quinta-feira, dezembro 22, 2005

As aventuras do Carlinhos

Organização de bibliotecas - caixinhas de revista de material reciclado: http://organizacaodebibliotecas.blogspot.com.br/2013/12/o-processo-e-lento-mas-e-muito-gostoso.html
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Conversão de VHS, super8, k7, vinil e varias outras midias = 11-998609191 ou 11-51615881
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O meu amigo Carlinhos


Se alguem que receber esta mensagem tiver um desejo forte de realizar um sonho seu ou de uma pessoa próxima e amada, então, como já recomendei a alguns colegas, precisa conhecer meu amigo Carlinhos.
Você já viu pessoas desafiando todos os limites na TV ou no cinema? Pular de para-quedas, asa delta, fazer rafting, rapel, trilha de moto ou a pé são coisas que desafiam nossos limites.Para o Carlinhos esse desafio está contido em pequenas coisas que nem notamos. A escalada é subir no ônibus para ir vender seus livros. A trilha difícil e pedregosa está no seu caminho diário até o ponto de ônibus.Os vôos de asa delta ficam por conta de sua imaginação criativa e cheia de soluções para todo o tipo de problema que enfrenta. Um dia vou contar num blog umas histórias que ele me conta. Por exemplo a do dia em que ele olhou da sua cadeira de rodas para a escada rolante de um shopping e resolveu descer de costas.(e conseguiu...) Ou do dia em que ficou ilhado no meio de uma enchente, o que é coisa corriqueira para nós, mas que exigiu a destreza de um rafting para salvar sua mochila molhada e cheia de livros. Ele tem muitas histórias. Uma vida inteira de aventuras que conta sorrindo a quem é concedida a graça de conhece-lo. Quando venho de Cotia de bicicleta, no pé das ladeiras mais íngrimes que enfrento, eu penso assim: Se o Carlinhos consegue subir uma ladeira dessas (e eu sei que ele sobe uma ladeira "braba" todo o dia ida e volta, de ré em sua cadeira de rodas), por que eu não iria conseguir? "É mole pra mim!" Quando me deparo com meus problemas do dia a dia e começo a reclamar, logo penso no meu amigo e me sinto muito mal . A meta do menino que nasceu deficiente e na rua em Marília é tirar seus pais(que não são deficientes) de debaixo da ponte do CEASA. Ele me intimou a passar o próximo Natal em sua casa o ano que vem pois vai vender livros o bastante para compra-la . Ele já projetou em sua mente a casa que quer ter. Está com 50 por cento do problema resolvido, sabe onde quer chegar. Dois quartos, sala, cozinha banheiro, garagem e escritório onde vai escrever seus livros.Terreno plano e lugar de acesso fácil. Para você que mora de aluguel e quer ter sua casa própria, o Carlinhos pode ser uma fonte de inspiração. Tudo o que ele tem hoje são sonhos, mas ele é positivo quando diz: Rudi, próximo natal você está intimado a passar na casa que eu vou comprar. Esta mensagem não tem a intenção de provocar em você pena do Carlinhos. Mas olhe para você agora e pergunte-se: Quais são as minhas metas para o próximo ano? Uma casa? Um carro? Uma faculdade? Ter mais tempo para minha família? Pergunte, pergunte, pergunte mais, faça como o Carlinhos, concentre-se no foco. Estabeleça seu objetivo e quando o ano começar, parta pra cima dele com afinco e suor. Verá como, ao fim de 2007 sua história será vitoriosa. Quer ir pra lua? Mude para perto da NASA. Quer entrar numa universidade publica? Estude focado nisto. Quer ser reconhecido no trabalho? Adquira conhecimentos afins que agreguem valor a sua vida profissional. e por aí vai....Se você ainda duvida que pode conseguir realizar qualquer sonho, vamos marcar um dia que você vai passar com o Carlinhos. Um dia basta para você voltar a acreditar que coisas boas sempre acontecem, basta mudarmos o nosso ponto de vista.

Tenho uma proposta para você:
Escreva uma carta para você mesmo com a data de 1 de janeiro de 2007. Nela diga, sempre no passado, que conseguiu tudo o que projetou.
Ex. : Neste ano consegui minha casa, entrei numa universidade publica, consegui ver meu
filho(ou minha filha) por mais tempo, administrei bem meu tempo e consegui ler o que a muito não
conseguira, comprei meu carro, viajei para Paris.....ou seja, solte a imaginação mas tente colocar desejos fortes,
estes tem mais chance. Não é mágica, mas, leia esta carta na data que colocou no inicio dela (01/01/2007) e verá quanta coisa
você conseguiu .

quarta-feira, junho 15, 2005

A cem anos na vida sem rumo

Minha vida sem rumo, sem estrada sem resmungo.
A vida a fora atraz do medo querendo estar satisfeito.
A cem anos fico sem casa durmo na rua sem vala, sem água, sem comida, sem estrada.
Perco o caminho, era rico agora pobre, vivo minha vida, sem água, sem comida, sem estrada.

