltam do parque aos domingos...a mãe de Enna sempre tinha feito uma bela macarronada.
A mãe de Enna sempre reclamava quando Enna voltava do parque com a roupa suja. 
Então o pai explicava que era assim mesmo: criança se suja. Escorrega, sobe morro, senta na terra, bronca e se suja....
Você gosta de ir ao parque brincar? O pai de Enna hoje tem 60 anos. E ainda gosta de brincar no parque.
Fato é que a vida de Enna mudou um pouquinho quando ela fez dez anos. 
O pai e a mãe de Enna não estavam mais como antes. O pai praticamente dormia no escritório que ficava do lado de fora da casa. Enna sentiu que alguma coisa não ia bem no castelo. Haviam algumas discussões entre os pais nas quais eles se falavam coisas que Enna achava tão chatas que ia para o quarto chorar de tristeza. O que você faria se seus pais discutissem ofendendo se um ao outro?
Enna só sabia chorar e se esconder no quarto. Mas, se isso acontecer com você, não há muito o que fazer não é? Seus pais são adultos, apenas reze para que eles se entendam. 
Um dia a mãe de Enna, resolveu que ia viajar para a praia sem o esposo. Passaria na praia uma semana. Deixariam o castelo até uma semana depois. E o pai de Enna ficaria em casa. 
Mas Enna ouviu seu pai dizer que quando voltassem para casa, uma semana depois, o castelo ainda estaria lá, mas ele não. 
Enna não sabia o que pensar, como seria sua vida sem seu pai que ela amava tanto?
Quando Enna e sua mãe  voltaram da praia. O castelo estava vazio. Deserto. O escritório de seu pai também estava. Só restavam as lembranças do pai de Enna , lírios amarelos , plantados na beira do muro, um pé de acerola carregado de frutinhas, lembranças das voltinhas de motoca que ela e o pai davam na rua ao fim do dia quando ele chegava do trabalho. Enna preferia as boas lembranças, de como o pai lia estorinhas legais para ela quando era menor. Dos passeios que deram em muitos lugares do Brasil quando seu pai conseguiu comprar o Tom, seu gol vermelho. O tom era o apelido do carro, o nome completo era TOM MATE.... quando o tom era novo, o pai de Enna viajou com a família para Bonito , no mato grosso onde águas límpidas brotam por todos os lados, você conhece a cidade de Bonito? Pois vá lá um dia e vai ver que foram boas lembranças as de Enna sobre o lugar. Fato é que, 
Enna sentiu se abandonada. Talvez orfã de pai vivo. Não entendia porque seus pais que pareciam se amar tanto e que,  havia 20 anos  que moravam juntos, porque tinham se separado? Ela não entendia. É que as vezes os adultos tem dessas coisas. Se desentendem e preferem viver longe um do outro para que os filhos não vivam num ambiente de brigas e não presenciei seu desentendimento. 
Depois que o pai de Enna se foi , a mãe lhe deu uma mochila, uma bela mochila. Aos fins de semana seu pai vinha com o Tom busca lá. Ele morava numa casa próxima ao castelo. Nessa mochila iam as roupas de Enna para passar o fim de semana com o pai  você sabe o que Enna levava para passar o fim de semana? 
Escova de dentes. Um chinelinho de dedos, uma troca de roupas, toalha de banho ....o que mais? A mochila ia cheia de coisinhas para que Enna passasse um fim de semana confortável. 
Certa vez, Enna tomou coragem, respirou fundo, e disse: Pai, vou te fazer uma pergunta....não é muito fácil nem de fazer e acho, nem de responder então lá vai:
Porque você se separou da mamãe?
O pai ouviu a pergunta e estremeceu por dentro, porque ele sabia que um dia essa pergunta viria. Não esperava que tão cedo, mas respondeu com firmeza:
-Filha, eu e sua mãe, vivemos juntos por 20 anos, nesses 20 anos tivemos a oportunidade de aprendermos o que viemos todos aqui para aprender, amar nós uns aos outros  como amamos nós a nós mesmos....acho que, eu não me amei e nem a ela o suficiente. Posso falar apenas por mim. Quando o amor não é aprendido a tempo pelas pessoas que convivem juntas....a cola que as liga perde o efeito. 
Então pai, disse Enna , o amor é uma cola,que nem aquela que a gente usa para colar papel?
Sim e não minha filha, sim no sentido figurado. Porque o que liga um homem a uma mulher a cola do amor....e não é algo que dá para ver ou colar outras coisas...só acontece entre as pessoas. 
Mas as vezes as pessoas se esquecem da importância dessa cola e daí acabam se separando como aconteceu comigo e sua mãe....
Pai,vou fazer outra pergunta...é por minha culpa que vocês se separaram?
Não Enna, todas as crianças pensam isto mas não é verdade. Você não tem culpa nenhuma nessa separação. Na verdade não há culpados nem culpa nenhuma, apenas eu e sua mãe resolvemos seguir caminhos diferentes. Mas eu sempre estarei por perto pra conversar com você. 
Então, a cada semana Enna pegava sua mochila e ia para a casa de seu pai. E assim o tempo foi passando e Enna foi crescendo e estudando. Enna queria se formar em jornalismo numa universidade. E conseguiu. Hoje Enna , a menina da mochila já é uma jornalista e trabalha na sua área. E está história continua na próxima .

domingo, maio 07, 2023

A historia de nossos filhos

estamos gerando uma divida impagável com nossas próximas gerações. por vários motivos que são de nossa responsabilidade: -comodismo, afinal, dar uma tela a um filho para q fique quieto e nao se frustre com o tedio é comodo para a maioria dos pais. -conveniencia egoista, afimal para sermos pais legais temos q ser permissivos e deixar as criancas chafurdadas na lama dos videogames e videos sem conteúdo definido dos vários canais da tecnologia - falta de
Qualidade e inconsequência nossa. afinal, ao invés de levarmos mossos filhos a um parque para jogar futebol ou volei, é mais comodo deixa los no computador dia e noite. quais os beneficios disso? inteligência ou falta dela? veja que num jogo todas as decisões e consequências das mesmas ja foram programadas por alguém. agora uma pergunta. se seu filho gamer de 10 anos se perder numa praia ou num shoping ele tem partida suficiente para conseguir voltar para casa por qualquer meio? seja sincero. seu filho sabe ao menos o endereço da casa onde mora de cor? se não sabe. como você supõe que um dia ele esteja preparado pra voltar pra casa se por um infortúnio ele se perder? porque voltar pra casa exige tomada de decisões, decisões que o jogo não ensina a tomar, decisões de tomar uma condução,pedir a um motorista q o ajude,pedir informações que o levem a chegar de volta em casa. e como estas. a vida real vai exigir muitas decisões de seu filho. como arrumar um emprego mais tarde na idade correta pra isso, como mudar de um emprego ruim que paga mal e escraviza as pessoas. Eu conheço um gamer adulto. esta num emprego q paga mal, fica longe de casa.desvaloriza seu trabalho, ha anos diz que quer mudar de emprego mas permanece ali como um sapo na água morna que esquenta aos poucos e vai cozinhando. para tomar decisões simples leva dias... alguém pode dizer que este gamer que conheço trabalha com t.i. porque sempre foi gamer. dai eu pergunto: levar seu filho a uma hamburgeria todos os dias o tornaria um chefe de cozinha? ou. levar seu filho a um restaurante todos os dias o tornaria um dono de restaurante? os resultados de uma tela onde ha milhares de pontos de luz coloridos no cerebro de uma criança são gratificacao imediata a cada clique. voce tira a tela do seu filho ele logo protesta. chora e se entedia com a vida. que tipo de adultos teremos no futuro? esta deve ser nossa principal preocupação. ( tentei corrigir eventuais erros de portugues. mas desculpem se ainda sobrou algum que eu não vi)

quinta-feira, outubro 27, 2022

promessas que nao duram segundos e nao valem centavos

O casamento é uma promessas q so se perpetua na maioria das vezes porque um papel segura as pessoas amarradas e diz q se elas se separarem vao ter perdas financeiras serias e graves.
E que bagunca fazemos em nossas vidas tentando reparar o irreparavel ou repor o que nao aceita reposicao. Tenho a impressao de que, depois do primeiro casamento a gente fica colando pedacos de um cristal quebrado.  So que os remendos pegam mal.ha coisas na vida q so sentimos uma vez, como por exemplo o nascimento do primeiro filho. Do segundo filho em diante sao caminhos sentimentais que nos parecem conhecidos pelos quais passamos. 

manual do homem separado

Aqui vão algumas considerações como dicas de como ser desastrado com as palavras e ser frito e queimado na frigideira quente de um relacionamento amoroso. Ainda não existe casa auto-limpante, então meu amigo, não, sua casa não vai ficar limpa a menos que voce pague alguem para limpar ou o faça voce mesmo. e Não, suas gavetas não estão com defeito. se não aparecem mais roupas limpas por lá como antes acontecei na casa da ex. eu chamo esta magica, de roupas indo solenemente para amaquina com suas proprias pernas e depois voando da maquina para o varal e ainda, do varal para as gavetas , depois de se auto dobrarem é claro, eu chamo de trabalho invisível, que é aquele que você só vê quando não é feito. vou dar um exemplo, porque sei que para o seu cérebro masculino de ervilha, custa a entender certas coisas. Bom, se o lixeiro deixar de passar uma semana, você vai notar que essas pessoas que recolhem seu lixo existem. Lembra na hora do rango, quando voce voltava das rincadeiras da rua cheio de fome? e sua mae não tinha ainda feito o almoço? bom, dai você se dirigia a ela e notava finalmente que alguém fazia algo muito importante pra voce. Tá, você tava esperando dicas de relacionamento? bom, eu nunca fui bom nisso, mas posso dizer como você certamente vai se ferrar como eu me ferrei apesar de ter tentado ser um bom macho para as mulheres com quem convivi. Meu erro primario foi o que provavelmente vocÊ também cometeu par estar sozinho . Eu não recoheci o trabalho invisivel e mais, eu não ajudei a fazer o trabalho invisivel porque achava que dava pra viver sem fazer tarefas desagradaveis e ainda ter uma companheira. A questão nunca é o que você diz, mas também não é somente o que voce faz.tem que haver uma concordancia e um equilibrio entre um e outro. Não é que você tenha que fazer tudo, porque eu ja fiz e deu errado. ou seja. eu na minha segunda entativa, lavava até as calcinhas dela, cozinhava, limpava e tudo mais. Existe uma lei , voce sabe o que é lei? Não, não é só essa coisa misantrica que te obriga a ser escravo de uma pensão alimenticia por 20 ou mais anos. Vamos ver, uma lei, a lei da gravidade por exemplo. voce acredita nela? concorda com ela?Bom, devo dizer que eu não to nem ai pra o que vocÊ concorda ou acredita sobre a lei da gravidade. To nem ai mesmo. O que eu garanto é que se você pular do quinto andar ou dotopo de um prédio você vai cair e se estatelar la embaixo. Existe uma lei nos sistemas familiares e de relacionamento que diz o seguinte: -Dev haver um equilibrio entre o dar e o receber. isto quer dizer, rocando em miudos, se voce da demais ou recebe demais, o relacionamento tende a acabar. porque o que recebe demais, exemplo, marido cuja esposa financie a faculdade e roupas etc ou o contrario...o que recebe demais tende a no fundo achar que nunca vai poder pagar aquela divida imensa e precisa fugir desse relacionamento. Se por outro lado um da um pouco e o outro da outro pouco, vira uma troca perpetua entre dar e receber que perpeua qualquer relacionamento.