Laiza Barbosa Clavelares de Jesus -
9 anos -
Nova colaboradora e colaboradora nova.....

segunda-feira, junho 13, 2005

O tempo

Ainda hoje escrevi para a Ana Karine, uma amiga sobre os dois minutos do meu microondas. Dois minutos....o que você faz com dois minutos? Eu posso lhe dizer o que faço porque eu tenho armado uma ratoeira a tempos para prender o tempo, eu prendo 2 minutos no microondas e faço com que eles virem muito mais que apenas dois minutos. veja o que dá para fazer em dois minutos de microondas, enquanto esquento meu café com leite:
-pego a chave da porta de tras
-abro a porta de tras com a chave
-abro o cadeado da grade da porta de tras
-abro a porta da frente
-pego a mangueira
-conecto a mangueira na torneira do tanque.
-chuto o cachorro que está tentanto mijar no movel do microondas
-abro a torneira
-molho 4 canteiros de alface, beterraba e outros bichos
piiiiiiiiiiiiiii.....o tempo acabou.

dai fiquei pensando. Se em dois minutos eu faço tudo isto, porque eu passo o meu dia correndo tanto que vivo reclamando que não tenho tempo para nada?
Acho que é porque nos dois minutos eu vivo intensamente. Adoro regar a horta, embora chutar o cachorro não faça parte disto. Háaaa, então para fazermos com que o nosso dia vire uma semana é só fazer-mos durante as horas que passamos acordados o mesmo. Tornar nossas horas importantes e prazerosas iria valorizar muito o nosso tempo. Fazer só o que é importante iria fazer com que o nosso tempo esticasse muito. Nestes dois minutos eu não penso se terei que pagar as contas, se vou ter que fazer as compras de casa no supermercado abarrotado u se tenho qualquer outro compromisso. Eu só vejo aquele verdinho das folhas de alface se mechendo conforme a água cai ou o vermelhino da folha da beterraba indo pra lá e pra cá. Vejo o tamanho do pé de couve, os buracos que os bichinhos deixaram na folha de acelga. Se os espinafres vingaram, se os rabanetes já estão no ponto....eu só vejo o que é importante para aquele momento. Consigo me desprender totalmente de qualquer outro compromisso ou valor. é só aquilo que é importante....
Difícil não, fazer nosso dia de trabalho render assim. Em um dia veriamos tantas coisas e detalhes que iriamos ficar impressionados. Mas seria preciso trabalharmos em algo que gostassemos, é claro, e talvez ai esteja a chave de esticar o tempo.

sobre o tempo......ainda falamos mais sobre o tempo.

quarta-feira, maio 18, 2005

O golfinho azul

Era uma vez uma baía com muitos peixes e um deles chamava golfinho azul.Ele gostava de brincar com as crianças que iam visita-lo. Alguns pais dessas crianças resolveram destruir a baía dos peixes.As crianças falaram: --Não pai não faça isto meu amigo golfinho esta lá, por favor não machuque ele! E os pais respondiam: ---A gente precisa fazer isso é o nosso trabalho. Os pais estavam planejando tirar a água da baía e todos os peixes morreriam. As crianças foram correndo avisar os peixes. O golfinho azul apareceu e disse: ---Meninos, eu tenho a solução para isto. Digam a seus pais que se eles preservarem a baía vão poder trazer muitas pessoas aqui que vão querer ver os peixes e isto vai fazer com que eles ganhem dinheiro para sustentar suas famílias, e não vão mais precisar destruir tudo. Então os meninos foram lá e convenceram seus pais a fazerem o que o golfinho azul falou. Com a baía preservada muitos turistas vieram para ver os peixes e assim os pais dos meninos nao precisaram mais destruir a natureza.

Anne Cristine

O tio Jaime e o bêbado

O tio Jaime estava dormindo e de repente a vovó Odete ouviu um barulho. Ela viu que era um bêbado tentando entrar na cozinha da casa e falou para o tio Jaime.
—Jaime, Jaime, vai fechar a porta.

O Tio Jaime, que andava dormindo pois era sonâmbulo foi lá, deu uma volta no quintal, provavelmente abraçou o bêbado e voltou.
Então a vovó Odete perguntou
—Jaime, você já fechou a porta?
--- Não Mãe....
---Então vai lá menino, fecha a porta que o bêbado vai entrar aqui em casa pensando que é o banheiro...
Lá foi o Tio Jaime de novo pela porta a fora, deu outra volta no quintal e voltou...
Novamente a vovó Odete perguntou:
—Jaime você já fechou a porta?
---Não mãe, ele respondeu...
Então a vovó Odete ralhou com o tio Jaime e disse sacudindo ele para valer:
—Jaime, acorda, você já fechou a porta?
—Não mãe eu não achei a tesoura
E a vovó disse, pare de fazer graça Jaime e vai fechar a porta que tem um bêbado querendo entrar e fazer xixi na cozinha....
O tio Jaime, agora acordado disse:
--Eu não vou la não mãe, to com medo.

fim
Anne Cristine

A floresta amazônica

A floresta amazônica

Era uma vez uma floresta que tinha muitos animais e também tinha um homem que ajudava as arvores e plantas.Ele se chamava Rudi e tinha uma filha chamada Anne.Rudi regava as plantas, defendia a natureza e não deixava ninguém destruir a floresta ou a natureza. Como a natureza é tão bonita, as pessoas boas foram visita-la.Essas pessoas puderam ver como a natureza era bela. Mas um dia vieram homens com tratores para derrubar tudo, e o Rudi não deixou ninguém derrubar as arvores e falou:
--Eu não acho justo eles destruírem a floresta amazônica.
Um certo dia as pessoas más aprenderam que não tem motivo para destruir a floresta e ficaram amigos da floresta. Agora eles ajudam bastante a protege-la.