sábado, outubro 01, 2022

escrever é viver

Ha tempos sem escrever. tanto pra contar. recapitulação da vida em pequenas gotas do orvalho da madrugada.  Desde a tempestade que passou por aqui até hoje, recolhendo os escombros do que sobrou de mim.hoje mais velho, mais calejado pela luta, cansado de viver no quase. 
Voce sabe o q é viver no quase? Quase bem sucedido, quase trabalhando, quase em dia com os compromissos financeiros, é como andar na corda bamba de muletas... Mas eu aprendi que ostras felizes não geram pérolas.melhor ser uma ostra infeliz do que ser uma hiena fingida do facebook. Aprendi a usar a dor para mostrar o que posso dar de contribuição ao mundo. Não estou reclamando das dores, e nem das pedras do caminho. Estou apenas te mostrando como foi meu caminho. Cheio de tropeços e pedras, mas ao mesmo tempo haviam flores por todos os lados algumas que duraram mais e outras que duraram menos. as que duraram menos tiveram uma beleza tão gratificante, sabe? Como daquele pássaro que você vê pousado num galho e você não está com uma câmera para registrar aquela beleza. É um cenário e um momento só seu, e você, por mais que tente descrever para alguém, nunca vai conseguir colocar em palavras a beleza daquele cenário que guardará na memória para sempre. Lembro me de um barraco de madeira, ao lado de um pequeno rio na vila dalva. De uma mãe maravilhosa e cheia de amor que pegava sua filhinha, um bebê de meses,e amarrava esse bebê nas minhas costas. Eu era o heroi desta mãe e deste bebê. Um heroi sem capa, sem grandes poderes, mas eu tinha o poder de levar minha pequena irmã, amarrada nas minhas costas, até a igreja catolica, onde médicos a examinariam e depois mandariam leite e medicamentos atraves de mim, para eu levar prar minha mãe e ela poder cuidar então da bebê. Eu sei que já te contei essa historia no meu outro livro " visão além da neblina", lamento, estou ficando velho, repito coisas, sinto dores. Mas nesta época eu: como diz a musica "sapato velho" do Roupa Nova, "você lembra, lembra? Naquele tempo eu tinha estrelas nos olhos e um jeito de heroi, era mais forte e veloz, que qualquer mocinho de cowboy". E assim eu era. exatamente assim. Pulando, tilintando no barranco daquele rio eu ia entre as arvores floridas, parava para ver um beijaflor aqui, uma borboleta bonita ali, mas nunca esquecendo da minha grande missão, a de atravessar a pinguela, sem cair, com minha irmanzinha amarrada nas costas. Eu quase podia voar. Eu vim para esse mundo com a missão de atravessar pelo rio da vida minha mãe e minha irmã. Certa vez tive um sonho, acho que não te contei. Não esse sonho. É que este não foi um sonho de padaria,nem um sonho de coisas que a gente almeja na vida; foi daqueles que a gente sonha quando esta dormindo mesmo. Sonhei que estava na beira de um grande rio, isto foi nos idos da minha adolescencia. Meu pai era um lider de uma grande tribo ue estava ali na beira dauele rio esperando alguma coisa que não sei dizer qual era. O que me lembro é que o velho, que na é poca, para mim era apenas um lider de tribo nomade, não havia claro ainda na minha mente de que aquele homem que me deu aquela missão era meu pai.Hoje eu sei que era ele. Na época que sonhei isto ele ainda era vivo. O que lembro do sonho é que aquele velho mulato chegou para mim e disse: -Hoje tenho uma missão para você. Há uma mulher e uma menina aqui que precisam que você as leve a um médico que fica do outro lado deste rio . Só digo pra voces que o rio era algo assim como o rio paraná, não dava para ver o outro lado de tão imenso que era. Então perguntei ao velho: -Como vou saber que estou indo na direção correta se não vejo a outra margem desse rio? Ele disse, apenas vá e siga a sua intuição. Faça o que ela disser. Eu fui até a beira do rio e la ja estava um barco a remo, com uma senhorinha doente e uma menina de uns 12 anos. Subi no barco e comecei a remar. fui remando até chegar o momento em que me perguntei se estava indo na direção corrreta. bom, a margem do rio na qual eu queria chegar eu não via, mas via a margem de onde eu sai. Logo, tomei uma decisão para saber que estava indo na direção correta. erá uma decisão meio besta, mas, melhor que nada. Decidi pegar uma linha de pescar que estava no barco e amarrar uma pedra, que, convenientemente encontrei dentro do barco também. decidi jogar a linha para a frente do barco e remar na direção dela até que ela ficasse perpendicular ao barco. E assim, fui repetindo essa operação até chegar a margem do outro lado. tem mais, depois eu conto sobre o que aconteceu do outro lado do rio............................................................................................................................ "Sonho que se sonha só...é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade" (Raul Seixas) Agora quero falar sobre sonhos que se sonham junto e sonhos que se sonham só. As letras das musicas que ja ouvi na vida me inspiram muito a viver com mais sabor e sabedoria. Minha filha dizia que para tudo o que ela falava eu tinha um trecho de musica para cantar. isso a irritava. Sonhar nossos sonhos é algo necessário para nossa vida. Enquanto somos solteiros, nosso sonho é ter alguém para compartilhar os sonhos.O que nunca imaginamos é que para cada pessoa o sonho é diferente e um sonho que completa uma pessoa não faz parte da vontade do outro. Meu sonho, nos ultimos tempos tem sido tão simplórios. nada de muito sofisticado. e vai ai o trecho de outra musica : " eu queria ter na ida simplesmente, um lugar de mato verde pra plantar e pra colher, ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela prar ver o sol nascer". Não sonhava mais em viajar para outros paises, nem em ter um avião ou algo assim, eu sonhava aos 45 apenas em ter uma familia morando num lugar amplo e bonito. Sonhava em não precisar me preocupar com desemprego ou em não ter dinheiro para pagar as contas. Prossegui para esse sonho. No meu sonho cabia uma mulher que não brigasse por coisas tolas, um filho que me perguntasse de onde eu vim e gostasse de ouvir minhas historias de vida e de aprender coisas comigo. Encontrei a mulher que achei que poderia fazer parte desse sonho e ainda se sentir bem com isso. uando ela percebeu que o sonho dela era outro, simplesmente pegou nosso filho e foi embora para floripa. Mas eu continuei sonhando. Consegui fazer a casa, embora ainda não consegui terminar, Mas me confesso desanimado.Porque quando vejo aquele pássaro lindo e não consigo mostrar pra alguém, pra mim parece que eu nem vi. conntinua. agora a vida real me chama. 

quarta-feira, agosto 08, 2018

CNR classificação numérica de Rudibooks

Como deixar sua biblioteca em ordem sem utilizar números confusos ou complicados. Com a CNR, método de classificar que eu idealizei a partir de minha experiência trabalhando com organização de bibliotecas residenciais, fica facil até da faxineira colocar seus livros em ordem. Neste e-book vou te contar como você mesmo pode organizar seus livros. Aguarde, ta saindo quentinho do forno de graça pra você!  Deixe aqui seu "Sim" nos comentarios e eu te envio o e-book em breve. 

terça-feira, agosto 07, 2018

Livros por whatsapp, a biblioteca mágica de Rudibooks

Eu adoro ler. Para mim não ha desculpa possível para quem quer realmente ler. Já li de todos os jeitos que achei possíveis. Li andando, no trânsito,dentro do carro nos faróis fechados, em filas de banco e correio, andando de skate...ops...não aconselho esta ultima modalidade. Mas a melhor forma de ler e dirigir ou andar de bike ou mesmo caminhar ao mesmo tempo é ouvindo livros. Ouvir livros encurta o caminho físico até o trabalho e o caminho mental até o conhecimento. Pensei então nas pessoas que até ouviriam livros em seus percursos mas sempre tem a barreira do site certo, da hora certa e com o pagamento adiantado. Pensei: E se as pessoas pudessem ouvir livros gratuitamente ao menos por 10 minutos em seu trajeto. Pessoas voluntárias leriam e escutariam livros lidos por outras pessoas 10 minutos por dia. Todos nos temos 10 minutos,um celular e um livro. Local? Dentro do carro é um bom estúdio, no banheiro também dá. Dai trocaríamos leituras de vários livros e ganharíamos muito conhecimento. Mais do que isto, se pessoas só quiserem ouvir, tudo bem...poderão ouvir 10 minutos do livro preferido todos os dias. 
Durante meu projeto piloto encontrei algumas dificuldades na ferramenta wathsapp. O público é fechado, e eu gostaria de ler para o mundo. Um podcast resolveria o problema, mas talvez criasse um maior...o dos direitos autorais. Mesmo se fossem obras domínio publico ainda teria que pagar um provedor para hospedar os áudios e sempre teria um limite. Então, apesar de fazer um podcast já ter passado pelos meus planos de mudar o mundo, o podcast "A biblioteca mágica de Rudibooks" durou até acabar o espaço gratuito no spreaker.  
Tentei sempre dar uma cara de programa de radio as leituras, com músicas de fundo e de inicio ou sons no inicio e ao fim, sempre que era possível dei uma dourada no áudio pra ficar menos monótono. Tenho 2 ou três ouvintes fieis que sempre me incentivam a continuar com o projeto. Ate consegui umas bibliotecárias que se encantaram no inicio, mas foi fogo de palha. Pararam depois de alguns áudios ótimos que produziram, uma pena. Parece ser um projeto meu apenas(espero que não, é claro). Cheguei a ler 15 ou 16 livros de uma só vez, 10 minutos por dia. Cara livro era um grupo de whats com os ouvintes que queriam ouvir determinado livro. Depois de um tempo, percebi que era muito trabalho e poucos ou ninguém mais de certos grupos estavam ouvindo. Dai, terminei os livros que estavam mais adiantados e parei os outros que estavam no inicio. 
Eu queria mesmo é que outras pessoas pegassem gosto pelo projeto e trocássemos leituras. Iria ser fantástico ouvir pessoas comuns como eu, lendo por amor a leitura e aos ouvintes. Bom, convido a quem quiser participar deste projeto para debatermos idéias e aperfeiçoarmos e viabilizarmos. 