FIM
Anne Cristine (minha filha de 8 anos. é um texto infantil gente, desculpem o tamanho e formato.)

Historias do peixinho azul

O peixinho azul e a respiração

Naquele dia o lago parecia muito calmo.O sol atravessava a superfície da água com um brilho tão intenso que o peixinho achou que o sol estivesse explodindo de alegria.
Enquanto nadava sem parar o peixinho azul ia pensando e se perguntando mil coisas. Uma coisa em particular o perturbava: para que serve a respiração? como e que eu respiro? Porque dizem que a respiração e importante? E assim ia nadando, nadando até que encontrou o peixe elétrico .
--Olá, disse o peixinho azul, como vai amigo elétrico.
--Vou bem, respondeu Elétrico, eu estou voltando de uma maravilhosa aula de ciências onde aprendemos muitas coisas sobre respiração.
--Puxa, disse o peixinho azul, eu vinha justamente pensando sobre isto. Por favor, me conte o que aprendeu.
--Bom, falou Elétrico entusiasmado, seres vivos respiram e precisam faze-lo para viver.Nas pessoas, por exemplo, o ar que respiram vai para o pulmão e lá embarca num trenzinho chamado sangue.Este trenzinho leva o ar novo para cada cantinho do corpo da pessoa e, na volta, traz o ar que está cansado e não consegue mais ajudar no trabalho importantíssimo a ser realizado.Quando o trenzinho do sangue volta com o ar velhinho que estava dentro do corpo, este ar desembarca no pulmão e sai para fora do corpo.
--Mas e os peixes? perguntou o peixinho azul, que eu saiba não respiram ar, respiram água.
--Isto mesmo disse Elétrico, os peixinhos como nós, ao invés de ar respiram água. Alguns peixes tem pulmão mas a maioria tem branqueas, que fazem quase o mesmo trabalho que os pulmões, troca de gases entre o ambiente e o corpo.A água que passa pelas branqueas contem oxigênio, e este oxigênio também embarca no trenzinho do sangue e o leva para todos os cantos do corpo do peixe.
--Mas, e se eu sair fora da água eu vou conseguir respirar ar(QM),perguntou azul...
--Não, respondeu elétrico, assim como se uma pessoa tentar respirar água não vai conseguir retirar dela o oxigênio e vai morrer afogada, o peixinho que sair fora da água também vai morrer asfixiado, ou seja, sem oxigênio.
--mas porque(QM)
E assim foram nadando os dois peixinhos conversando e azul, sempre repetindo um porque que não tinha fim. Então, como o lago era muito grande e esta historia tem que acabar, ficamos por aqui com as perguntas do peixinho azul, mas voltamos numa outra historia.

O cachorro Bob

O cachorro Bob

O cachorro bob gostava de olhar as estrelas e dormia do lado de fora da casa. Ele achava que uma estrela ia falar com ele e vivia pensando: --- Será que alguma estrela vai falar comigo? Pois eu acho que sim.
Um dia ele estava dormindo e ouviu uma voz.
---Ola amigão, esta tudo bem?
O cão, muito assustado disse: ---Há, quem esta falando comigo?
---Sou eu, a estrela que você estava esperando. Porque você queria falar comigo?
---Bom, eu queria te fazer um pedido, sabe?
---Que pedido? disse a estrela
---Eu queria te pedir um osso bem grande, do tamanho de um elefante. Suculento, delicioso..hummm, não consigo parar de pensar nisto... voce poderia me ajudar?
---Sim, eu posso, mas cuidado com o seu desejo.Tem certeza de que você quer um osso tão grande assim?
---Claro que tenho...
--- Bom, então e so esperar.
No outro dia, bob acordou meio abobalhado com o sonho que teve. Quem diz que estrela fala? Ou mesmo que uma estrela iria lhe dar o que tanto queria.
Quando deu sua hora de passeio, ele ficou alegre e foi ate sua casinha para pegar sua coleira. Foi quando ele viu um enorme osso na frente da sua casa.
---Puxa, era verdade mesmo, a estrela atendeu meu desejo. Mas e agora? Como e que eu vou carregar este osso enorme?
De repente apareceu o dono de Bob e disse assustado:
---Bob, de onde você tirou este osso gigantesco...ha, já sei seu safado, deve ter roubado do museu. Não sei como conseguiu trazer esta coisa ate aqui, mas trate de voltar la e devolve-lo senão....
Bob ficou assustado porque quando seu dono falava : Senão! Ele sabia que era coisa seria. Mas e agora? Ele não conseguia sequer abocanhar o osso, quem diria tira-lo do lugar.Devolve-lo então, para quem, se foi a estrela que mandou o tal osso...
Pensou em roer, roer , roer.....mas ao fim de horas nada, o osso não diminuía apesar de ser muito gostoso, bob estava ficando enjoado do osso enorme. Quando a noite veio, bob ainda estava com o mesmo problema e decidiu que iria reclamar com a estrela por lhe dar um asso tão grande que ele nem podia carregar. Ele sabia que seu dono faria alguma coisa muito seria com ele se não resolvesse o problema do osso.