Mini biografia:
_Rudi Santos é bibliotecário e organizador bibliotecas particulares. Formado em 2012 pela Universidade de São Paulo sempre trilhou o caminho do empreendedorismo. Atua na fabricação e revenda de acessórios para biblioteca. Possui um sebo virtual. Faz conversão de mídias antigas para novas mídias. 

domingo, junho 24, 2018

Pragas não precisam ser cultivadas, flores sim.

Tudo o que você vê no mundo fisico foi pensado algum dia.Uma cadeira, um prédio, uma doença no seu corpo. Certa vez uma pessoa que trabalhava na mesma casa em que eu organizava uma biblioteca me disse: "Quero conviver bem com as outras empregadas mas, apesar de eu ir a igreja e ouvir do pastor todas as pregações  eu nao consigo amar minhas colegas como seres humanos...acho mesmo que uma delas é o demônio em pessoa".  Essa pessoa desenvolveu uma doença séria que envolve filtragem do sangue periodicamente.Pensei comigo...filtrar é a necessidade aqui...ela precisa filtrar o que percebe do mundo ao seu redor...nem tudo o que vem dos outros é por mau...e disse a ela: Você tocou num ponto importante...o amor. O amor pregado pelo Jesus que você tanto venera pode resolver isto. Mas precisa filtrar o que pensa dessa pessoa "endemoniada". Não adianta orar na igreja e passar a maior parte da sua vida(pois passamos a maior parte da vida trabalhando) pensando mal de alguém. Você ja deve ter ouvido um provérbio que diz que o copo só transborda daquilo que esta cheio. Se vc pensa que essa pessoa pode apenas lhe fazer o mal o dia todo, mesmo que ela não lhe faça, você vai acabar brigando com ela por qualquer motivo futil. Mas se você considerar que precisa ajudar essa pessoa a entender que você quer o bem dela, então o amor dara um jeito de harmonizar seu relacionamento com ela aos poucos.  Nesses tempos queremos as coisas de imediato e com o amor não é assim.(se voce não quer o bem dela então o problema esta com suas escolhas).  Mudar algo com o amor é como ocorreu na aposta do vento, da chuva e do sol para ver qual deles faria com que o viajante tirasse o casaco. O vento ventou e quanto mais forte ventava,  mais o viajente se agarrava ao casaco. A chuva choveu e o mesmo ocorreu. O sol porém foi esquentando devagarinho e secou a roupa molhada do viajante...depois aqueceu seu corpo ao ponto de ele suar dentro do casaco. Dai o resultado veio...o viajante tirou feliz o casaco porque este ja se tornara um problema e não mais uma soluçao. Quando voce ama-la o suficiente para não se importar com o mal que ela te faz. Quando você, mesmo sendo maltratada por ela, trata-la bem, ela vera que já não precisa mais te fazer o mal, porque não esta te atingindo como ela queria. Muitas pessoas tratam mal ás outras pelo medo que cultivam dentro de si. Dai o mal será como o casaco para o viajante suando dentro dele. Algo desnecessario.  Vai incomoda-la mais que a você.  Depois de um tempo trabalhando na casa entendi que a pessoa mais "demônio" ali , se é que tinha algum, era a que estava reclamando. Ela implicava com as outras empregadas e dizia que elas estavam sempre tramando contra ela.  Certo dia eu estava falando sobre o pai de uma das moças que trabalhava casa. Ela me contou que foi abandonada pelo pai ainda muito pequena. Dai a governanta evangelica entro onde estavamos e disse. Vocês podem parar de falar mal de mim?  Eu fiquei estarrecido. Não estavamos falando mal dela. Dia entendi que ela projetava o mal que pensava dos outros como se fosse um espelho do que havia dentro dela mesma.
Pense nisso: Pragas não precisam ser plantadas no jardim...flores sim. Tiririca ninguem planta...mas elas vem fortes e sem pragas. Flores e hortaliças no entanto tem que ser cultivadas e cuidadas senão borboletas e pulgões devoram . Não basta jogar a semente, ou seja, não basta voce dizer que quer amar a quem te odeia.Voce pode começar por pensar no bem dela e que ela esta agindo equivocadamente porque é o melhor que pode fazer nesse momento de sua evolução.   Cultivamos nosso jardim através do que pensamos de nós mesmos e dos outros.
As relaçoes de trabalho não são  fáceis. Temos que desenvolver muito amor para podermos lidar com as diferenças que não ocorrem por maldade das pessoas, mas sim para nos ensinar algo que precisamos aprender.
Rudi Santos

quarta-feira, maio 23, 2018

Auto retrato

Quero pintar um retrato. Mas não um retrato de uma pessoa, como meu amigo, dentista, padeiro e pintor pintou tão brilhantemente o de sua bisavó. Aliás, meu amigo dentista, por ter tantas habilidades e levar cada uma delas tão a sério, ja me faz ver que somos um diamante de várias facetas...algumas à mostra e outras ainda do lado oculto, não trabalhadas por nós mesmos e não lapidadas. Ha um iceberg oculto abaixo do nosso consciente que guarda em si nossas grandes habilidades, frustrações e desejos que não conhecemos por não trilharmos com mais freqüência o caminho que leva para dentro de nós. Esta falta de auto conhecimento que me colocou no retrato que quero pintar hoje. Nao é um retato bonito, é da parte mais feia que tenho em mim. As vezes eu tento colocar mais luz para dar um contraste, mas o pigmento branco tem pouco alcance para tanto pigmento escuro que ja foi colocado anteriormente. O retrato é de um homem dirigindo um carro. Ele senta atras do volante e pensa: Esta poltrona é como a de um reisinho mimado e estragado por seus próprios caprichos. Aqui todos tem que me servir. O velhinho tem que acelerar seu carro, afinal para que tanta potência no carro escolhido se nem na velocidade máxima permitida ele anda? A velhinha tem que esquecer sua idade e confusao mental e simplesmente sumir da minha frente com sua indecisão. A moça que acaba de tirar a carta tem que ficar na pista da direita porque anda devagar. Eu sempre tenho razão. O carro é minha roupa de "estou certo e o mundo inteiro esta errado". No meu auto retrato sou impaciente como o monstro do médico. Não dou passagem para o carro que me corta pela direita. Não deixo ninguém passar por mim na esquerda quando estou na velocidade máxima permitida, afinal eu sou o certinho. Só não sou certinho quando aproveito aquele farol amarelo para ir em frente e passar mais alguns minutos preso no próximo farol. Ou quando por pressa paro em cima da faixa de pedestres só pra ter a emoção de "será que o guarda me multa? Sera que alguem reclama? . Esse é o retrato de mim no trânsito. Esse infelizmente sou eu na tela agora da minha e da sua mente. Isso porque é importante a gente se ver de fora pra dentro, fazer um auto retrato. É importante a gente saber que tem a doença da intolerância para poder se curar. E você? Se fosse sincero consigo mesmo, como seria seu retrato quando dirige um carro? Não vai responder, não é? Não esquenta, ja fui assim antes de querer me ver para melhorar um pouco que seja esta minha condição doentia. Se perceba como é e cure nosso trânsito da violencia e intolerância! Faça em sua mente seu auto retrato eu ainda estou pintando o meu!

Rudi Santos

E ai? Vamos organizar sua biblioteca? Eu adoraria fazer um projeto dela com a sua cara! Ligue 11 951615881  atendemos em qualquer lugar do Brasil. 

domingo, fevereiro 25, 2018

O crente, o corredor e a puliça

  Costumo correr empurrando o carrinho de bebê do meu filho, com ele dentro, é  claro . O bebê adora quando do corro e balança os pezinhos num cântico sem fim de alegria. Faço isto uma vez por dia sempre que possível.
Eu diminuo minha barriga e ao mesmo tempo levo meu filho para passear. Ocorreu que ontem eu estava correndo com o garoto e passei por um crente que gritava seu plano de salvação para a humanidade: " porque deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito para que o que nele crê nao pereça, mas tenha a vida eterna"...e bla bla bla... Era um velho de voz estridente e gritava alto um monte de versículos da biblia. Eu, ao ver isto, corri ...porque ia correr mesmo, para que o chato do velho nao me alcançasse. A frente, em minha rua eis que avisto um carro de polícia atravessado. Numa análise rápida pensei, "estao ali para parar carros. Tudo bem q dirijo um carro para o qusl nao tenho licença por escrito e voy em alta velicidade (para um carro de bebes normal), mas nao acho q vao me parar por excesso sde velicidade.  E continuei correndo até que, ao chegar perto do carri de polícia fui barrado.
O guarda municipal ja foi falando: este é seu filho? Por que esta correndo? Ao q respondi ofegante e parando: Sim, é meu filho. Eu estou correndo com ele. Faço isto todos os dias e nunca me barraram por isto.    O policial disse entao: o sr tem documentos seu e da crianca?  Ao que respondi: moço, eu sai agora ha pouco de minha casa q fica nesta mesma rua, numero 579. Nao trouxe nengum documento comigo, porque sai para dar uma volta correndo. Muito menos trouxe o documento de meu filho.   Mas porqie esta correndo? Disse o guarda. Eu ja disse, respondi. Porque eu faco exercicios com meu filho.  Mas porque me parou?  Dai o guarda entregou o ouro. Olha, vem um homem correndo com um carrinho e um bebê dentro, um outro vem gritando atras...o que eu podia imaginar que fosse? Um sequestro de bebê.   Eu ri e disse : mas policial, aquele homem é um crente doido q sai gritando pela rua. Entao o crente gritão passa por nós e para de gritar. Ah, qual é? Nao posso nem fazer um cooper com meu filho?  O outro policial disse: pode ir. Mas tambem é a primeira vez que vemos alguem fazendo exercicios com um bebê.  Sai dali correndo e achando tudo muito engracado. Olha como os policias viram um fato e viajaram em pre conceitos. Na maioria das vezez fazemos isto com os fatos que nos ocorrem. Analizamos tudo com nossas lentes, que sao fruto de tudo aquilo que anteriormente experienciamos e titamos conclusões absurdas a partir disso.  O crente passou por mim logo a frente. Eu estava correndo, ligo passei a sua frente depois dos piliciais terem me luberado....depois, quando parei pata dar agua ao meu pequeno, la vem o crente. Dai ele perguntou: escuta, no fim desta rua tem um bairro? Ao que respondi.- Tem sim.  Ele agradeceu e se foi. Ou seja, a minha conclusao de que ele ia me abordar tambem estava errada. Segui correndo e encontrei o crente no bairro vizinho fazendo a mesma arenga em voz alta e estridente. 

quarta-feira, janeiro 31, 2018

Explicando o que é a morte para um irmão das estrelas

Eu andava por uma rua deserta numa das noites em que saio para caminhar. Foi numa estrada de terra escura que ele me apareceu. Vi uma luz descendo do céu, da qual eu não consegui correr. Fiquei maravilhado com aquilo. Pensei que ia ter medo quando visse uma nave espacial e um e.t. descendo dela, mas não, fiquei ali atônito, só esperando o que ele ia me dizer.
-Saudações terráqueo.
Poxa, que clichê, pensei, mas respondi:
-Saudações sr....qual seu nome?
-Idursotnas.....
--Hein? que nome estranho
-é seu nome ao contrário...só pra vc ter um nome do qual me chamar. De onde venho temos assinaturas de consciência, não temos nome. Cada um de nós tem uma presença tão única que ninguém precisa de um nome.
Que estrooonho ...pensei...e já tive um monte de pensamentos inquisidores como : mas como identificam os crimonosos? Como se chamam quando um está longe e o outro quer lhe falar...e por ai iam meus pensamentos quando ele disse:
-Olha, eu captei todas as suas conjecturas, mas não tem crimes de onde eu venho, ninguém mata ninguém, fora isto não existe longe e perto, estamos onde pensamos estar...então não precisamos gritar ninguém..apenas nos aproximamos e nos falamos. Sei que tem muitas outras questões, mas eu também tenho uma pra você. Queria saber o que é uma palavra que vocês dizem muito: Morte. O que é a morte afinal?
--Ah, isso eu sei. Morte é quando nosso corpo físico fica velho, desgastado e não funciona mais ou quando algo atrapalha o funcionamento do mesmo, como uma doença ou um acidente ou crime cometido contra a pessoa...
--Espera ai? Quer dizer que vocês perdem seu corpo físico?
--Sim, respondi. Por que, vocês não perdem?
--Claro que não. Na verdade nossa ciência consegue recuperar qualquer parte do corpo de algum de nós se por acaso sofrermos acidentes, Também consegue reaproveitar qualquer parte decepada ou separada de alguma forma do corpo. Somos capazes de recuperar um corpo inteiro a partir de uma célula que seja de um de nós que perdeu seu corpo físico numa explosão.
--Bom, alguns de nós acreditamos que nosso corpo físico fica na terra, mas o espirito volta depois em outro corpo.
--E vocês lembram de suas experiências no corpo que morreu?
--Raros humanos lembram e mais raros ainda lembram com detalhes de tudo o que viveram numa próxima vida para trás.
--Mas isto é outro absurdo. como que vocês não lembram de tudo o que viveram neste e em outros mundos ou até em outros planetas? Que desperdício. Quer dizer que se forem cientistas e morrerem vocês esquecem tudo para voltar zerados, sem lembrar de nada? Tudo o que aprenderam vai por agua abaixo?
--Claro, respondi. Por que? vocês lembram de tudo o que viveram?
-Claro! Eu por exemplo tenho 2000 anos, sou novo até... na verdade sou um jovem agrupamento de consciências celulares ...tenho amigos que tem mais de 100000 anos....Todo mundo lembra de tudo o que passou. Isto é importante para nossa evolução. Para não cometermos erros anteriores.
--Bom, disseram pra gente que se lembrássemos de tudo o que passamos e do que fizemos, enlouqueceríamos. Vocês não enlouquecem?
--Não, claro que não. Somos o que somos.
--E, uma curiosidade minha, vocês fazem mal a natureza, como nós humanos fazemos?
--Nós agimos sempre de acordo com nossas consciências....e aprendemos a não interferir ou interferir o mínimo o possível na natureza de planetas que habitamos ou visitamos.
--Tá, mas como vocês sabem se uma certa atitude hoje não fará mal ao planeta ou aos seus ou aos outros no futuro?
--Bem, para nós não existe passado, presente e futuro. Cada coisa que fazemos, nós conseguimos ver o que ocasionará com o tempo. Então só fazemos aquilo que virmos que não há  consequências ruins.
--Supimpa, falei, que parada loka
Ele; ---Parada loka? Isto é código?
--Não, é gíria velha mesmo...mas será que é bom este negócio de enxergar passado, presente e futuro?
--Olha, não admito que a raça humana ainda não consegue ver o que vemos. Vou deixar com você esta maquina aqui. Disse, me dando uma mala preta que tinha uma máquina dentro. Com esta máquina você conseguira ver nos três tempos e poderá ver o que fazer e o que não fazer.  Obrigado por me explicar o que é morte....ah, com esta máquina você também vai saber o que fazer para não morrer nunca.Agora tenho que ir. Desculpe-me por deixá-lo tão abruptamente. a maquina é auto explicativa, abra a mala e verá.
Subiu na navezinha dele e se foi o danado do E.T. . Fiquei ali, no meio da estradinha de terra parado, com aquela mala preta nas mãos e uma cara de ponto de interrogação. Comecei a caminhar pensando: Abro ou não abro essa mala? Me faz ver o futuro, posso ficar riquíssimo com os números da mega sena.... por outro lado posso ver quando e como vou morrer ou minha esposa vai morrer ou meus filhos. Disse ele que tem aqui o segredo de não morrer. Mas se eu não morrer vou ver os outros morrerem e isso vai ser desagradável. Já assisti Hilander e filmes de vampiros...uma droga não morrer.  Pensando bem, melhor não abrir esta mala não. Joguei a mala fora e ....finalmente meu sonho acabou. acordei rindo do sonho que tive com o E. T. esquisito que não morria e achava esquisito a gente morrer.


terça-feira, abril 11, 2017

Da biblioteca mágica de Rudibooks - Casa da árvore numero zero.

Era uma biblioteca muito engraçada, não paravam livros, batiam em retirada. Mas tinha livros a mão cheia, de todos os tipos e para todos os gostos. Ficava numa linda casa, na rua do livro que estou lendo, numero Zero no bairro dos melhores livros do mundo. A casa não era muito arrumadinha, mas haviam livros por toda parte. Passear com os olhos por essa biblioteca era como ir para um passeio ao acaso, sem hora de voltar e sem direção muito certa. Os livros saiam com mais frequência que chegavam, mas a biblioteca nunca deixava de estar cheia deles. Pessoas de vários lugares do pais recorriam à sabedoria guardada naquela biblioteca no país de Idur.

Dessa biblioteca escolhi alguns contos para vocês e aqui vai o primeiro;



Casa da árvore numero zero



Quem passa por aquela praça onde tem uma casa na árvore não sabe da história que aconteceu há 40 anos atrás. Hoje a casa é conservada por um grupo de senhores, donos de restaurantes que se espalharam por toda a cidade de Sar que fica no pais de Idur. Só um habitante do bairro, velho demais para morar na casa e já aposentado também do seu trabalho em restaurantes sabe contar a história como ninguém. É um velho que vive praticamente debaixo da casa da árvore a cuidar dela enquanto joga damas com os meninos que vem da escola direto para brincar na casa da árvore e, enquanto estão por ali, jogam damas e xadrez como o velho. Como há muitas crianças na cidade, que cresce a cada dia, sempre tem uma mais curiosa que pergunta ao velho: Quem construiu esta casa na árvore? O velho parece que espera por esta pergunta todos os dias, e quando uma criança a faz ele não se cansa de contar e recontar a mesma história.

-Então você quer saber quem fez esta casa? Muito bem, vou lhe contar a história, mas sente-se e ouça, não gosto de ser deixado no meio da história falando sozinho. Se sua mãe chamar pra ir pra casa, eu continuo a história amanhã, compromisso fechado? Vais ouvir a história até o fim?

Invariavelmente as crianças respondem que sim e o velho começa a recontar a velha história, cada vez com um detalhe diferente. É por estes novos detalhes que as crianças que já ouviram a história ficam ali de butuca, ouvindo também. Já teve dias em que o velho contou a história, ou parte dela, para mais de 20 crianças ao mesmo tempo. Elas não piscam, ficam sempre atentas às aventuras nessa história contidas.