Quando Bob dormia, novamente a estrela veio e falou com ele.
Oi amigo, me parece preocupado. O que aconteceu?
Bom, disse bob, e que você me trouxe um osso muito grande e agora se eu não sumir com ele meu dono vai fazer “Senão” comigo, e “senão” e uma coisa muito ruim.
---Bom amigo, eu lhe trouxe o que você me pediu. Você deve ter cuidado com o que deseja pois os desejos sempre se realizam, mais cedo ou mais tarde. Mas muitas vezes pedimos coisas que realmente não precisamos e essas coisas se tornam um problema para nos.
No dia seguinte, bob acordou e viu que o osso enorme já não estava mais la.
Ficou muito feliz e nunca mais pensou em ganhar um osso tão grande.

terça-feira, abril 26, 2005

Pressa - Texto experimental(nao me xinguem)

Pressa era uma mulher muito atarefada, só tinha tempo para pensar nas coisas que tinha que fazer e em mais nada.Vivia correndo pra lá e pra cá sempre dizendo: Tenho que fazer isto, tenho que fazer aquilo. Pressa nunca parava para dar atenção a ninguém ou dar um sorriso ou mesmo agradecer pela atenção que o dono da banca de jornal lhe prestava, essas coisas que enfeitam a vida sabe?. Amigos ou filhos, Pressa não tinha. Pressa só tinha Pressa mesmo. Não queria ninguém para atrapalhar a sua vida.Tinha sim inimigas mortais. Sua pior era uma juiza chamada Perfeição que morava do outro lado da rua. Esta ela odiava com todas as forças. Os anos passavam muito rápido, porque com tanta pressa, Pressa nem se dava conta do tempo que perdia por não viver as coisas simples da vida, sentir o vento bater em seu rosto, ler um bom livro de romance, cheirar uma flor, brincar com uma criança, sentir os pingos da chuva... falar em chuva, quando chovia Pressa ficava com mais pressa ainda porque o transito parava e Pressa chegava sempre atrasada aos compromissos.Num desses dias chuvosos, num desses corre-corres de Pressa, ela encontrou Indiferente. Era um rapaz bonito, e Pressa depressa se apaixonou. Tiveram uma filha juntos nove meses depois que se chamava Ausência. Pobre menina foi criada sozinha já que Pressa nunca teve muito tempo para cuidar dela e a deixava com sua empregada Ansiedade. Indiferente, o pai de Ausência, vivia em seu mundinho fechado e nunca dava atenção para a filha. Ausência não sabia o que era brincar com o Pai, embora estivesse sempre com ele, nem com a mãe embora esta também a levasse para o trabalho sempre que possivel para que Ausencia passasse horas brincando com um colega seu de trabalho, Computador e nao torrasse a Paciência, moça bonita que trabalhava na mesma sala que Pressa, mas criticava a forma de Pressa levar a vida.Ausência só brincava um pouco com outras crianças quando ia na escola do bairro. Ausencia adorava ficar nas bibliotecas sempre que podia e lia muitos livros. Era amiga de todos os bibliotecários que adoravam servi-la ao invés de responder as perguntas chatas dos outros usuários. Os funcionários da biblioteca já estavam acostumados com a menina que dava uma passada lá todos os dias, nem que fosse para dizer um olá. Sabiam que não podiam ganhar muito com a sua amizade, afinal de contas Ausência éra apenas uma criança, mas gostavam muito da mãe da menina e a tinham como exemplo de pessoa eficiente por a conhecerem tão bem. Nas conversas que tinham ao almoçar juntos, comentavam que a mãe de Ausência era muito competente. Falavam dela no café, no almoço e no trabalho. Pressa, Pressa, Pressa, sempre lembravam dela quando entrava um novo usuário que vinha com perguntas e tentavam despacha-lo o mais rápido o possível, mesmo que este ainda tivesse dúvidas sobre o material a ser consultado. Pressa mesmo nem se dava conta de que a admiravam tanto pois nunca tinha tempo para acompanhar sua filha em bibliotecas e sempre dizia
--Para que eu preciso de conhecimento se tenho informações que me satisfazem?
Um dia Ausência, a muito custo, conseguiu convencer Pressa a ir com ela até a biblioteca mais próxima. Pressa não queria perder tempo com livros, e nunca tinha ido a uma biblioteca antes mas, uma vez na vida, pensou que não faria mal fazer um gosto da filha. Ao entrar na biblioteca todos a reverenciaram e ela nem sabia porque. Então ela pediu muitos livros para ler, já que estava lá, não podia perder tempo. Foi atendida prontamente pelos bibliotecarios. Os livros, foleou alguns sempre com pressa, revistas, lhe encantavam as figuras e manchetes, não mais que isto lia. Gostou muito das enciclopédias antigas que tinham um pouco de tudo, mas de tudo muito pouco para se aprofundar nos assuntos. Pressa não gostava de se aprofundar. Leu o suficiente e saiu da biblioteca com algumas descobertas que fez:
Embora fosse já velha, nunca iria morrer.
Ficaria para sempre junto de seu marido e de sua filha, onde quer que estivessem.
Embora nunca levasse ninguém a lugar algum, sempre daria a impressão de que era muito útil.