-Bom, vamos então ao início, começa o velho. Era uma vez um retirante do nordeste que veio para a cidade de Sar para ganhar dinheiro e construir sua vida. Ele morava em um lugar de seca, muito afastado da cidade e um dia, ouviu falar que aqui na cidade grande havia muita água e sempre um lugar para trabalhar, ganhar dinheiro e formar família. Seu nome era Jânio João da Silva, mas as pessoas o conheciam pelo apelido que lhe tinham dado desde criança e pelo qual vamos chamá-lo de agora em diante. Janjão. Quando Janjão chegou na cidade de Sar não tinha nem dinheiro para comprar comida. Veio num ônibus apertado cuja passagem conseguira que um amigo lhe pagasse. Era moço, cheio de força para trabalhar. Começou carregando sacos de cebola e batata no Centro de Distribuição Agrícola da cidade. De tanto carregar sacos, Janjão foi ficando cada vez mais musculoso e forte. Janjão comia bem, porque ao fim de cada dia tinha gastado tanta energia que precisava repor com um belo prato de hortaliças, ovos cozidos, batata doce e inhame. Para o almoço sempre levava sua marmita com arroz, feijão, ovos e muita salada e assim saciava sua fome de trabalhador braçal. Enquanto almoçava sempre pensava em ter seu próprio negócio, um restaurante. Já que trabalhava carregando tanta comida, ele pensava, podia bem aproveitar os melhores preços que via das sacas de cebola, laranja, pimentão, batata, batata-doce , arroz, feijão e outras culturas para comprar para seu restaurante que já estava bem desenhado em sua mente. Seria naquela esquina ali, perto da praça onde tinha uma árvore enorme. Era uma esquina boa e ainda estava vazia. Janjão sempre torcia a cada dia para que o dono não tivesse ideia semelhante à sua e não alugasse nem vendesse o terreno para ninguém. Um belo dia, Janjão já tinha ajuntado dinheiro suficiente com seu trabalho de carregador e resolveu alugar o terreno e comprar as tralhas para montar seu próprio restaurante. Alugou metade da esquina por 500 dinheiros e ficou muito feliz com sua aquisição. Não alugou a esquina inteira porque tinha que deixar dinheiro para uns 6 meses de aluguel, caso a coisa demorasse a dar certo e além disto tinha que comprar fogão, botijão de gás, mesas e cadeiras, enfim todos os apetrechos mínimos para montar seu restaurante. Ele se fiava também no fato de que conhecia os fiscais da prefeitura que sempre tomavam café no mesmo bar que ele e que esses o ajudariam a tirar sua licença para poder trabalhar em seu restaurante em paz. Bom, alugado o terreno e tendo Janjão montado seu restaurante sob um telhado que ele mesmo construiu, servia-lhe de cozinha um trailer que ele comprou usado, mas que já era adaptado para ser uma cozinha de restaurante. Caso um dia precisasse se mudar daquele terreno, poderia levar sua cozinha junto e montar seu restaurante em outro lugar. Tudo certo e planejado, Janjão começou a fazer sucesso com sua comida. Ele aprendera a cozinhar com o pessoal do restaurante da Central de Distribuição Agrícola onde trabalhara, foi adaptando receitas básicas até que sua culinária ficou bem comentada por toda a cidade de Sar. Janjão trabalhava aos sábados, domingos e feriados, por isto seu restaurante sempre estava apinhado de clientes. Ele não tinha medo de trabalho, queria construir sua vida e ali estava ele, caminhando a passos largos para construir algo maior que nem ele sabia o que seria naquele momento. Só tinha tempo para trabalhar, então nem namorada arranjava, mas tinha fé que a moça certa apareceria no devido tempo. Um belo dia de sol, quando Janjão estava trabalhando em seu restaurante, viu um pessoal trazendo materiais de construção para o terreno ao lado, que ele, por que trabalhava tanto e não teve tempo, não alugou para aumentar seu restaurante. -Adivinhem que tipo de comércio montaram ali ao lado?

As crianças que ouviam o velho nem faziam ideia e ficavam olhando com cara de paisagem para ele.

-Tá bom eu digo. Montaram ali do lado um outro restaurante. Confiados em que a comida de Janjão era tão famosa na cidade em que muitos clientes vinham ao seu restaurante, os irmãos Mateus e Lucas Cordeiro montaram então ao lado um restaurante não tão bem aparelhado como o de Janjão, mas ao menos com o mesmo espaço em mesas e cadeiras. Ali então ficaram os dois competidores. Os irmãos cordeiro brigavam por clientes e trapaceavam oferecendo coisas grátis para que os clientes de Janjão experimentassem da sua comida que aliás era tão boa quanto a de Janjão e só perdia na criatividade dos pratos. Janjão tentou travar amizade com os empregados dos irmãos Cordeiro e com os próprios irmãos, mas qual nada, eles nem queriam papo, queriam mais era tirar toda a clientela de Janjão. Ah, esqueci de falar que o nome do restaurante de Janjão era...alguém tem uma ideia? Novamente as crianças olhavam com cara de paisagem para o velho....

-Vamos lá, chutem qualquer nome, quem sabe vocês acertam.

Nessa leva de crianças um menino de cabelo encaracolado, sardas no rostinho e bochechas gordas gritou....

-Que tal “Restaurante do Janjão?”

-Incrível! Como você sabia?

-É que eu sou muito inteligente, disse o menino

-Concordo, respostou o velho. Você é um orgulho para seus pais e amigos porque era esse mesmo o nome. Restaurante do Janjão. E ao lado havia então o “Restaurante do Lado” nome dado ao restaurante dos irmãos cordeiro. Pensado e repensado por eles mesmos que não eram donos de criatividade muito boa.

A concorrência entre os dois restaurantes se acirrava a cada dia mas Janjão sempre inovava seus pratos. Aprendeu a seguir receitas olhando nos livros e sempre tinha uma novidade a oferecer. No Restaurante do Lado a comida era quase sempre a mesma. O menu não era variado e sempre se sabia o que encontrar lá. Os irmãos Cordeiro queriam era ganhar dinheiro e não se importavam em deixar os clientes satisfeitos ou encantados com a comida.

Janjão passou a nem ligar para a concorrência, visto que seu negócio ia de vento em popa até que um dia, notou que alguns item havia sumido durante a noite da sua dispensa.

-Gatunos esses irmãos Cordeiro. Agora estão dando de roubar minhas provisões e me deixar na mão com meus clientes a pedir pratos que fico impossibilitado de fazer? Eu vou pega-los no pulo. Vou ficar hoje de butuca, escondido num cantinho bem escuro e quando o ladrão entrar, ah, ele vai ver.

E o pior é que o que sumia não era coisa de valor. O que estariam tramando os Cordeiro roubando pão, bolachas que eram usadas no pavê de sobremesa, chocolates que eram usados nos mousses deliciosos que Janjão servia. Aquilo o deixara encafifado.

Na noite que se segui ao primeiro roubo, depois de fechar o restaurante, lá estava Janjão escondido atrás de umas barricas de chops, no escuro quando ouvi alguns ruídos de gente entrando no restaurante. Pé ante pé ele via entrando um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito.....nove passaram mais dois perdeu a conta.....quanto dá mesmo? Nove mais dois?

O velhinho sempre fazia perguntas no meio de sua narrativa para ver se as crianças estavam ainda prestando atenção. Ele detestava platéias dispersas e gente dormindo durante suas contações de história.

-Onze, gritou de novo o molequinho de sardas e cabelo ruivo encaracolado.

-Ah, você está muito esperto hoje heim.

-Sim, continuou, e contou mais um...ficaram doze, doze moleques, todos menores de 6 anos, uns com uns 4 outros com 5 anos mais ou menos, todos entraram, pé ante pé e começaram a pilhagem.

Janjão começou a olhar aquela turma e observar o que eles queriam.

Era só comida que procuravam. Janjão resolveu não interferir naquele dia e ficou ali escondido. Seu coração mole o obrigou a ficar quieto ali no canto vendo aquelas crianças comendo do seu mingau sem pagar nada.

-Hei, gritou um deles – Aqui tem comida pronta, deixem as bolachas pra sobremesa.

Todos foram aos tachos de comida que tinham sobrado do dia e comeram a valer. E Janjão ali, já não aguentava mais ficar es condido porque estava agachado mas sabia que se levantasse eles iam correr e poderiam nunca mais voltar ali. Ele fora menino de rua em sua cidade por um tempo e sabia o quão importante era comer quando se mora na rua. Então resolveu que todas as noites deixaria doze pratos de comida para os moleque antes de sair do restaurante. Seria sua missão e seu agradecimento a Deus pelos clientes que tinha e pelos seus negócios estarem indo muito bem. A princípio ele não diria nada aos meninos nem a ninguém, depois poderia tentar um contato.

E assim, quando os meninos foram embora já eram quatro e tal da madrugada, Janjão foi para a cama, pois dormia ali, no restaurante mesmo, e ficou pensando de onde teriam aparecido esta turminha de meninos e se ele não poderia ajudá-los de alguma forma.

Na outra noite, quando os meninos entraram haviam doze pratos sobre uma enorme mesa que Janjão montou especialmente para seus hospedes noturnos.

Os meninos foram entrando, pé ante pé e Janjão ficou novamente ali escondido. Como sabia que iria ter que se demorar escondido atrás dos barris de chope ele já levou um banquinho e ali permaneceu escondido e sentado durante todo o assalto.

Janjão deixara também, além de comida, uns doces e bolachas que eles levariam para passar o dia sem fome, fossem por onde fossem. Janjão se perguntava, o que eles faziam durante o dia? Será que moravam al algum lugar? Resolveu então segui-los quando saíssem naquela noite. Depois que todos comeram e riram a valer com histórias que um ou outro contavam do que tinham feito durante o dia, deu o tempo de saírem. Eles não imaginavam que estavam sendo vigiados e que os pratos com comida foram ali deixados de propósito por Janjão. Saíram pela rua afora e andaram até a praça onde havia uma árvore imensa. Era bem perto do restaurante a praça, mas Janjão, como trabalhava que nem um doido o dia inteiro para manter seu negócio caminhando e prosperando, nunca tinha visto que, durante o dia todo aquelas crianças, todos meninos, ali permaneciam quase o dia todo. Eles deitavam na grama da praça sob a sombra da árvore e praticamente dormiam o dia todo.

Janjão, ao ver onde afinal eles iam quando saiam do seu restaurante se contentou pro aquele dia. Era um avanço. Sabia agora onde era o quartel general dos moleque que invadiam seu restaurante todas as noites.

Por algumas noites, Janjão deixou-se apenas observar os meninos enquanto comiam. Notou que tinha uma certa organização e ficou até curioso para saber quem era o chefe do bando. Viu um menino maior, de 6 anos, pele negra, cabelo pixaim e olhos negros comandando tudo e dando bronca quando algum menino fazia sujeira. O chefe dos meninos era chamado de Igor e tinha o respeito de todos os outros. Quando saiam ele sempre mandava os outros começarem a limpar toda a bagunça que por acaso tivessem feito e ele mesmo limpava comidas que tivessem caído na mesa ou pegava plásticos que houvessem caído no chão. Tudo tinha uma certa ordem. Com o tempo, eles só vinham, comiam e não mexiam em mais nada. Era como se soubessem que alguém em segredo estava cuidando deles. Um dia, uma jornalista da cidade, Enna Santos começou a ficar curiosa vendo crianças todos os dias ali naquela praça. Perguntava-se: -O que será que fazem os pais dessas crianças? Será que são todos órfãos? E as perguntas não paravam de perturbar a mente da jornalista. Até que ela resolveu segui-los o tempo todo por onde iam, sempre escondida para não tirar a naturalidade dos seus movimentos. Ela se inteirou de toda a história. As crianças eram alimentadas pelo “Restaurante do Janjão” e todos as noites iam ali para comer. Mas porque Janjão não falava com as crianças e simplesmente abria e fechava a porta da frente para a molecada entrar e comer?

Um dia após ter descoberto todo o movimento, a jornalista foi até o restaurante, pediu um prato suculento daqueles que Janjão sabia muito bem fazer e, antes de pagar a conta perguntou a Janjão: -Porque você não deixa os moleques que comem aqui durante a noite entrarem pela porta da frente do restaurante.

Janjão ficou branco, quase desmaiou depois desta pergunta. Falou que ele sabia que se ele aparecesse durante a noite e dissesse que eles podiam vir todas as noites ali comer, que eles podiam ficar com medo e fugir e isto ele não queria. Ele tinha tomado como missão alimentar aquelas crianças. Pediu encarecidamente a jornalista que jamais publicasse nada sobre aquela história até que um dia ele desse então consentimento. Se ela fizesse isto, despertaria a curiosidade das pessoas na cidade e coisas muito ruins poderiam acontecer de formas que ele não mais pudesse fazer este trabalho de caridade. Garantiu a repórter que queria mesmo era ver todas aquelas crianças na escola estudando, coisa que não faziam pois passavam o dia inteiro na rua. Mas ele tomaria providências com o tempo para que tudo ficasse melhor para aqueles moleques de quem já se afeiçoara tanto.

A jornalista então saiu prometendo que não iria publicar nada até segunda ordem , o que deixou Janjão mais tranquilo, mas ainda com uma pulga atras da orelha.

Os dias se passaram e as noites também. Janjão ouviu, numa das noites, um menino mencionar que achara algumas tábuas e que poderiam começar a construir uma casa na árvore. Um dos meninos achou um martelo e alguns pregos. No outro dia, Janjão, muito curioso, deixou um pouco seu restaurante na mão dos empregados e foi até a praça ver o que os meninos estavam aprontando. Quando lá chegou era um bate-bate daqui e um bate-bate de lá. Os meninos começaram a buscar mais e mais tábuas de rejeito na serraria e a pregar freneticamente umas tábuas as outras em volta da árvore e a montar um barraco de tábuas em volta da árvore. Janjão achou aquilo muito inseguro e logo pensou em fazer algo para abrigar aqueles moleque. Foi até uma marcenaria e contratou um marceneiro pagando o mesmo para fazer uma bela casa na árvore que coubesse doze camas de solteiro, uma para cada menino. A casa deveria ser segura e no alto da árvore, de formas que lá só chegariam os moleques. Deveriam ser contratados vários trabalhadores para que a casa ficasse pronta em apenas uma noite e em poucas horas. Deveriam ser tiradas as tábuas pregadas pelos meninos e no lugar seria colocada uma linda casa da árvore, onde eles passariam os dias dormindo, já que a noite saiam para comer e aproveitavam o resto da noite para brincar na piscina de uma casa de campo em que os donos só iam de vez em quando.

Tudo combinado com o marceneiro, na noite seguinte surgiu uma casa em cima da árvore. Enquanto os meninos estavam comendo e se divertindo nas piscina, 40 trabalhadores , um guincho e algumas máquinas de serra estavam trabalhando para construir a casa em pouco tempo. As camas foram compradas por Janjão nas Lojas Idur, que eram as mais famosas da cidade com a recomendação de que fossem entregues de madrugada logo após a construção da casa. Quando só meninos voltaram, o que viram foi uma escada que dava numa linda casa da árvore. Não tiveram dúvidas, subiram na escada de madeira e ao chegarem lá em cima, se refestelaram, pulando nas 12 camas macias que lá em cima na casa encontraram. Acharam que fora papai Noel ou algum duende que ouvira seus pedidos por terem uma casa. Ficaram muito felizes com as camas que agora poderiam usar para dormir. Por outro lado a casa virou atração na cidade de Sar. As pessoas desviavam o caminho habitual para passar por aquela praça durante o dia. A sorte dos meninos é que tinham um sono tão pesado que nem se importavam com tanto barulho de carros passando para ver a nova casa na árvore.

-Mas então a história acabou tio? Perguntou uma menininha loira de cabelos lisos e de óculos que estava ali, bem perto do contador de histórias atenta.

-Não menina, ainda não. Não querem que eu conte mais hoje?

-Claro que queremos, gritou a garotada

-Então vou continuar. Agora, depois de termos visto toda a bondade de Janjão construindo a casa para os moleques, veremos o que é maldade. Os irmãos Cordeiro não estavam gostando nada da história que tinham ouvido. A jornalista postou em seu blog uma historia de uns meninos que comiam a noite no Restaurante Janjão e dormiam de dia na casa da árvore.

Janjão nem tinha visto o post da jornalista Enna Santos, porque ele afinal trabalhava muito em seu restaurante. Mas os irmãos Cordeiro notaram que o movimento no restaurante deles diminuiu muito e no restaurante de Janjão aumentava a cada dia. Logo alguns clientes começaram a perguntar a Janjão se aquela história era verdadeira ou não. Janjão a princípio pensou em negar, mas depois, quando alguns moradores conferiram a história, não teve como. A cidade toda ficou sabendo e mais e mais cliente vinham comer no Restaurante Janjão para confirmar a história com o próprio benfeitor dos meninos.

-Então você se tornou pai de doze meninos de uma só vez Janjão?

-Bom, eu apenas os alimento. Eles deveriam ter mães que cuidassem deles e os fizesse fazer coisas cotidianas como escovar os dentes depois de comes, ou lhes contasse uma história entes de dormir. Alguém que lhes ensinasse a ficar acordados de dia e a dormir a noite, para serem crianças normais. Alguém que os levasse para a escola, essas coisas que pais e mães fazem pelas crianças.

-Mas porque você não faz isto Janjão?

-Bom, eu tenho meu restaurante e sem ele funcionando bem não conseguirei alimentar tantos meninos. Dai o que posso fazer por eles por enquanto é isto.

Os Cordeiro, chateados com o sucesso de Janjão começaram a tramar algo para atrapalhar o andamento de seu restaurante.

Mateus cordeiro pensou:

-Se durante o dia Janjão trabalha, e a noite os meninos estão lá, como poderíamos fazer algo para que as coisas dessem errado para nosso vizinho? Ah, pensou com sua mente malvada. Vamos tramar um roubo. Vamos roubar todas as economias de Janjão, assim ele não poderá comprar mais mantimentos e seu restaurante e essa gurizada ameaçadora sumirão do mapa.

Havia uma ou duas horas durante a madrugada em que Janjão estaria dormindo e as crianças já teriam saído do restaurante. Contrataram um ladrão trapalhão para roubar janjão e combinaram com ele o que devia ser feito.

Naquela noite Janjão foi dormir e as crianças foram brincar na piscina da casa abandonada. O ladrão Pimpão bobalhão entrou no restaurante dos cordeiro achando que estava no restaurante de Janjão e roubou um milhão de dinheiros que estavam guardando havia muito tempo os irmãos. Achou então que podia, já que o roubo havia sido feito, passar no restaurante dos cordeiro, que para ele era o outro ao lado, e comer umas batatas firtas que ele mesmo podia fritar. Pulou uma cerca de madeira que tinha entre os dois restaurantes que também tinham mesas de madeira e vários moveis de madeira e foi direto pra cozinha do trailer de Janjão, achando que estava no trailer dos Cordeiro. Ocorre que durante a fritura das batatas, o ladrão se distraiu comendo biscoitos e fez algum barulho. Janjão acordou e pulou da cama. O ladrão começou a correr e derrubou óleo fervendo no trailer e o fogo pulou no óleo. Janjão nem viu o fogo pegando em seu restaurante, correu para fora atrás do ladrão que levava um saco com um milhão de dinheiros que o ladrão roubara do restaurante dos Cordeiro. Quando janjão percebeu o fogo já era tarde. Seu restaurante estava todo em chamas e juntamente com ele, o restaurante dos Cordeiro.

Janjão ficou arrasado. Todo seu dinheiro, que eram 500 mil dinheiros, estavam dentro de um cofre no restaurante. Como o cofre havia queimado, o dinheiro dentro dele provavelmente estaria queimado também. E Depois que os bombeiros vieram e apagaram tudo, foi constatado que realmente, o dinheiro que Janjão tinha juntado durante tantos meses de trabalho estava todo preto, queimado, em cinzas.

A policia investigou o incêndio e vizinhos viram e identificaram o ladrão. Este logo foi preso, mas o estrago que fez deixou tanto os meninos da casa da árvore quanto Janjão em maus lençóis. Na delegacia o ladrão confessou o roubo que fêz e que foi contratado pelos irmãos Cordeiro para roubar Janjão. O incêndio aconteceu por acaso. Quando a polícia foi atrás dos irmãos cordeiro, eles já tinham picado a mula. Sairam até do país de Idur com a pouca quantia que ainda lhes tinha sobrado em dinheiro depois do incêndio. O ladrão Pimpão trapalhão porém era tão burro que não se lembrava onde tinha escondido o dinheiro que, em sua consciência, teria roubado de Janjão. A policia o prendeu mas não conseguiu arrancar dele onde escondera o dinheiro afinal. As crianças agora não teriam mais onde comer, visto que no restaurante de Janjão não poderiam nem entrar porque era tudo escombro por lá. Janjão, desesperado, sentou-se na praça da árvore e não sabia o que fazer. Os meninos ficaram sabendo da história e ficaram muito tristes porque afinal começaram a gostar de Janjão e já sabiam que ele era quem deixava a comida a noite para que eles então comecem e pudessem sobreviver. Janjão chorava sentado na praça quando resolveu olhar para cima e pedia a Deus que lhe ajudasse a encontrar uma solução. Enquanto olhava para o céu, viu um saco pendurado logo abaixo da casa da árvore, mas não se atinou que aquilo tivesse alguma importância. Ficou ali prostrado, nem via o tempo passar. Não sentia fome, não sentia frio, tamanha era a sua preocupação com a situação em que agora se encontrava. No dia seguinte um dos meninos viu aquele saco pendurado abaixo da casa da árvore e, com uma corda enlaçou o saco e o puxou para baixo. Quando os meninos viram o que havia dentro do saco, fizeram óóóóóóó......muito, muito dinheiro. Logo deduziram então que fora o dinheiro roubado de Janjão. Correram até onde era o Restaurante Janjão e viram um homem todo sujo de carvão, procurando alguma coisa que pudesse ter sobrado do incêndio. Era Janjão. Igor, o chefe dos meninos se aproximou de Janjão e disse: Hei chefe Janjão, que tal construir seu restaurante novamente?

-Construir como? Meu dinheiro foi todo roubado pelo ladrão Pimpão Trapalhão, não tenho mais nada. Como construir, me diga menino?