...........Leitor, como o título diz, este texto é experimental, desculpe por não conseguir termina-lo, afinal estou com muita pressa, mas quem sabe você não poderia dar algumas sugestões de como acabar de escrever esta historia?
Se você acha que Pressa não deve ser imortal em sua vida, ligue para seu proprio celular e diga isto olhando no espelho.....

Rudi Santos

terça-feira, abril 19, 2005

O cão Nik

Nik é um cão vira-latas ou se preferirem SRD(sem raça definida) que ganhamos num parque próximo de onde moramos. seu nome vem do primeiro que a Anne deu que era Mikey, tinha até casinha com este nome escrito, mas viomos com o tempo que o nome não combinava com o dono do nome, nem com os donos do cão. Percebemos que ele era puro músculo e um cão inquieto por natureza.
Nik adorava correr freneticamente pelo parque e ao notarmos isto começamos a reidealizar seu nome.Nik Lauda, o corredor, Nicholas Cage, o Artista(pois o cão adorava chamar a atenção) e finalmente, Nik, porque além de tudo era mais fácil do que chama-lo de Mikey. E assim ficou Nik, ou niqui, ou mesmo Nik.
Nik tem a mania de dar uma voltinha na rua toda vez que o carro ou a moto sai pelo portão. Ele é esperto e sabe exatamente o tempo que deve permanecer do lado de fora do quintal para não levar uma bronca. Quando o carro sai, por exemplo, eu abro o portão, volto para o carro que ainda está dentro do quintal, quando ele ouve a porta do carro fechando deve pensar: --Ele entrou no carro... e sabe que seu tempo de rua começou.Então ele sai portão a fora, faz xixi na roda do caminhão do vizinho que sempre está estacionado em frente a minha garagem mal dando espaço para que o meu carro saia. Por certo Nik também deve detestar quando o vizinho sai de madrugada e faz todo aquele barulhão com o caminhão ou mesmo quando o vizinho chega altas horas da noite e perturba seu sono. Depois do xixi costumeiro, Nik dá uma latida nos portões onde existem outros cachorros, como se tivesse dizendo :
--Ai, tão vendo seus bobocas, eu é que sou esperto, consigo minha voltinha na rua sem depender do meu humano pra me levar...morram de inveja.
Quando Ele escuta a porta do carro se abrindo e ve o carro do lado de fora do portão, sabe que é hora de entrar de novo para o marasmo do quintal.Num segundo volta e entra pelo portão na corrida.
Nik é covarde para tomar remédios, tenho que enganá-lo muitas vêzes quando o remédio não tem gosto bom. Tomar injeção então nem se fala, só toma porque o veterinário português que finge ser seu amigo, é super rápido e esperto. Mas acho que no funfo ele até gosta do velhinho barbudo que fala com ele como se fosse gente.
Nik adora ir ao parque e nós, os seus humanos, adoramos vê-lo correndo, pulando as moitas e subindo as montanhas afora.Às vezes eu o levo para andar comigo com a desvantagem de que eu estou de bicicleta e ele a pé. Bom, mas para ele isto parece não ser nada, me acompanha como se dissesse.....----Isto é mole pra mim...
Nik é um cão vira-latas ou se preferirem SRD(sem raça definida) que ganhamos num parque próximo de onde moramos. seu nome vem do primeiro que a Anne deu que era Mikey, tinha até casinha com este nome escrito, mas viomos com o tempo que o nome não combinava com o dono do nome, nem com os donos do cão. Percebemos que ele era puro músculo e um cão inquieto por natureza.
Nik adorava correr freneticamente pelo parque e ao notarmos isto começamos a reidealizar seu nome.Nik Lauda, o corredor, Nicholas Cage, o Artista(pois o cão adorava chamar a atenção) e finalmente, Nik, porque além de tudo era mais fácil do que chama-lo de Mikey. E assim ficou Nik, ou niqui, ou mesmo Nik.
Nik tem a mania de dar uma voltinha na rua toda vez que o carro ou a moto sai pelo portão. Ele é esperto e sabe exatamente o tempo que deve permanecer do lado de fora do quintal para não levar uma bronca. Quando o carro sai, por exemplo, eu abro o portão, volto para o carro que ainda está dentro do quintal, quando ele ouve a porta do carro fechando deve pensar: --Ele entrou no carro... e sabe que seu tempo de rua começou.Então ele sai portão a fora, faz xixi na roda do caminhão do vizinho que sempre está estacionado em frente a minha garagem mal dando espaço para que o meu carro saia. Por certo Nik também deve detestar quando o vizinho sai de madrugada e faz todo aquele barulhão com o caminhão ou mesmo quando o vizinho chega altas horas da noite e perturba seu sono. Depois do xixi costumeiro, Nik dá uma latida nos portões onde existem outros cachorros, como se tivesse dizendo :
--Ai, tão vendo seus bobocas, eu é que sou esperto, consigo minha voltinha na rua sem depender do meu humano pra me levar...morram de inveja.
Quando Ele escuta a porta do carro se abrindo e ve o carro do lado de fora do portão, sabe que é hora de entrar de novo para o marasmo do quintal.Num segundo volta e entra pelo portão na corrida.
Nik é covarde para tomar remédios, tenho que enganá-lo muitas vêzes quando o remédio não tem gosto bom. Tomar injeção então nem se fala, só toma porque o veterinário português que finge ser seu amigo, é super rápido e esperto. Mas acho que no funfo ele até gosta do velhinho barbudo que fala com ele como se fosse gente.
Nik adora ir ao parque e nós, os seus humanos, adoramos vê-lo correndo, pulando as moitas e subindo as montanhas afora.Às vezes eu o levo para andar comigo com a desvantagem de que eu estou de bicicleta e ele a pé. Bom, mas para ele isto parece não ser nada, me acompanha como se dissesse.....----Isto é mole pra mim...