-É que a gente achou seu dinheiro e viemos devolver a você. Sabemos que deixava sempre comida todas as noite para nós. Achamos que você merece o dobro do que perdeu e muito mais pelo que tem feito por nós.

Janjão ficou impressionado com o achado dos meninos. Depois de contar o dinheiro, notou que havia dinheiro em dobro ali e disse: Ou eu não sabia o quanto tinha ou é a resposta de Deus as minhas orações. Por isto, vocês, de agora em diante serão meus sócios no restaurante e não mais meus comensais. Nada de comer de graça, cada um vai ter seu prato de comido todos os dias e não as noites e serei opai de vocês que afinal me trouxeram tanta sorte. Morarão na casa da árvores que construi pra vocês até que cresçam e seremos todos uma família feliz.

-Ebaaaaa.. gritou a garotada feliz.

-E então a história acabou? Novamente disse a menina loirinha de cabelos lisos.

-Não menina, querem que eu pare ou que eu continue?

-Continua, continua, continua, gritaram as crianças ao pé do velho contador de histórias.

-Então vou continuar. Janjão agora comprou o terreno da esquina inteiro com o bom dinheiro que lhe apareceu. Montou um belo restaurante com uma mesa especial para crianças em que todos os dias colocava doze cafés da manhã, doze pratos no almoço e doze pratos no jantar e os meninos ali comiam. Colocou todos os meninos na escola e cuidou deles até crescerem. Quando cresceram, todos começaram a trabalhar no restaurante, que a cada dia fazia mais sucesso pela historia que tinha. Logo Janjão e seus doze filhos, abriram uma rede de restaurantes pela cidade de Sar inteira e prosperaram, cada um com sua família. Hoje todos são quarentões. E eu, este velho que vos fala, sou Janjão. Aposentado porque me cansei de trabalhar tanto e resolvi virar um contador de historias.

-Então o tempo todo Janjão era você? Disse uma menininha de olhos amendoados. Porque não disse logo que estava contando sua história?

-Porque minha cara, era o sabor do chocolate, era a cereja do bolo.....eu Sou Janjão e adoro contar histórias para as crianças.

quinta-feira, janeiro 12, 2017

Em Busca de um Sonho - Walcyr Carrasco

Em Busca de um Sonho - Walcyr Carrasco - Vendi este livro hoje - Abri só por curiosidade e dei uma olhada rápida no conteúdo. Se tivesse visto o conteúdo antes, teria lido antes de vender... Ví uns titulos de capitulos e comecei a me interessar e fui lendo mais. No capitulo que li, ele, o autor, simplesmente decide ir com um amigo a pé para os EUA. O patrão achou loucura mas deu a demissão porque disse a ele"Meu filho, isto é loucura mas é coisa que se faz uma vez na vida". ...Os pais quase tiveram um treco, mas acharam que ele voltaria com o rabo entre as pernas assim que passasse um perrengue. Só que não. Ele conta que chegou nos EUA e como chegou lá. Dependeu da bondade de muitas pessoas pelo caminho. Conta em especial quando perguntou o preço de umas maçãs para uma senhora gorda que vendia maçãs numa feira não me lembro se na bolivia ou num outro pais latino americano. Quando ela falou o preço, ele se afastou agradecendo e dizendo que não tinha o suficiente. Ela olhou bem fundo pra ele e disse "Corre-lo". ele disse, No no tiengo moneda. Ela riu e disse. Yo lo se, corre-lo tonto, yo se que tiene ambre. Ele escreve que nunca esqueceu o rosto daquela mulher. Conta outros episódios bem legais também. Ele deu aulas de português para uma cega nos EUA para ganhar uns trocados. Teve que usar o nome de um amigo para poder receber o pagamento. Ele tinha que ler pra ela e por sorte, sabia muito de literatura, então apresentava á sua aluna cega os personagens dos livros com os quais estava super acostumado, ja que ela estudava literatura brasileiros. Ao fim ela tirou uma super nota nos exames e agradeceu muito a ele. Achei um texto simples e gostoso de ler. Para quem se empolgou, deve estar baratinho na estante virtual. Vi muita semelhança com minhas aventuras em Londres quando ainda jovem. Também senti-me sozinho no mundão sem fim e vi a bondade de Deus em muitas pessoas desconhecidas. A gente vai esperando o pior das pessoas, mas encontra muita gente boa pelo caminho. As más? Não me lembro de uma delas e nem o autor do livro se lembrou.

segunda-feira, maio 30, 2016

Historia para netos e filhos. Conte e explique o que aconteceu.

Uma historinha pros seus netos. Você vai ter que explicar muita coisa...mas contar uma historia sempre vale a pena.



Uma historinha pros seus netos. Você vai ter que explicar muita coisa...mas contar uma historia sempre vale a pena.

Era uma vez um país,
 Brasília era a capital
 Ali aconteceu esta história,
 pode parecer banal,
 mas sujou sua memória
 e foi na democracia
 um golpe quase mortal

Cunha não tinha reinado,
 Só dinheiro na Suíça,
 então ele disse pôxa,
 vou fazer um impeachment,
 me livro da lavajato
 E ainda crio o reino coxa!
 Sou ladrão, isto é sabido,
 mas meu povo é muito trouxa.

Adeptos fanáticos,
 vestidos de verde e amarelo
 surgiram por todo o lado.
 batendo suas panelas,
 repetindo um refrão
 que foi por seu rei criado.

"Petralhas safados"
 "Petralhas ladrões"
 "Peguem os canalhas"
 "Apontem o canhão"
 "Morte a rainha"
 "Prendam o de barbinha,
 esse é o chefão"
 "A nossa bandeira"
 "A nossa missão,
 é acabar com a malvada corrupção"

Mas amigos de vermelho,
 gritavam do outro lado
 "Será que não estão vendo
 isto é Golpe de Estado"
 a cada grito que davam,
 com o barulho que faziam,
 aos poucos ensurdeciam
 aos coxinhas mais irados.

Cunha olhava a tv
 No espelho se sentia
 Somos milhões de Cunhas
 seu exercito coxa dizia
 Homens e mulheres com vuvuzelas
 verde e amarelo até a unha
 Batiam suas panelas
 Dando um bom respaldo a Cunha.

Era um país complicado
 Nele haviam três castelos
 tinham nomes esquisitos
 por fora muito bonitos
 mas por dentro nada belos.

Um castelo principal,
 se chamava executivo
 tinha por finalidade,
 executar com lealdade
 Toda lei, toda vontade,
 do castelo legislativo

O castelo legislativo,
 cheio de ogros de um só olho
 Fazia leis cheias de brechas
 Pensando em como um dia
 se fossem pegos transgredindo
 escapariam sorrindo
 e rápidos como flechas.

E, como nada é perfeito
 Tinha que ter um castelo
 Que vigiasse os dois vizinhos
 Era o castelo do direito,
 onde urubús de togas,
 destes que rodeiam carniça
 fingissem que ali estavam
 para realizarem justiça.

Cunha como ogro que era
 vivia no legislativo
 tinha um olho no umbigo
 era réu na lavajato,
 mas para não ter castigo
 dava ração aos urubus
 dos quais ele era amigo.

No castelo Executivo
 vivia a rainha sem mácula
 mas para poder governar
 Teve que em sua chapa deixar
 ser colocado como vice
 Um certo, um tal... conde Drácula.

Cunha então ficou pensando:
 Se me livro da rainha
 Conde Drácula é da noite
 Posso governar de dia
 Ligou pro palácio ao lado
 e conversou um bocado
 sobre o que Drácula faria.

Para por fim a esta história horrenda
 que ainda não acabou
 eu vou contar bem depressa
 o que Cunha combinou.
 Ele disse aos outros ogros

Prendam a rainha de vermelho e o barbinha pentelho
 Se motivo não acharem
 a gente inventa um aparelho
 que ligado e assistido pelo exercito de coxas
 fabriquem verdades nos ouvidos
 dos muitos milhões de trouxas.

E no dia combinado,
 Cunha então perpetuou
 grande palco então montado
 onde cada ogro votou
 Sim, retirem a Rainha
 Todo o poder é de Cunha
 Mesmo sendo o rei dos ladrões
 não lhe toquem numa unha.

Neste dia, um domingo,
 os corvos do castelo judiciário
 Fingiram estar dormindo
 Então ogros foram surgindo
 por Cunha liderados
 e seus votos foram emitindo
 até o golpe ser confirmado

Depois, deposta a rainha
 Conde Drácula assumiu
 E de cara foi falando
 Aqui tudo vai mudar
 vou chamar dia de noite,
 para os artistas açoite,
 dia e noite vou reinar

Sai então de cena o Cunha,
 porque coxas arrependidos
 e mais vermelhos unidos
 faziam muito protesto.
 Cunha achou melhor ficar
 em seu sarcófago mor
 e de lá suas ordens dar
 e então perpetuar o
 "Quanto pior, melhor!".

Cunha se conformou, afinal da escuridão
 poderia dar as ordens através de Maranhão
 muitas manobras fizeram,
 para derrubar os vermelhos
 Vale o voto, ou não vale
 dos idiotas brasileiros?
 Ah, que votos nas urnas que nada,
 Maranhão fez no outro dia,
 Acaba com esta palhaçada e prende logo essa tia!

As primeiras ordens dadas
 por Cunha, o sinistro,
 foi para que 7 irmãos metralha
 dos piores, dos mais canalhas
 processados pela lavajato
 virassem então ministros.

Drácula fez direitinho,
 tudo que cunha mandou
 acabou com a cultura,
 Na educação pois ferradura
 A TV Brasil reformou.
 Cérebro aqui não precisa
 Quero que a programação
 tenha futebol a vontade
 Assim este povo besta,
 baba de segunda a sexta
 E eu faço muita maldade.

Se você estava esperando,
 esta história ter bom fim
 Vou lhes dar o carteado,
 Ogros ainda votarão,
 para que a tal rainha,
 precedida por Barbinha
 vão pro fundo da prisão.
 o fim cabe a você decidir

Vai ficar com conde Drácula
 o vampiro brasileiro?
 Vai deixar os 7 metralhas
 Tranformarem o Brasil num pardieiro?
 Drácula brincando de casinha,
 fazendo com Marcelinha
 a farra com seu dinheiro?

O fim quem escreve é você
 Se ao invés de distribuir renda,
 você a quer concentrar
 pense que no dinheiro de Cunha
 suas mãos jamais vão pousar.

Mas se quer democracia,
 resolução sem truculência,
 deste problema político
 que a todos tras a falência.
 Pense, se é este o jeito
 de conseguir competência:

 Dracula fazendo a festa,
 com Cunha e caviar
 de seu dinheiro eles não tem dó
 E impostos vão aumentar.
 Os corvos sempre dormindo,
 você a Globo assistindo
 achando que este problema
 se resolve por sí só.

Qual historia vai contar,
 se deixar que estes insetos,
 façam a festa no Brasil
 o que dirá para os seus netos?

 Fim?

Autor: Rudi Santos
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sexta-feira, março 04, 2016

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quarta-feira, fevereiro 03, 2016

Eu tô com fuoooooome!

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Eu Tô Com Fuooooooome!


Que fome. Eu que sou apenas um blog mau alimentado é que sei a fome que passo!  Depois que inventaram de por a boca no trombone nos podcastings (ou seria podcasts?) e no youtube que tem imagem e tudo, minha vida de blog piorou muito. Ainda mais porque meu dono nem tem tempo para me alimentar mais. Ele só acha que pod e youtube é melhor porque fala e mostra. Pô, se ele me fizer falar, eu também falo. Olha só como estou falando! Tá certo que até hoje falei para ninguém. Meu mau e dos meus amigos é este. Ninguém ou quase ninguém lê muitos de nós e muitos lêem poucos de nós. Já dizem até que a blogosfera morreu. Não morreu não, hó eu aqui hó, tá vendo, to dando tchauzinho...não para ir embora é claro, só para dizer que eu existo. Mas se você está me lendo, por favor, entenda uma coisa. Blog que não comunica, se estrumbica. Ponha um link meu no seu blog. Me dá esta chance vai! Sabia que é assim que os podcasts pretendem sobreviver? É sim, colocando links dos outros e fazendo propaganda de outros para que subesistam. Então, faz meu jabá, meu ad, seja meu amigo. antes que meu dono pense que eu não causo audiência e crrrrr, me corte o pescoço. Bom, mas uma coisa ninguém POD negar, todo podcaster ou youtuber que se prese tem um blog. É, ao menos para isto servimos, para segurar os links dos nossos filhos. Sim porque nós viemos primeiro, nem bem chegamos já tão querendo tirar a gente de cena. há não...
A gente ainda vai pegar muita onda. Bom, te dei tempo, pensou com carinho na minha proposta? põe um link vá...

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Viagem pra não sei onde...


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Viagem pra não sei onde

-Não vai caçar hoje Saidur? Perguntou Deteo sua esposa.
-Não. Preciso fazer a grande viagem até a caverna de Aissai o guru.
-Mas porque você tem que ir, tenho mal pressentimento sobre isto, não vá.
-Deteo, tenho que ir, é o ritual. Todos os líderes das outras tribos já foram e chegou minha vez. Tenho que saber das previsões. Não posso trair nossa tribo.
-Então vá, mas volte logo, disse Deteo. Viram guerreiros da tribo Odar acampando aqui perto. Eles podem nos atacar a qualquer momento.
-Não se preocupe mulher, a tribo de Odar é muito menor em número que a nossa. Teriam que se unir aos Ogg para poder nos derrotar. Eles jamais fariam isto. Há odio entre eles e todas as tribos porque são traiçoeiros. Vou enviar alguns guerreiros para ver se este acampamento ainda está no mesmo lugar e se estiver, expulsamos eles.

Odar era um líder muito mal. Sua tribo traia todos os tratados que eram feitos entre os homens. Estavam quietos havia um tempo e se distraiam com o fogo que roubaram da tribo dos Ogg, mas o conselho de Odar sempre estava tramando alguma invasão. Eles eram impiedosos e não sobrava nada das tribos que eles atacavam. Só que não eram loucos de atacar a tribo do Grande Saidur . Em número de guerreiros eles eram inferiores, era um deles para cinco de Saidur.
Saidur começou sua viagem santa nas primeiras horas da manhã. Caminhou por florestas, montanhas e acampou no topo da cordilheira de onde ainda podia ver sua tribo. A caminhada longa que faria era um sacrifício pela paz pois, sabendo das previsões de Aissai poderia evitar guerras sem sentido e, ja que sua tribo era a mais numerosa do território onde vivia, tinha que ter pulso firma nas decisões para manter a ordem entre as outras tribos que brigassem. Todos os lideres das outras tribos respeitavam Saidur como um lider de paz, menos Odar.
Os homens que foram mandados ao acampamento dos guerreiros de Odar, quando lá chegaram só encontraram restos de comida, cinzas  e uma gosma preta estranha que nunca tinham visto. Voltaram para a tribo sem alardear nada, porque nada viram além de um acampamento espião normal. Mas era de costume as tribos se vigiarem, então, sem novidades.
Saidur naquela noite, dormiu e teve sonhos atordoantes com bolas de fogo que vinham do céu e destruiam tudo, mas achou que era apenas um sonho e continuou seu caminho na manhã seguinte
para a gruta do gurú. Ultrapassou um deserto onde quase morreu de sede. Sua pele estava queimada e ardida quando o deserto findou, mas a viagem estava quase no fim. Entrou numa trilha que, novamente dava em uma floresta e caminhou até ver uma pedra muito grande no meio da mata. No alto da pedra estava sentada uma figura esguia de um velho. Segurava na mão um cajado todo torneado que tinha na ponta uma cara de boi almiscarado, que era o simbolo da sobrevivência e da fartura. Sua barba branca e cumprida denunciavam sua idade avançada de 150 anos. Aissai estava em sua meditação profunda, mas pressentiu a aproximação de um guerreiro pelo cheiro de suor que exalava o homem lá embaixo.
-Aissai, gritou Saidur, venho em paz.
Aissai respondeu - Sempre em paz filho, suba aqui.
-Aissai, disse o guerreiro quando se sentou ao lado do gurú curandeiro, eu vim pelo ritual das visões para poder manter a paz.
-Bom, meu filho. Mas as visões podem dizer coisas muito incômodas hoje, está preparado?
-Sempre Aissai. Tive um sonho horrível na noite passada, será que foi algum presságio?
-Sempre é filho, respondeu o velho, só depende de sabermos interpretar. O que você viu?
-Vi grandes bolas de fogo que caiam do céu e destruíam toda uma aldeia.
-As bolas de fogo? Então você também viu?
-Sim oh grande gurú, o que significam?
-Eu as vi em minhas meditações.  Elas significam o que você viu mesmo. Destruição total e vejo mais agora. A aldeia destruída será a sua. Odar se associou aos demônios do fogo, controlou as bolas de fogo e consegue lançá-las a grande distância agora. O povo atacado nem vai ver de onde vem as bolas, pensará que são os deuses castigando. Tudo ficará incendiado na aldeia, a própria correria já matará alguns, depois virão mais bolas de fogo e matarão quem for por elas atingido e em seguida, se aproveitando da confusão, os cavaleiros de Odar se aproximarão, mesmo que em menor numero, matarão a todos filho, todos. Você tem que tentar impedir isto.
-Eu tenho que ir então Aissai. Meu deus, minha mulher e família estão lá, meus amigos, meus pais, meus filhos. Tenho que ir. Obrigado Aissai.
-Corra filho, vá. Lamento terem as visões sido tão cruéis com você e sua tribo.
Se cumprimentaram e Saidur saiu em disparada mal se lembrando do cansaço da viagem até ali.
Correu muito, nunca correra tanto. Fez todo o caminho de volta na metade do tempo em que foi. Quando chegou na aldeia pensando que daria tempo de traçar uma estratégia para conter Odar, viu o caos. Todos mortos. Sua família, seus amigos, todos os que estavam em tendas e muitos que sairam das cavernas pelo barulho para ajudar acabaram morrendo.
Saidur pos as mãos na cabeça ao ver aquele horror. Horror por todos os lados. Horror, horror. Viu sua família morta, sangue, muito sangue. O ódio tomou conta de seu ser. Gritou com uma voz desesperada alto, muito alto.
-Odar, o sangue de minha tribo clama por justiça. Você será punido.
De repente ouviu barulho de um exercito que chegava. Eram soldados de todas as tribos que foram mandados telepaticamente por Aissai, o gurú,   para evitar a chacina e controlar o mau, mas chegaram tarde e o mau ja havia sido feito.
Saidur cremou os mais próximos e alguns da tribo que conseguiram sobreviver por estarem em profundas cavernas se juntaram a ele e cremaram todos os mortos em grandes piras com a ajuda dos guerreiros dos exércitos aliados.
Saidur queimava de ódio por dentro. Planejou então o grande ataque contra Odar. Calculou um ataque surpresa onde não haveria tempo de Odar preparar e lançar as grandes bolas de fogo com betume, substância que aprendera a usar para manter as bolas incendiadas. Quando tudo estava preparado, ao invés de ir com grande estrondo, fez um grande cerco com os soldados dos exercitos aliados, mas entrou no meio do cerco com seus melhores guerreiros a noite e sorrateiramente. Foi pegando uma a uma das sentinelas sem deixar que os soldados soltassem um pio. Naquela noite ele descumpriu todos os tratados, assim como Odar tinha feito. Matou um a um seus inimigos enquanto dormiam. Os que porventura escaparam foram mortos no cerco maior quando tentavam fugir da ira de Saidur. Não sobrou nada da tribo de Odar, nem crianças, nem mulheres, nem velhos. Ninguém foi poupado. Só assim a ira de Saidur foi aplacada e ele voltou a sua terra. Agora sua tribo era muito pequena e ele tinha que recomeçar.
Saidur envelheceu e carregou consigo até a morte a dor de perder as pessoas que amava, mas também a culpa de ter se igualado a Odar na covardia de ter matado mulheres, velhos e crianças. Ele sempre refletia sobre o que fêz e, se mais velho e experiente fosse, jamais teria agido daquela maneira. O rei da vingança, foi este seu apelido até o fim de sua vida. Muitos ainda contaram sua historia por muito tempo depois que veio a morrer com 250 anos.
Esta foi uma de minhas vidas passadas. Vi, senti, chorei meus mortos e senti cada gota do ódio que Saidur sentiu. Vivi cada momento da lembrança desta que foi a mais sangrenta das vidas que vivi durante uma regressão a vidas passadas. Me lembro da culpa que carreguei nos ombros pela grande vingança que cometi e do alívio que a morte foi para mim quando em fim deixei minha tribo naquele maravilhoso e verde vale e corri para a grande luz que me ofuscava.

Rudi Santos