Rudi Santos

A estrela cadente

Era uma vez uma estrela cadente que era muito triste porque não tinha nenhum amigo.
Um dia ela viu uma bola gigante e falou:
---Nossa! Nunca vi uma bola assim tão gigante, e ela chegou bem perto. Dai ela foi puxada pela terra e viu que tinha tantas pessoas e falou:
---Esta deve ser a terra porque eu sei que a terra tem pessoas e carros.
Sabe o que aconteceu?
Ela viu outra estrela cadente e ficou tão feliz que nunca mais ela ficou triste.

Anne Santos

sexta-feira, abril 15, 2005

O primeiro violinista

No início éra o caos, algo inaceitável aos ouvidos leigos da plateia. Sons de todos os tipos, pessoas falando, vozes, muitas vozes, confusão.Aquilo se extendia, numa esperança certa de que estava aquele caos por terminar e assim, o que era esperado, substituiria a bagunça instalada. Entra então, pelo corredor das cadeiras onde sentam os músicos um homem de baixa estatura e um pouco passado do peso ideal. carrega orgulhoso consigo um violino. Quando ele chega á frente da orquestra, de repente todos começam a bater palmas frenéticamente (seriam seus amigos os que batiam palmas?). Eu até penso que é o maestro, mas o maestro não poderia ser, pois este traria à mão uma batuta e não um violino.Acompanho a plateia e bato palmas, mesmo sem entender quem seria o homem do violino e porque ele ganhava apláusos sem nem mesmo ter tocado uma simples nota. De repente, quando as palmas acabaram, ele põe o violino no ombro e com sua varinha toca uma nota, uma só. Este ato, como num dominó montado para cair, desencadeia outros tantos sons de outros instrumentos, sempre tocando a mesma nota, como que copiando aquela que o homem do violino tocou. Sons graves, sons metálicos e agudos, e por ultimo ele vira para os outros músicos que já tem o violino no ombro e toca novamente a nota. Ao que eles respondem tocando a mesma nota também. Veja que neste ponto já houve uma evolução que foi do completo caos para a mesmice de uma nota e minha esperança de que tudo iria melhorar aumenta. Então o homem do violino para de tocar e senta. Logo os outros também param. Ai entra um homem calvo no centro mas cabeludo nas bordas da cabeça e este, que a principio para mim iria ganhar vaias é muito mais aplaudido do que o primeiro do violino que afinal de contas não chegara atrasado à apresentação. ele vem até o centro do palco, agradece e enquanto as palmas ainda soam se vira. As palmas cessam. Ele levanta a mão que segura a batuta e a música começa. Um melodia que me obriga a fechar os olhos e deixar a alma aberta para as sensações que aqueles sons combinados me trazem. Começo então a me lembrar que um dia fui menino, e cada movimento diferente que o homem faz com aquela varinha mágica me trazem sons que levam meu pensamento ao tempo em que roubava goiabas no quintal do vizinho e corria de cachorros e donos ferozes, o primeiro mordia nádegas intrusas e o segundo, atirava com balas de chumbinho ou tiros de sal que doiam muito. Mas a música não dói, ela me acalma, e eu vou deixando-me tomar por sensações e lembranças, ainda de olhas fechados. De reoente, do nada e, sem avisar, uma lágrima eclode-me dos olhos e, eu que nem estou triste nem nada. E viajando na música continuo vendo as cabeças dos violinistas se mechendo como se tivessem um pescoço muito duro, e a mão do maestro, cada vez que descreve um semi-círculo, causa uma música parecida com a de uma criança que senta e desce num escorregador. Galopes de cavalos, sons angustiados e de aflição. Depois sons de flauta que pintam um menino fazendo traquinagens sem pensar nas consequencias disto e quando tudo está maravilhoso assim, a música para. Do nada ela para. Então o homem da varinha olha para a frente e todos os que devem ter viajado pelos lugares da alma onde andei enquanto a música tocava começam a aplaudir frenéticamente. O homem vira para a platéia e agradece, depois vira ao contrário da platéia e aponta os músicos, aperta a mão daquele que depois fui saber, era o primeiro violinista. Mais uma vez agradece os aplausos e sai levando atras de si os instrumentos e os músicos e deixando um filme gravado dentro de minha mente que avisa a você: Cuidado, ao assistir um concerto você pode fazer uma longa viagem e não querer voltar mais...

Rudi Santos
Após assistir o concerto da Orquestra da USP do dia 15 de abril de 2005

quinta-feira, abril 07, 2005

A mala do vovô Isaias

Anne...
Quando o vovô Isaias veio de Mato Grosso para casa de sua bisavó, trouxe consigo uma mala marrom daquelas bem antigas, parecia até uma mala de madeira pois era feita de comprensado ou algo parecido. Ele havia ido até a mata em que morava para buscar o Xangô, que era o gato de estimação do tio Silvio. Quando eles mudaram, o gato fugiu do caminhão bem na hora da partida e ficou para traz deixando tio Silvio muito triste. Bom, o fato é que o vovô Isaias gostava muito de animais e disse que, como tinha que pegar umas coisas que deixara ''lá no mato'' então traria também o Xangô. Quando o tio silvio, que era muito pequeno na época, viu o pai com aquela mala, ficou muito contente e, otimista que era, logo arriscou....----O Xangô tá ai nesta mala não é?
--Claro - Disse o vovô Isaias, com uma risadinha meio estranha, precisamos tira-lo logo daqui, a mala está muito quente para ele.
---Então vamos tirar logo o gato da mala, disse o bisavô Nestor, o coitado deve estar louco para sair dai, já pensou, uma viajem destas dentro de uma mala apertada....
--Sim, vamos tirá-lo, mas tem uma coisa seu Nestor, o Senhor tem que abrir a mala e enfiar a mão dentro e pegá-lo, se não, do jeito que ele está assustado vai pular na sua roupa e grudar no senhor e pode até machuca-lo.
---Está bem, abra a mala que eu pego o gato.
---Ta bem, vou abrir uma frestinha e o senhor enfia a mão e pega....
Quando o vovô Isaias abriu a mala, o Bisavô Nestor fez como o combinado, enfiou a mão para pegar o gato e ...ao invés de sentir o corpo do gato quentinho, sentiu alguma coisa gelada em suas mãos....
De dentro da mala então começou a sair uma enorme cobra, a Gigi, cobra de estimação do vovô Isaias e o bisavô Nestor então subiu logo em cima da pia, a tia Sonia subiu em cima do guarda roupa, a vovó Odete, como não podia correr por ser paraplégica, gritava sem parar....e o Tio Silvio, ele então desandou a correr pelo corredor da casa a fora.
Bom, passado o susto,e controlada a Gigi pelo vovô Isaias vieram á luz os fatos. O vovô havia trazido a Gigi porque queria ganhar dinheiro com ela exibindo-a na praça para as pessoas e assim, depois de coloca-la no pescoço e mostrar que a Gigi não lhe fazia mal nenhum, poderia passar o chapéu, recolhendo dinheiro pela demonstração.
Ao fim nada disto deu certo. A Gigi começou a ficar doente e passar mau e o vovô foi obrigado a soltá-lo em um rio que hoje passa embaixo da av. Luis Carlos Berrini, ali no Brooklin.

Esta foi contada e recontada pela vovó Odete , que gostava muito de crianças e certamente gostaria muito de te ter conhecido Anne.

O pulo do Gato

Organização de bibliotecas - caixinhas de revista de material reciclado: http://organizacaodebibliotecas.blogspot.com.br/2013/12/o-processo-e-lento-mas-e-muito-gostoso.html
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O pulo do gato


Era uma vez um gatinho que adorava desafios. Vivia a pular por sobre os telhados e nunca, nunca caia.Um dia ele estava brincando quando avistou lá de cima do telhado um lindo jardim. Ficou muito curioso e se perguntou como poderia chegar lá. Olhou em volta, mapeou o terreno, verificou todos os obstáculos e, de repente viu uma linda gatinha que veio e se deitou em cima de um banquinho que havia naquele jardim. Decidiu então que iria imediatamente para o jardim conhecer aquela nova amiguinha.
De um pulo só, passou para o outro telhado, depois andou mais um pouquinho e passou para outro e quando chegou ao último telhado viu que a distância para chegar ao muro do jardim era enorme e ficou sentado, impotente, pensando que nunca conseguiria pular tão longe. Estava ele ali parado havia meia hora, quando do nada, aparece outro gato e PLUFT...pulou num salto certeiro para o muro do jardim. Sem perder tempo o gatinho que estava parado ali gritou:
--Hei, como você fêz isto, como pulou tão longe?
--Não sei, respondeu o outro gato, eu não pensei, apenas pulei.

Esta história, tirando algumas adaptações que fiz, me foi contada por minha amiga Silvia Saito em um momento em que ela acho que eu precisava de um empurrão para pular sobre as minhas limitações da época. Obrigado Silvia....

O ditado diz : Quem pensa não casa!
O passarinho quando não pula do ninho no abismo não aprende a voar.

Qualquer hora eu conto a historia do Richard Bach sobre um certo peixinho que contrariou seus conterrâneos e se deixou levar pela corrente

rudi

Vem ai a versão Rudi

Vem ai a versão Rudi da historia da Coelha e a ovelha. Aguarde...

Historias da Anne em: A Coelha e a Ovelha

A Coelha e a Ovelha

Era uma vez uma coelha que gostava muito de ir passear nas montanhas .É porque ela tem uma amiga lá nas montanha que se chama Ovelha e toda vez que a coelha vai na casa da ovelha ela leva um presente e a ovelha diz;
--Obrigado coelha, não precisava, e a coelha diz: --É minha obrigação.
--Porque? Pergunta a ovelha...
--Porque você me dá presentes no natal, na pascoa, no ano novo e no dia dos amigos...
A noite, elas foram ver a estrela da amizade. Essa estrela servia para as pessoas sem amigos e esta estrela é muito linda. Você tembém quer ve-la?
Não é que o céu tem muitos desenhos escondidos?
Então, sabe o que aconteceu? As duas encontraram estes desenhos. Tinha uma borboleta, um cachorro, um gato, um rato, uma cobra e tinha também uma ovelha, elas ficaram tão felizes...
Estava também escrito o nome delas e elas adoraram esta diversão.
---Nossa! disse a coelha, foi tão legal esta noite que nós vimos os desenhos dos animais.....

Anne Cristine
6 anos

domingo, março 20, 2005

O canto da cigarra

O c a n t o d a C i g a r r a

Dizem que lá para as bandas de Mato Grosso do Sul, na cidade de Rio Brilhante, existia uma cigarra que era muito convencida de suas qualidades musicais .Todos os dias, Mal o Sol saia, lá estava a cigarra com sua violinha e aquela voz de taquara rachada importunando toda a vizinhança.
----Isto já está passando dos limites!! Gritava dona Aranha. --- Um dia ainda te pego em minha teia e aí eu quero ver você cantar.
Seu Grilo, que era muito esperto, também não via a hora de se livrar da cigarra. Mas ele era muito inteligente e detestava violência e gritos. Como éra do meio musical, e todos sabiam disso, decidiu contar uma lorota para ver se a cigarra acreditava e sumia de vez da vizinhança.
Um dia, o grilo foi visitar a cigarra e depois de cumprimenta-la disse:
--- Comadre Cici, não é que lá no planeta Marte tão fazendo um grande concurso de moda de viola? Tão sim .Bem que a comadre podia se inscrever, aposto que iria ganhar o grande prêmio.
--- E que prêmio é este? Perguntou a cigarra curiosa.
--- Disseram que quem vencer o concurso vai ganhar tanto dinheiro que poderá passar a vida inteira cantando.
A cigarra não teve dúvidas, pediu logo ao seu compadre grilo que a inscrevesse no festival.
O grilo disse que ia fazer a inscrição com uma condição; que a cigarra arrumasse as malas e ficasse sempre pronta para partir para Marte. Além disto, para preservar sua voz, ela não poderia cantar mais até que os marcianos a viessem buscar. Éra também uma questão de exclusividade, eles não gostavam de dividir a voz de seus talentos com ninguém antes do festival. O meio de transporte que usariam para levar a cigarra éra o mais moderno que existia. Eles iriam desintegrar o corpo da cigarra, e as particulas reapareceriam em Marte em pleno festival.
Depois de todo este sermão do grilo, a cigarra Cici concordou com as cléusulas do contrato convencida de que estava em boas mãos, e o grilo se despediu dela e foi para casa contente por ter cumprido a sua missão.É claro que era mentira o que dissera sobre o concurso e sobre os marcianos.
Passaram-se os dias e a cigarra cumpriu o trato. Não cantou mais esperando pelos marcianos.A vizinhança estava mais sossegada, mas dona formiga começou a achar estranho que não havia movimento nenhum no apartamento da cigarra. Apreensiva, chamou seu grilo e dona aranha para irem juntos visitar a comadre Cici. Quando chegaram lá, qual o espanto! Só a casca de dona cigarra estava grudada nas escadarias da arvore em que vivia. O corpo dela deveria ter se desintegrado e ido para Marte mesmo.
O senhor grilo se perguntava quanto dinheiro a cigarra deveria estar ganhando em Marte.Se ele soubesse que sua mentira era uma verdade, ele também teria ido para o festival. Depois de alguns dias da visita dos bichos o canto rouco da cigarra voltou a ecoar pelas arvores
--- Deve ser outra cigarra chata, disse o grilo. Mais uma que tenho que enviar para Marte.

Rudi Santos

Historias da pequena Anne

O CORAÇÃO SEM AMIGOS

Era uma vez um coração que não tinha nenhum amigo.
Mas um dia ele resolveu dar uma volta e conhecer amigos.
Ele encontrou uma tartaruga que disse que queria ser sua amiga.Ele também conheceu vários bichos que queriam ser amigos dele.E então todos os bichos da floresta passaram a visitar o coração todos os dias e ele não é mais um coração solitário.

Anne Santos - 6 anos - Não tem irmãos .